25 de dezembro de 2012

I Hate Him But I Love Her - Capítulo 12

E agora que você cresceu com essa noção de que você foi culpada. E você parece tão forte às vezes, mas eu sei que você ainda sente o mesmo, como aquela menina que brilhava como um anjo, mesmo depois que seu coração preguiçoso infernizou...

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Justin P.O.V

Acho que se ficar muito tempo perto de Pietra ela acaba me matando. Mas pensa comigo, Lola só tem 12 anos, DOZE, teve uma infância horrível, deve ter usado drogas, prostituído e sei lá mais o que e agora diz que está A.P.A.I.X.O.N.A.D.A? Se ela falasse que está gostando dele, acha ele bonito, tudo bem, isso faz parte dessa idade, mas apaixonada? Isso seria de mais né. 

Pietra não parava de falar um minuto, ela definitivamente estava nervosa. 

Eu: Mas ela é muito nova para falar que está apaixonada.
Pietra: Mas tinha que falar desse jeito, como se isso não importasse em nada? Ela não queria te falar, mas eu tive que insistir se não você me enxeria o saco o dia todo, ai você vai lá e fica com aquela cara de sonso. 
Eu: Eu sinto muito, mas foi minha única reação. 
Pietra: Não tivesse reação então. 
Eu: Ela não falasse que está apaixonada. 
Pietra: Você queria saber.
Eu: Eu não disse nada. 
Pietra: Sua cara falava tudo. 
Eu: Ai, desculpa então. 

Fiz bico olhando pro fim do corredor vendo até onde ele ia.

Pietra: Nunca se apaixonou não? -Ela disse baixinho-
Eu: Por que a pergunta? -Olhei pra ela enquanto ela encarava aquela carta-
Pietra: Quero saber. Nunca se apaixonou?
Eu: Não, quero dizer, eu já gostei de uma garota, mas não sei se eu poderia dizer estar apaixonado. 
Pietra: Você sabe o que é estar apaixonado? 
Eu: Talvez. Mas por que está me perguntando isso?
Pietra: Sei lá. -Ela disse em um tom fraco- Só quero saber se tem carne no lado esquerdo do seu peito. -Ela riu amenizando o clima tenso-
Eu: Tem sim, muita carne. -Disse colocando a mão sobre o local- Você que não vê.
Pietra: E você não mostra. -Ela olhou pela janela de uma sala onde sorriu acenando para um garoto, talvez seria ele- Vem, ele está aqui. -Ela pegou em minha mão me puxando para dentro daquela enorme sala-

Tinha adolescentes por todo o lado, todas as idades, tamanhos e jeitos, e algumas mulheres e homens de jaleco branco com eles. Eles devem estar aqui fazendo quimioterapia. A sala era toda branca com alguns desenhos nas paredes, ar condicionado, alguns aparelhos, quadros, sofás e até uma TV. Caminhamos até um garotinho de cabelos castanhos que estava sentado em um daqueles sofás.

Pietra: Hector? -Ela sorriu enquanto ele levantava a cabeça olhando para ela. - Tudo bem?
Hector: Sim, está. A quimioterapia já está acabando, então está tudo bem mesmo. -Eles riram- E você? Tudo bem? -Ele se levantou.-
Pietra: Sim, eu estou passando aqui a trabalho de escola.
Hector: Então vai tirar nota dez já que sempre vem aqui e sabe tudo sobre aqui.
Pietra: É verdade. -Ela deu meio sorriso- Mas eu vou ter que aturar esse daqui -Ela apontou para mim- então não sei se será fácil um dez. -Ela riu-
Hector: Quem é ele? -Ele disse me olhando-
Pietra: Justin, o chato. -Ela colocou a mão em minhas costas me fazendo dar um passo a frente- Justin, Hector.
Hector: Prazer. -Ele estendeu a mão e eu a apertei o cumprimentando- Já ouvi falar de você.
Eu: E ela ainda diz que me odeia. Todo mundo que eu já falei aqui diz que já ouviu falar de mim.
Hector: Ela diz que você é chato.
Eu: Foi bem desse jeito que eu fui apresentado a você. -Rimos-
Pietra: Bom, eu vim aqui para te entregar uma coisa. -Ela pegou o envelope o entregando- Mandaram te entregar isso.
Hector: Quem?
Pietra: Não posso falar né. -Ela disse num tom obvio. - Só mandaram te entregar.

[...]

Estava eu, Pietra e Lola em uma sala com outros adolescentes assistindo uma palestra. Eles falavam de drogas, das causas, riscos, de como evitar, essas coisas. Depois fizemos um circulo com as cadeiras onde pessoas contavam suas experiencias, sua vida na verdade. Eram história um tanto quanto 'incríveis'. Não estou falando que é legal o que eles passaram, não é isso, estou dizendo que o que eles passaram é algo quase que surreal. Garotas que fugiram de casa por causa de um pai que bateu nelas, por causa de amigos, até mesmo pelos próprios familiares que os deram droga.
Que família que diz que amar o filho, sobrinho, neto, que seja, entregaria droga para ele? Isso se chama amor? Que pai obrigaria o filho a se prostituir para comprar droga para esse infeliz viciado? Se o pai se droga, vá ele se prostituir, não pôr uma garota de 10 anos.
Eu só acho que se você usa droga, é escolha sua, a vida é sua, os problemas serão com você. Agora, oferecer a outros, ou colocar no alimento ou na bebida de alguém, isso já é falta de escrúpulo. E é isso que fazem, são desses tipos as histórias contadas por meninos e meninas de 10 a 24 anos.
Lola se sentia péssima ali, eu podia ver o jeito que ela tremia, via pelas lágrimas que escorriam de vez em quando. A história dele deve ser triste também. O que me deixava pior é saber que ela é uma garota linda de apenas 12 que tem problemas assim. Alias, todos aqueles que estavam ali me deixava mal ao ouvir cada história. Até em Pietra eu vi algumas lágrimas.
Vi as duas cochichando alguma coisa enquanto uma mulher perguntava se alguém queria contar alguma coisa.

Lola: Eu quero.

Ouvi sua doce voz pronunciando essas palavras tremulas.

Eu: O que ela vai fazer. -Sussurrei perto de Pietra-
Pietra: O que todos fizeram aqui durante essa uma hora que estamos aqui. Falar o que sente.

Lola se levantou olhando para todos com aqueles lindos olhinhos azuis tristonhos. Suas pernas eram bambas e sua voz totalmente trêmula.

Lola: Bom... sou Lola, tenho doze anos e estou aqui a seis meses. -Ela respirou tomando coragem para continuar- Tudo começou quando eu tinha nove anos, eu morava em Brooklyn, a cidade mais perigosa que existe nos Estados Unidos.  minha mãe usava drogas e meu pai era dono de uma boate. Eles brigavam constantemente pela falta de dinheiro pela parte da minha mãe que não podia comprar as drogas e meu pai que sempre o gastava com prostitutas. Tinha um irmão de 3 anos e ficou mais difícil ainda para colocar comida na mesa. Meu irmão tinha alguma doença e acabou falecendo, mas meus pais ainda sim não tinham dinheiro. Foi aí que eles decidiram arranjar alguma forma de me fazer ajudar com as dispensas da casa. A única solução foi me colocar para trabalhar na boate do meu pai. E ali eu comecei a me prostituir. Minha única vontade era não ficar ali, eu juro que nunca gostei disso, tinha nojo daquele lugar, eram homens idiotas que iam ali trair suas mulheres atras de garotas que as vezes não estão ali porque querem, mas porque precisam, assim como eu. Mas eu era quase que obrigada. As garotas que também trabalhavam ali, se drogavam antes dos shows, ou antes de ir ao motel, elas diziam que aquilo as fortaleciam, afinal eram no minimo cinco caras por noite. Aí quando eu comecei a me sentir fraca, não fazia os programas direitos, meus pais brigavam comigo porque o dinheiro estava vindo em número menos, então eu decidi ir atrás daquelas garotas e me dar um pouco daquilo que elas usavam, e foi quando eu me envolvi no mundo das drogas.

Ela já chorava descontroladamente, Pietra a colocou em seu colo e eu segurei a sua mão fazendo carinho na mesma. Ela soluçava em desespero, era como se tudo aquilo passava em sua mente a fazendo sofrer como naquelas noites. Afegava o cabelo dela, ela era tão nova. Ela então levantou o rosto desvencilhando do abraço de Pietra e me abraçou, limpei suas lágrimas e a coloquei em meu colo mexendo em seu cabelo quando ela continuou.

Lola: Pra mim aquilo era a melhor solução, era como se eu resolvesse todos os meus problemas, e no começo era mesmo, eu me sentia muito mais forte. Mas eu só tinha 10 anos, era nova, pegava drogas da minha mãe e ela me batia, faltava algumas vezes no trabalho e meu pai me xingava de todas as formas, o único jeito de amenizar aquilo tudo era me enfiando no quarto e usando aquele pó branco. E durante toda minha infância, a época que eu deveria brincar de boneca com as outras meninas na calçada de casa, pular corda, brincar, lá estava eu, no mundo das drogas e prostituição. Não digo que aquilo era um prazer pra mim porque não era, eu odiava de verdade aquilo, mas aquilo se tornou uma parte de mim, a pior parte de mim, a parte que mais me fez sofrer. E depois de dois anos e meio mais ou menos, um cara veio marcar um programa, aceitei como de costume, ele me levou ao melhor motel da cidade, o que era difícil encontrar, mas era como se ele já tivesse programado aquilo. -Ela finalmente limpou as lágrimas dando um pequeno sorriso, mas ainda era verdadeiro- E aquele foi o melhor homem que apareceu na minha vida. -Olharam para ela confusa e ela riu- Sim, ele foi. -Ela deu uma pausa- Chegamos ao motel e ele era realmente o melhor que eu já entrei, isso porque os outros me levavam a qualquer beco, então eu não era acostumada com aquilo. Entramos, ele sentou na cama tirando o sapato e eu me direcionei a janela, a vista era linda, e estava tendo o pôr-do-sol. O mar alaranjado e as gaivotas voando no céu. Por mais que aquilo estava maravilhoso, tinha um cara no quarto e eu tinha que fazer o serviço. Senti uma mão em minha cintura e eu me arrepiei pois sabia que a hora havia chegado. Quando me virei para beija-lo, ele simplesmente se desviou, eu não entendi nada. Eu questionei se eu não estava ali para isso, e ele disse: Não. Ele me direcionou a cama olhando no fundo dos meus olhos e perguntou a minha história, o que eu fazia ali, se eu gostava de estar ali, eu contei tudo, simplesmente tudo. -Seus olhos começaram a encher de lágrimas mas ainda sim ela sorria- Mas a última pergunta foi a que mudou definitivamente a minha vida. Ele perguntou se eu queria sair daquela vida, daquele mundo, de perto daquelas pessoas, ser uma garota normal, uma criança que brinca de boneca, que corre, pula corda, essas coisas. Naquele dia eu percebi que nada na minha vida foi em vão, com tudo aquilo eu tive experiências, eu aprendi, eu pude viver um pouco que a vida no Brooklyn pode me dar, o que não foi tão bom como o imaginado. Eu percebi que eu não era culpada daquela vida miserável dos meus pais, mas que eles eram culpados. Naquele dia eu mudei o rumo da minha vida, da minha história. Dali eu vim diretamente para cá, sem pensar duas vezes, acho que não pensei nem uma. -Rimos enquanto ela se ia em direção a um homem alto, loro, com uma caça e a blusa da clinica- Que eu não tivesse pensado, eu confiei nele como eu nunca pude confiar em ninguém, nem nos meus pais, mas nele sim, nele foi totalmente diferente, não é Mike? -Ela o abraçou muito, muito forte enquanto ele afegava os cabelos daquela garota chorona- Obrigada, de verdade, obrigada por tudo. -Ela tirou a cabeça de seu peitoral e ele beijou sua testa- Se não fosse por você, eu realmente não sei aonde estaria, acho que teria morrido de overdose ou me jogado de alguma ponte.
Mike: Também não é assim... -Ele riu-
Lola: Claro que é. Naquela época eu já estava enlouquecendo, me cortava, não comia, bebia, não saía, não fazia definitivamente nada, a não ser beber bebida alcoólica, me drogar e prostituir. Você me salvou, e eu devo tudo a você. Obrigada mesmo.
Mike: Te amo pequena. -Ele a abraçou-
Lola: Também te amo, muito. -Ela sussurrou afundando seu rosto em seu peitoral-

Todos se levantaram e a aplaudiram. Aquela menininha é muito forte, mais do que eu imaginava. Ela foi capaz de largar aquilo enfrentando seus pais, tudo e todos. Ela queria mudar e ela mudou. Confesso que aquilo me emocionou de tal forma que nem eu consigo explicar. Como ela fez isso, como alguém pode aparecer na sua vida quando você mais precisa, sem você imaginar ou pedir? Isso prova que é facil mudar, é só querer.

E talvez eu deva ser assim, mudar pra melhor, mas querer mudar de verdade, não apenas para agradar uma garota, -tudo bem que isso também está incluído- mas porque eu preciso mudar para poder ser um homem melhor. Não dá para ser esse garoto que não liga pra nada a vida inteira, eu tenho que me formar, fazer uma família, terei que trabalhar, e pra tudo isso eu precisarei ter responsabilidade. Com a Lola talvez eu aprenda isso.

Passas a tarde toda ali, confesso que não foi a pior tarde da minha vida, acredite, já tive tardes bem piores. Mas de alguma forma, estar ali me fazia bem, me fazia aprender, me fazia acreditar. Foi ali, no meio daqueles adolescentes e ouvindo a risada de Lola, vendo os olhos brilhantes de Pietra, vendo as crianças desenhando, correndo, brincando, eles até cantaram hoje, a coisa mais fofa do mundo, e o pior de tudo foi que Pietra me puxou para subir naquele palco e cantar também. Que vergonha. Mas é só questão de costume.

Voltamos caminhando pela praia e conversamos até as 19:00. Isso, perdemos a hora. Quando chegamos, acho que a professora só faltou ligar pra policia a procura de nós. Ela estava em pânico, o que foi muito engraçado. Fomos pro quarto correndo rindo igual dois idiotas.

Pietra: E a cara dela? A cara foi a melhor. "Vocês nunca mais vão sair assim" -Ela disse imitando a voz da professora"-
Eu: Tanto escândalo só porque chegamos 19:00. -Disse rindo enquanto caia na cama- Mas eaí, amanhã vamos pra onde? -Tirei o meu tênis com os pés o jogando em algum lugar do quarto-
Pietra: Acho que é para a clínica de pessoas com algum tipo de deficiência.
Eu: Ata. -Disse simplesmente-
Pietra: Como você não ficou incomodado hoje com as crianças?
Eu: Sei lá, eu me senti bem ali.
Pietra: Eu vi você chorando. -Ela disse sorrindo e eu fiquei vermelho. Não era pra ver. Coloquei minha cabeça de baixo do edredom enquanto ela começava a rir- Ah, não é tão ruim assim.
Eu: Para Pietra, me deixa. -Prendia o edredom que ela insistia em tirar-
Pietra: Vai ficar com a história de que homem não pode chorar?
Eu: Vou. -Disse com a voz abaixada-
Pietra: Justin! -Ela me mexeu com uma voz doce- Levanta, não tem nada a ver você chorar.
Eu: Mas eu sou homem. Homens não choram. -Protestei tirando o edredom do meu rosto-
Pietra: Homens idiotas.
Eu: Não é o que eu sou pra você? -Ela me olhou em um simples suspiro desviando seu olhar de mim para um lugar qualquer-
Pietra: Você é Justin, talvez sempre será, mas eu posso gostar de você mesmo assim. -Olhei para ela sem acreditar no que acabei de ouvir-
Eu: É sério? -Ela me olhou e abriu um pequeno sorriso-
Pietra: Você de legal de vez em quando.
Eu: E esse de vez em quando seria exatamente?
Pietra: Quando você não é idiota. -Ela disse simplesmente-
Eu: Jura? Então eu sou legal quando eu não sou idiota? -Disse sarcástico-
Pietra: Tem gente que só é legal por que é idiota.
Eu: E eu sou legal quando? -Insisti-
Pietra: Quando você não está com seus amiguinhos. -Ela fez careta-
Eu: Você insiste que são eles, né?
Pietra: Eu sei que são eles. -Ela disse firmemente-
Eu: Pode não ser. Talvez eu seja assim porque quero.
Pietra: Então quer dizer que as pessoas são idiotas por que querem? -Ela levantou uma sobrancelha me encarando-
Eu: Não, as vezes é porque precisam.
Pietra: E você?
Eu: Fui idiota por pensar que uma garota se interessaria por idiotas. -Disse decepcionado-

Continua...


+9 Comentários
Eiiiiiiiiiiiiiiiiii amores da minha vida, como está sendo o natal de vocês???? Ganharam muitos presentes???? Diz meu pai que vai me da 500 reais, só to esperando hahahahahahahah
Tava sem nada pra fazer ai eu quis terminar o capítulo para postar pra vocês. É MUITO AMOR MESMO. Aqui ta um calor filho da mãe, podeira estar na piscina e estou aqui, nessa sala abafada, AMO VOCÊS E SEM MAIS.
Minha mãe já ta me chamando me tirando do pc, então beijos amores, um feliz fim de natal. Amo vocês.
Comentem MUITO. Marquem preguiçosas, e bem que dessa vez só veio duas. Amo.

Comentários Respondidos AQUI
ME ENXAM O SACO, JÁ PEDI, MAS PARECE QUE NINGUEM ME AMA :/ AQUI

18 de dezembro de 2012

I Hate Him But I Love Her - Capítulo 11

Mas este sentimento parece como a primeira vez. Você quer o nascer do sol volte para a cama. Eu quero fazer você rir.- Paperweight-

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Justin P.O.V

A festa estava legal, tinha lindas garotas, música alta, gritaria, só faltava a bebida, mas por algum motivo eu não queria beber, não queria ficar ali. Tudo que eu ouvi Pietra falando durante esses três anos resolveram me atormentar logo essa noite. Eu não estava tão animado, pelo menos não hoje. Fiquei duas horas lá, no máximo e 'chorando' porque Britty não saia do meu pé. Ouvia algumas músicas, eram até legais, dancei e conversei com Ryan, Chaz e Britty, fora as amigas chatas dela que eu nunca decorei o nome e nem faço questão. Deveria, pois com certeza elas são melhores que a Britty.

Ao entrar naquele quarto totalmente escuro, por exceção da luz vinda daquela janela que incomodava e eu ainda não entendi como Pietra conseguiu dormir, peguei a minha mala que ainda não estava arrumada e fui ao banheiro sem fazer nenhum barulho que a fisese acorda-la. Tirei minha roupa e tomei banho. Me sequei e coloquei uma cueca box, uma calça moletom confortável e uma camisa entrando cautelosamente no quarto. Senti uma brisa forte invadindo o quarto e os cabelos de Pietra se mexeram delicadamente e a vi descoberta se encolhendo na cama. Pressupus que ela estaria com frio ou até mesmo incomodada com aquilo, fechei a janela e a cobri. 

Pietra: Eu também me diverti muito ontem a noite. 

Isso foi a última coisa que dissemos antes de depositar mais um beijo em sua testa sem medo que ela me mordesse e fui para minha cama. Sabe qual é a melhor parte de está no mesmo quarto que ela? Que eu posso vê-la de todas as formas sem que ela saiba. Dormindo é uma delas

[...]

Acordei e Pietra já não estava mais na cama, apenas ouvi o barulho do chuveiro, tudo indicando que ela estava lá. Me levantei e arrumei aquelas camas. Ao tocar no travesseiro dela, porra, como ela é cheirosa. É claro que eu não fiquei igual um idiota cheirando aquele travesseiro, claro que não, além do mais nem daria porque logo que eu peguei nele a porta do banheiro se abriu saindo a dona do travesseiro cheiroso lá de dentro. 

Pietra: Bom dia. -Diferente de mim, a cara dela não era de total sono-
Eu: Bom dia, dormiu bem?
Pietra: Feito um bebê, diria. -Ela disse sorrindo me ajudando com os edredons. -
Eu: Eu vi e ainda não entendo como dormiu com toda aquela claridade no quarto. 
Pietra: Quando o sono habita em mim nada mais me importa. -Gargalhei- É sério. 
Eu: Não estou duvidando. 
Pietra: Não era o que sua risada aparentava. 
Eu: Eu não sou o que pareço ser, e aí? 
Pietra: Você é você, sua risada é sua risada. -Ela disse colocando o último edredom na cama mudando de assunto- Por que voltou cedo ontem? Dez horas não seria o horário que você estaria em casa, aliás, no quarto.
Eu: É, você tem razão. Mas eu não quis ficar lá, não estava com animo. 
Pietra: Jura, você sem animo para festas. Ta tudo bem? -Ela colocou a mão em minha testa garantindo que eu não estava com febre ou realmente bem-
Eu: Bobona! -Disse rindo tirando suas mãos do meu rosto delicadamente-
Pietra: Idiota! -Disse rindo-
Eu: Não cansa de dizer isso não?
Pietra: Eu só digo isso pra você. Por que eu quero cansar?
Eu: Não quer cansar?
Pietra: Por que? Preciso de um chato garoto namorado da minha prima para implicar.

Rimos

Eu: Falando nisso, como ela está?
Pietra: Estou sem notícias dela desde anteontem.
Eu: To com saudades dela. Daquela risada gostosa de criança. -Dei meio sorriso-
Pietra: Um dia, eu pedi ao meu pai pra me dar um cachorro, já que eu ficava o dia inteiro sozinha em casa, só que ele disse que não, tinha coisa melhor pra me fazer companhia, aí ele me pediu pra ficar as férias inteiras cuidando dela. O que não foi bom. Porque eu tive que ir pra sua casa estudar, ou melhor, te ajudar com a recuperação. -Ela riu-
Eu: E ela?
Pietra: Ficou emburrada porque eu tive que ficar longe dela. -Gargalhamos-
Eu: Ela é uma piada mesmo!
Pietra: Já disse que ela seria uma ótima comediante.

[...]

Depois de rirmos, perdemos até a hora. Tomei meu banho mas acabei pensando de mais. Como agente está rindo desse jeito, sem brigas, xingamentos, murmurações, nada. Só nós dois. É engraçado que ela nem percebe que ela não me xinga a uma dia e meio. Ontem antes de dormir ela até me pediu um beijo antes de dormir. Como dizem, tudo muda, as pessoas mudam. Mas o que me dá medo é saber até quando ela será 'boa' desse jeito.

Coloquei uma calça preta com uma blusa branca e um supra colorido. Antes da gente sair ela até comentou dos meus supras. Ela disse que eu só uso esse tipo de tênis e ela confessou achar mais estiloso. Devo acreditar? Mas é bonito mesmo, puro Swag.

Fomos até a praia onde estavam todos reunidos. Britty me puxou e tive que ficar com ela por enquanto. A diretora avisou que depois do café agente iria para uma clinica de reabilitação para crianças que estavam na rua e saíram das drogas. As vezes me pergunto o que leva alguém a sair de sua bela cama e ir para as ruas. E depois eu reclamo da vida que eu tenho.

Britty me puxou pra dentro do ônibus e me fez sentar com ela enquanto observava Pietra andando com Elisa até o fundo do ônibus. Ela me olhou como se estivesse tudo bem, mas pra ela pode até estar, pra mim não. Se for pra mim ficar aqui só ouvindo Britty falando de roupa ou me assediando contra algo que eu não estou querendo a muito tempo, prefiro ficar com o Chaz falando das garotas gostosas do colégio, começando por Pietra. E foi como previsto, ela logo começou a colocando a mão de baixo da minha blusa.

Eu: Para Britty, para por favor? -Implorei tirando suas mãos a colocando em seu colo-
Britty: O que foi amor, não estou fazendo nada. -Ela colocou a mão sobre minha perna acariciando a mesma-

Revirei os olhos e olhei pela janela. Via tudo passando enquanto pensava em Pietra. É estranho a frequência que eu venho pensando nela, mas eu não consigo parar. Todas nossas brigas, gritos, raivas, até tapas dela eu já levei, mas teve sorrisos, teve gargalhadas, teve tardes juntos. O fato é, eu não quero namorar com ela, não exatamente isso, eu só quero que ela me veja de uma outra forma, não apenas o garoto idiota que ela odeie. Por mais que eu tenho meus defeitos, sei que tenho algumas qualidades e eu quero muito que ela saiba disso.

Depois de uns trinta minutos com Britty no pé do meu ouvido, finalmente chegamos e ela foi atrás de Elisa e eu atrás de Pietra. Ela estava parada olhando para a placa do local, era como se ela já conhecesse aquele lugar. Ela pegou o iPhone e tirou uma foto daquilo e segundos depois senti o meu celular vibrando. Olhei e era uma nova foto atualizada no Instagram. E era a foto que ela havia terminado de tirar. "É bom voltar aqui de novo" Foi essa legenda.

Eu: Já esteve aqui? -Perguntei surpreso fechado a página do Instagram-
Pietra: Costumo ir nesse tipo de instituições. Venho aqui sempre que posso, assim como vou nas de pessoas com câncer e com algum tipo de deficiência.
Eu: E como consegue ver pessoas desse tipo e se sentir normal?
Pietra: Eles não querem que você sinta pena dele, se é pra isso que vai lá, é melhor nem ir. Eles querem pessoas que brinquem com ele, faça qualquer tipo de lazer com eles que o façam esquecer do motivo que estão ali pelo menos por algumas horas. E eu adoro ver eles rindo.
Eu: E aqui? Tipo, eles conseguem sair daqui e não voltar pro antigo mundo deles?
Pietra: Eles só precisam ver que tem pessoas que ainda sim amam eles e que estarão sempre ali. Eu conheço uns que saíram daqui que nunca mais fizeram o que não deviam.
Eu: E isso te deixa feliz, né? -perguntei sorrindo ouvindo cada palavra que saía da sua boca-
Pietra: Me deixa sim, muito. -Ela disse com um sorriso gigante no rosto-

Nos reunimos em um auditório e ouvimos algumas palestras sobre aquele lugar, o que eles faziam e como eles ajudavam. Era incrível o trabalho deles. Eles saem as ruas e convidam adolescentes a sair da vida das drogas e prostituição para dar-lhes uma vida muito melhor e mais feliz. De alguma forma aquilo me comoveu e me fez finalmente entender porque Pietra frequenta tanto lugares como esses.
Logo depois, nos entregaram algumas caixas com presentes dentro e todos foram distribuídos naquele enorme lugar. As quadras, salões, salas, jardim, sala de jogos, piscinas, era tudo lotado e pessoas de 9 a 20 anos ali, sorrindo de uma forma que nunca sorriram antes de entrar ali, pressuponho. Como crianças daquele tamanho consegue entrar em um mundo tão fora de cogitação, tão sem graça e nexo. Mas ali estavam eles, tentando ser feliz mais uma vez.

Como Pietra já conhecia quase todos ali, me levou ao jardim onde encontramos uma garota de uns 12 anos, loira de olhos azuis mais linda que já vi, pelo menos para uma garota no estado que ela está, ou estava. Pietra se aproximou dela e a abraçou fortemente sorrindo. Apenas sorri mas sem alguma reação, apenas segurando a caixa sorrindo ao vê-las tão sorridentes.

Pietra: Lola, esse é o Justin, aquele chato que eu te disse da minha sala. -Ela disse colocando sua mão nas costas dela a fazendo dar um paço pra frente. A olhei e sorrir envergonhado por já ter essa fama com uma garota que eu nunca vi.-
Lola: Olá Justin. -Ela me abraçou e notei como ela era pequena, chegava no meio de minha cintura.- A Pietra fala muito de você.
Eu: Muito mal, quer dizer.
Pietra: Ei. Não é assim, eu falo que você é... é, bonitinho. -Ela se embolou e eu ri-
Eu: Bonitinho? -Perguntei-
Pietra: Ai você já ta querendo de mais né? -Ela me encarou-
Eu: Tá, bonitinho está bom. -Ri- Então Lola, está tudo bem?
Lola: Sim, vai indo. -Ela sorriu. Por tudo que ela vem passando ela ainda tem um sorriso perfeito-
Pietra: E o que vai fazer hoje?
Lola: Sei lá, vou andar por ai e depois vamos ter a palestra. -Ela sorriu- Pietra, eu preciso que você faça uma coisa pra mim. -Ela a encarou com aqueles lindos olhos azuis-
Pietra: Claro, o que quiser. Mas antes, toma isso. -Ela pegou a caixa de minha mão a entregando. Ela abriu com o melhor sorriso e nos abraçou a ver a linda boneca-
Lola: Obrigada, eu amei.
Pietra: Qual criança não amam bonecas? -Rimos- Aonde queria nos levar mesmo?

Ela a puxou pelo braço e Pietra fez o mesmo comigo enquanto nos olhávamos desentendidos. Passamos por aqueles corredores e nossa velocidade era cada vez menos. Somos muito preguiçosos. Pietra cumprimentava todos nos corredores e os que estavam dentro das salas fazendo quimioterapia, pressuponho. O que eu realmente percebi nela era o carinho que ela tem por essas pessoas, a atenção, como ela consegue isso eu ainda não entendi, mas ela faz.

Entramos em uma sala de instrumentos. Tinha teclado, piano, violão, guitarra, bateria, violino, trompete, até uma arpa tinha ali. Minha vontade era de tocar todos, exatamente cada um daqueles instrumentos. Olhava para aquele violão e via os acordes em cada uma daquelas casas se formando enquanto o som passava em minha mente. Lembrei das tardes que eu não tinha nada para fazer que entrava no meu quarto e compunha algumas músicas. Eu amo fazer isso.

Sentamos em um sofá que tinha ali e Lola pegou um envelope cor de rosa claro escrito de caneta roxa, minha cor favorita. Ela entregou para Pietra com suas mãos tremendo e cochichou algo em seu ouvido, que particularmente me deixou curioso. Pietra a olhou surpreendida e eu simplesmente não entendia nada.

Pietra: Ele? -Ela disse surpreendida- O moreno bonito?
Lola: Sim, ele. -Ela disse com um sorriso bobo nos lábios enquanto Pietra olhava pra mim com certeza percebendo minha cara de desentendido- Por favor, entrega isso para ele? -Ela firmou mais ainda o envelope em suas mãos-
Pietra: Érr... claro. -Ela parecia confusa tanto quanto eu-
Lola: Não conta pra ninguém, tá?
Pietra: Mas o Justin está aqui. -Ela apontou para mim-
Lola: Mas ele não deve está entendendo nada.
Pietra: Mas nem para ele?
Lola: Nem para ele. -Ela protestou-
Pietra: Ah, por favor, ele vai me atormentar o dia inteiro. Essa cara de curioso dele me mata. -Ela implorou-
Lola: Pietra! -Ela resmungou-
Pietra: Lola! -Fez o mesmo- Quem mais vai sofrer aqui sou eu. -Ela fez bico-
Lola: Tá, fala. Agora Justin, não ria de mim. -Ela parecia um camarão de tanta vergonha. Dei uma leve risada assentindo- Começando por agora.

Segurei o riso direcionando meu olhar para o sorriso perfeito de Pietra. Ela ainda sim conseguia ficar mais boba do que a Lola que me olhava com um olhar terrível  Se eu risse ela definitivamente me mataria. Mas por que eu iria rir?

Pietra: Ela está apaixonada.

Tá, eu pesei que seria a história do ano, o maior acontecimento. Não, ela está apaixonada. Tentei parecer o mais compreensivo, o que eu acho que foi em vão.

Eu: Lola, você tem quantos anos?
Lola: 12, por que? -Como eu pressupus-
Eu: Nada, só queria me certificar da sua idade. -Dei um sorriso fraco amenizando a minha situação- Então é isso. Você está apaixonada.
Pietra: Justin!
Eu: O que foi?
Pietra: Dava pra ser mais compreensivo. Ela não te queria contar e agora você fica desse jeito?
Eu: Mas eu não estou fazendo nada.
Pietra: Mas pensa, o que acaba sendo pior.
Eu: Você que está falando.

Ela só faltou me bater. Mas cara, como uma garota de 12 anos diz está apaixonada? Muito nova, não? Tá, vocês vão vir com a história de que não tem idade pra se apaixonar e tudo mais, mas espera, ela tá se recuperando de uma vida turbulenta e agora diz que está apaixonada? Vou ter que entender.

Pietra: Justin, cala a boca, ou melhor os pensamentos e vem comigo entregar essa carta. Se apaixone e saberá do que ela está falando. -Disse pegando a carta indo em direção a porta me puxando junto a ela- Idiota. -Ela completou-

Talvez eu saiba do que ela está falando, Pietra. Você que não sabe o que eu estou sentindo.

Continua...




+9 Comentários
Eai amores, como estão? Curtindo as férias, espero hahaha
Fiz minha prova e agora estou livreeeee \õ
E se vocês comentarem bonitinho, eu tento postar todos os dias :)
E lindo e amado anonimo, eu sei que esses quatro comentários seguidos é da mesma pessoa, não adianta colocar twitter diferente, porque eu entrei e mostrou o dono de verdade que você colocou. Então posta só uma vez, agradeço. <3
Eai, o que acharam do capítulo?
Esses dois heim?? O que será que vai acontecer?????
OMGG.
Comentem gatas da minha vida, preguiçosas, agora não vai ter desculpa, quero as preguiçosas aparecendo tá?????
Beijos minhas lindas, até o próximo capítulo

Perguntas aqui me encham o saco, façam perguntas idiotas, sei lá, só não me deixem sozinha.
Respostas aqui

15 de dezembro de 2012

I Hate Him But I Love Her - Capítulo 10

Eu não posso te dizer o que realmente é, eu só posso te dizer qual é a sensação. -Love The Way You Lie-  

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Pietra P.O.V

Eu estava devorava aquele hambúrguer em uma velocidade incrível. Era como se fosse a primeira vez que comia aquilo, era engraçado. E Justin não era muito diferente, ficamos o dia inteiro sem comer nada, acho que merecemos comer isso. E por mais que eu devorava aquilo, parece que não acabava nunca e que não tinha fim algum.
Fazia meia hora que Justin estava ali me vendo comer, acho que ele se perguntava se eu jamais iria acabar isso.

Eu: Já não tem que começar a se arrumar não?
Jus: Nossa, me quer fora daqui é só falar. -Fez bico-
Eu: Idiota.
Jus: É, eu sei. -Disse simplesmente-
Eu: É mesmo? - Disse surpresa como se fosse alguma novidade isso-
Jus: Você me deixa isso claro todos os dias, lembra? -Ri-
Eu: Eu só estou querendo dizer que não seria legal ouvir as pessoas falando que você não foi a festa. -Disse devorando o último pedaço daquele hambúrguer-
Jus: Mas isso é só uma festinha, não é importante. -Ele olhava cada mastigada minha parecendo que estava dando "graças a Deus" que acabou-
Eu: Mas ainda sim é uma festa. -Limpei minhas mãos no guardanapo que tinha em cima da bandeja- Acabei.
Jus: Já estava na hora, não acha? -Ele disse enquanto me entregava mais algumas folhas de guardanapo e eu ri-
Eu: Sabe quanto tempo não como um hambúrguer? -Ele assentiu me fazendo continuar, ele me olhava como se quisesse ouvir um mês, ou algo do tipo- Um dia. -Ele riu-
Jus: Nossa, deve está morrendo mesmo . -Ele disse irônico-
Eu: Via tomar banho, vai. -Disse o empurrando da cama- Agora eu não te quero mais aqui.
Jus: Ah não?

Ele me pegou no colo e me fez cocegas em mim, eu gritava desesperada ali, pensei em fazer a mesma coisa que fiz com Taylor só que achei melhor não, não com ele. Ele não está acostumado com tanto drama vindo de mim. Só que eu ria desesperadamente, como nunca ri. Ele me colocou em suas costas como um saco de batata e me rodou por todo o quarto até que caímos em cima da cama, apenas ouvindo duas respirações totalmente ofegantes.  Olhei pro lado e sorri, assim ao ver o sorriso dele. Não pensem que eu ainda não o odeio, ok?

Jus: Pietra, eu sei que você vai me dar as mesmas explicações que me deu ontem, mas eu não consigo entender por que, por que fez aquilo ontem comigo e falou tudo aquilo com a Britty. -Ele se sentou na cama e eu o mesmo -
Eu: Olha Justin, eu simplesmente quero por as pessoas no lugar delas, mostrá-las que elas não mandam no mundo pois não estão mandando nem no seu quarto. Vai me dizer que sua mãe não te obriga a arrumar seu quarto em troca de você ir a uma festa? -Ele deu meia risada- Viu, você ainda não manda em você e nunca mandará, você sempre terá alguém para mandar em você.
Jus: Depois dos meus dezoito ninguém manda em mim. -Ele protestou-
Eu: Ah não? Então quando você trabalhar você terá um chefe certo? Vai desobedece-lo? Acho que sim né? Justin, nunca, nunca na sua vida você poderá mandar totalmente em você. E é bom que as pessoas aprendam isso desde já, pois se não quebraram a cara no futuro e dirão que ninguém os avisou. Pelo menos eu terei a consciência limpa que eu avisei.
Jus: Sabe o que eu adoro de verdade em você? Seu ponto de vista real nas coisas, sua opinião única, seus argumentos. Isso é realmente perfeito em você. E talvez eu sentiria até uma invejinha disso, mas é bem pouco. -Ele mostrava o tamanho com seus dedos e fechava o olho direito. Eu ri-
Eu: Invejinha não é bom sabia? -Disse com uma voz engraçada apontando pra ele- É melhor você correr atrás para fazer igual, ou melhor, parecido.
Jus: Sabe que eu ainda não entendo não é? -Ele disse depois de rir da minha voz-
Eu: Eu só quero dar uma chance pra gente. Não digo de me apaixonar, aliás, não quero me apaixonar, não por causa de você, é por ninguém. Não quero me apaixonar. Mas eu estou falando da gente conversar assim, igual agente ficou essa noite, conversando sem brigas, chutes, palavrões, nada, passar mais de cinco horas sem brigas. -Ele sorriu como se fosse um agrado a ele ouvir isso de mim, mas era. -
Jus: Eu me diverti muito ontem Pietra. Apesar de tudo eu ainda sim me diverti.

Ele sorriu, tirou a camisa e jogou na cama. Ok, ele é muito gostoso. Aqueles músculos no braço cada dia mais definido e aquele abdômen magro, mas ainda sim definido. O que eu estou pensando, eu ainda odeio ele. Ele percebeu que eu o encarava, passou a mão em minha frente para que eu "despertasse" e foi para o banheiro até que ouvi alguém batendo na porta. Fui me arrastando até lá pra dar de cara com a pior pessoa que eu pudesse ver. Britty. Por que ela duvida tanto de mim e do Justin? Falta de confiança em si mesmo!

Eu: O que faz aqui? -Perguntei e ela já foi entrando-
Britty: O que a camisa do Justin está fazendo jogada em cima da sua cama? -Ela me olhou desconfiada-
Eu: Ele tá no banho. Ele colocou aqui.
Britty: E por que você está com essa roupa? Short muito curto para uma garota que está dividindo um quarto com um garoto, não acha não? -Ela está querendo discutir em tamanha de roupa? É isso mesmo?-
Eu: Isso se chama pijama, acha o que, que eu vou usar uma calça, blusa de frio em um calor desse? Garota, você se veste pior do que eu. Olha o tamanho desse seu vestido. Você vai sair, vai para uma festa com um monte de garotos, mas eu não, eu vou ficar aqui dormindo. Não vamos discutir de roupas, né? -Disse me jogando na cama-
Britty: Tem razão, vamos discutir sobre você querendo ficar com o Justin.
Eu: Se você entrou nesse quarto para ficar me insultando desse jeito, é melhor se retirar. Pelo que eu sei, você não perdeu nada aqui. Agora pode da licença da minha frente, estou tentando assistir televisão. -Disse pegando o controle dando sinal para que ela saísse-
Britty: Perdi o Justin aqui.
Eu: Nunca soube que se perde algo que nunca teve. -Provoquei-
Britty: Ele é meu sim. Ele não é seu.
Eu: Olha, chega! -Disse me levantando- Eu não quero o Justin, isso está escrito na minha cara, só você que não vê. Pode ficar com ele todo pra você, não faço nenhum pingo de questão ok? Agora se você não confia em você mesma que você é boa o suficiente pra ele e acha que é fácil pra qualquer uma pega-lo de você, eu sinto muito se te falta confiança, agora, essa garota não seria eu, eu jamais pegaria ele de você.
Britty: Eu sou melhor que você. -Ela protestou-
Eu: Se é mesmo, passe a confiar em você mesmo. Não se preocupe, não quero ele.
Britty: Todas as garotas querem ele, você não seria diferente.
Eu: Eu não sou todas, nunca se esqueça.

Britty ficou dez minutos me encarando enquanto eu olhava pra tv. Como ela pode ser assim? Não estou questionando estar com o Justin, acreditar nele, ou ser mais chifruda que um alce, isso nem me importa, estou me questionando pelo fato dela não acreditar nela, dela não ter confiança no que ela faz, dela achar que as pessoas são melhor do que ela.

Finalmente Justin saiu de dentro do banheiro, mas sem camisa. Consegui ver o rosto de Britty queimando enquanto ela me encarava. Justin nos olhava confuso mesmo sabendo que ele, com certeza, ouviu a nossa discussão.

Jus: Er... Pietra, você viu meu supra azul, não sei onde eu o coloquei. -Antes mesmo que eu respondesse ou reagisse de alguma forma, Britty já foi se entrometendo-
Britty: Posso te ajudar meu amor. É, eu te ajudo. -Ela se abaixou para olhar de baixo da cama enquanto eu olhei pra Justin e ele ainda não entendia. Aquilo já estava ficando patético.- Aqui, achei! -Ela sorriu levando o tênis azul até ele o dando um selinho- Aqui meu amor.
Jus: Obrigada, Britty. -Ele disse desengonçado, deveria achar engraçado, mas como disse, era patético. Não por ele, mas por ela-
Eu: Quer saber, eu vou levar essas vasilhas daqui, não quero esse quarto com cheiro de hambúrguer.

Peguei os dois pratos, os copos plásticos e sai daquele quarto. Acho que se eu ficasse mais alguns segundos lá eu esgoelava ela. Eu não a entendo, eu não entendo os dois.

Cheguei na cozinha batendo meus pés de raiva, só não joguei tudo aquilo na pia porque os copos eram de vidro, apareceria todo mundo da casa ali e eu não queria arranjar tumulto. Me encostei na pia e passei a mão em meu rosto tentando me acalmar. Elisa apareceu e ficou me encarando.

Elisa: O que aconteceu? Ta mais vermelha que um camarão. -Ela pegou um copo no armário se direcionando a geladeira-
Eu: Vermelha de raiva, só se for. Sabe o que termina de me acontecer? Aquela escrota da Britty entra no quarto e começa e me julgar, falando um monte de mim, falando que eu quero roubar o Justin dela, que eu tenho inveja dela.
Elisa: Inveja? Você com inveja dela? -Ela riu loucamente- Do que? Daquela cara 100% maquiagem? Nossa, que perfeito. -Ela disse irônica- Ela é paranoica, isso sim.
Eu: É bem isso que o namorado dela disse. -Eu ri lembrando daquela cena-
Elisa: Ele disse isso da própria namorada?
Eu: É né, vai entender.
Elisa: Mas quando isso aconteceu? Eu perdi isso?
Eu: Ah, foi uma briga que agente teve uns dias desses. -Ela me encarou como se quisesse mais informação-
Elisa: Uma briga, um dia desses? Quando, ontem? Pera, hoje de manhã? Cinco minutos atrás? Ai meu Deus, ele te mandou uma mensagem agora? -Ri da ironia dela, uma briga entre eu e ele tem que especificar bem quando, onde, que horas de preferência-
Eu: Ta bom, eu entendi ok? Tenho que especificar porque seu processador é lento.
Elisa: Não! -Ela protestou- Você e ele que são complicados.
Eu: Ok, ok. Foi no dia que meu pai falou pra ele ir lá em casa para que eu o ajudasse em matemática, era umas cinco horas da tarde, em uma quinta feira, Bianca estava lá em casa, eles se casaram, agente se encontrou....
Elisa: Bianca, aquele doce de criança se casou com o Justin? -Ela disse indignada- O Justin?
Eu: Ontem era você que queria casar com ele, então não fale dela agora. -Brinquei- Quem deveria estar indignada sou eu. Logo ele tinha que fazer parte da família? Ele? -Disse aos prantos-
Elisa: Vocês dois se amam, só pode. -Ela balançava a cabeça rindo-
Eu: Amor, bela palavra... fica feia quando se usa com a pessoa errada. -Sussurrei tentando decifrar essas palavras- É, não quero que essa palavra fique feia. -Olhei pra Elisa que voltou a comer- Se eu ficar aqui te esperando terminar de comer, provavelmente eu passe aqui o resto da noite, como eu estou cansada, vou subir e deitar, tudo bem? -Dei um beijo em seu rosto e caminhei até a escada-
Elisa: Ei. Vai na festá não?
Eu: Não há festa que troque minha cama.
Elisa: É a mesma, sempre com sono.

Ri e fui até meu quarto. Logo ao abrir a porta pude sentir um dos melhores cheiros do mundo invadindo meu nariz. Era tão bom. Era o cheiro do Justin, e por incrível que possa parecer, eu sorri, simplesmente sorri e entrei. Se ele fosse tão legal como ele é cheiroso, eu COM CERTEZA gostaria dele.

Fui em direção a janela e fiquei observando a festa que acabou de começar. Tinha poucas pessoas ali, mas Justin sempre marcando presença. Poderia ser assim nas aulas também, pensei rindo disso. Ele é inteligente, mas parece que ele esquece disso, ele não se esforça, é como se  ele quisesse ser assim de qualquer jeito. Ou pelo menos parecia, não posso negar que agora ele se interessa muito mais pelos estudos, falo isso porque sou eu que o ajudo a estudar, vejo o quanto ele se esforça, sei que ele realmente quer passar em Harvard, quer ser motivo de orgulho a sua família, e por esses motivos eu o ajudo sem reclamar.

Dei um pequeno sorriso e acenei quando ele olhou pra mim e voltei pra minha cama. Como prometido iria dormir. Aqueles travesseiros fofinhos, fora o dele que eu também peguei emprestado sem pedir. Me joguei na cama só que a claridade ainda me atrapalhava. Olhei pra janela e... CADÊ A CORTINA DAQUELE QUARTO? Que espécie de quarto não tem uma cortina? Como eu vou dormir assim? Não entrei em desespero, estava cansada de mais para isso. Peguei o lençol e cobri meu rosto, pegando rapidamente no sono.

[...]

Acordei com o barulho da porta sendo aberta. Pelo cheiro pude reconhecer que era Justin, não queria mostrar que estava acordada então fiquei fingindo até ouvir a porta do banheiro sendo fechada. Estranho, ainda ouço gritarias e música. Olhei pela janela e vi que a festa ainda não acabou e o relógio marcava 10:00h. O que ele faz aqui esse horário? Ele não é o último a sair da festa? Alguma coisa não está bem, não é normal isso, ele não mudaria assim, tão de repente.

Depois de pensar no que estava acontecendo com o Justin, ouvi o barulho da porta se abrindo e a luz sendo desligada. Fechei os  olhos e senti que havia alguém a minha frente, ele obviamente. Ele passou a mão em meus cabelos e me cobriu. Abri os olhos de vagar antes que ele voltasse para sua cama e em um sussurro minha voz saiu.

Eu: Justin?
Jus: Oi. -Ele se virou abaixando-se a minha frente-
Eu: Vai dormir sem seu travesseiro? -Ri o tirando de baixo da minha cabeça o entregando-
Jus: Não quis te acordar. -Ele pegou da minha mão-
Eu: Já estava acordada, esse quarto sem cortina não me deixa dormir. -Menti-
Jus: Que espécie de quarto não tem cortina? -Ele reclamou-
Eu: Era isso que eu me perguntei quando vi isso. Dormir é bem difícil assim.
Jus: Mas o que custa tentar, né? -Ele lembrou do que eu havia o dito mais cedo-
Eu: Aprende rápido viu? -Brinquei ainda com a voz falha-
Jus: Todos conseguem aprender, mas tudo depende da professora, e particularmente, a minha é a melhor.
Eu: E desde quando sou sua professora?
Jus: Desde quando abre meus olhos me ensinando o certo, mamãe. -Ele riu- Boa noite. -Ele se levantou-
Eu: Mordo não, sabia? -Fiz sinal para que ele me desse um beijo no rosto-
Jus: Sério? -Assenti e ele se inclinou deixando um leve beijo em minha testa- Boa noite Pietra.
Eu: Boa noite Justin. -Ele deu um pequeno sorriso e se virou- Justin? -Sussurrei-
Jus: O que foi? -Ele se virou mais uma vez-
Eu: Eu também me diverti muito ontem a noite. -Sorri-

Continua...



+9 COMENTÁRIOS
Ei amores, mais uma vez, passei aqui rápido pra postar o capítulo.
Estudando muito e eu tenho que passar...
O que estão achando do odio desses dois?? hahahahaha amam???
Não vou responder os comentários hoje, mas prometo fazer isso assim que puder.
Comentem muitoo e preguiçosos marquem ok??? Mas apareçam algum dia, quero saber quem são vocês.
Beijinhos amores, e até o próximo capítulo :**
AMO CADA UM.... JUSTIN TBM!

ME ENCHAM O SACO, PELO AMOR DE DEUS AQUI

12 de dezembro de 2012

I Hate Him But I Love Her - Capítulo 9

Me deixe te mostrar como ser feliz de verdade, talvez se apaixonar, eu posso ser a pessoa que te mostrará o amor.

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Pietra P.O.V

Acordei com o sol me incomodando, o que não é muita novidade, mas isso não era nada comparado com os meus pensamentos. Lembrei que hoje  seria o primeiro dia, de muitos, que eu teria que aturar o Justin, acordar e ter que vê-lo no mesmo quarto que eu, ter que ouvir ele falando suas babaquices, aturar ele, ficar com ele o dia inteiro. Não que isso me incomodasse verdadeiramente, eu fazia isso, mesmo não querendo, mas eu nunca cheguei a ficar quase uma semana com ele, -ficava um mês logo- e eu pressinto que essa semana será a mais difícil que eu já tive. 
Dormi com Taylor e acordei sem ele, deve ter ido para a casa dele. Pelo que eu saiba, a mãe dele não sabe que ele veio aqui, devia está arrancando os cabelos essa noite. Ri dos meus pensamentos enquanto caminhava até a cortina para fechá-la. Rastejei até o banheiro e me olhei no espelho. Como o Taylor consegue acordar e me ver desse jeito? Meu rosto estava mais inchado do que meus seios quando estou de TPM. Tirei minha roupa e entrei no banheiro com a água mais quente possível. Hoje eu estou com muita preguiça, muita mesmo. Depois de quase meia hora com a água apenas caindo pelo meu corpo, decidir tomar banho de verdade, o que foi rápido. Me vesti demoradamente, eu definitivamente não queria ir. Meu irmão entrou no quarto reparando minha cara de tédio.

Eu: Bater na porta não mata ninguém não, viu? -Retruquei- 
Pedro: Ai, tá de TPM? -Ele fez uma voz de garota, o que me fez rir-
Eu: Sempre soube que você era mulher. -Brinquei-
Pedro: Não te pedi opinião. 
Eu: Não mandei você entrar no meu quarto, e não é por isso que você está aqui. -Ele fez bico e eu ri- Own, que lindo esse bico, vai lá na Lia que ela da um jeito nele. 
Pedro: É, ela dá em mim e o Taylor em você. Eu ouvi tudo ontem, sabem nem fazer baixo. -Corei, por que ele adora falar desses assuntos que só convém a mim?- Imagina se a vovó ou o papai ouvir? 
Eu: A vovó sabe. -Disse pegando meu celular respondendo a mensagem de Elisa- 
Pedro: Como?
Eu: Descobriu ué. Ela me perguntou e eu disse que sim, agora cala a boca, ninguém mais precisa saber.
Pedro: Ninguém mais precisa saber. -Ele repetiu- Vocês não sabem nem disfarçar. Acha que eu descobri como? Com os beijinhos que vocês dão.
Eu: Vai se lascar, vai.

Vi meu pai entrando no quarto sorrindo, parecia que ele estava feliz por mim, ou melhor, por eu ficar essa semana aturando um idiota.

Will: Já está pronta.
Eu: Claro. -Ele deu um sorriso enorme- Está feliz assim por que eu vou ficar fora de casa?
Will: Não, estou feliz porque você vai se divertir e vai aprender a conviver com ele. Você verá que ele não é o que você pensa.
Eu: Ele é o que eu não quero pensar, e olha que não é coisa muito boa. -Ele riu-
Will: Muita coisa ainda vai mudar.
Eu: O que? Meu ódio por ele?
Will: Não princesa, seu jeito de olhar pra ele nunca mais será o mesmo.
Eu: E como você sabe?
Will: Não sei, sinto. -Ele beijou minha testa- Agora vamos descer. -Ele foi indo em minha frente-
Eu: Pai. -O chamei e ele se virou, olhando pra mim, ele parecia esperançoso com o que eu ia falar, pelo menos que eu tinha razão pelo que ele tinha dito- Eu não vou ter que ir buscá-lo hoje não, né? -Perguntei rindo pela cara que ele fez-
Will: Não Pietra, hoje não.

Sorri e deixei ele e Pedro indo na frente quando vi um bilhete na cabeceira da cama. Pensei que era de Taylor, bem a cara dele se explicar do porque que não acordou comigo.

Bom dia pequena, dormiu bem? Espero que sim, pois eu dormi. Não acordei ai por causa que ouvi barulhos vindo do quarto do seu pai, ele deve ter acordado, e acho que não será legal ele me ver aqui, pelo menos não hoje. E minha mãe já me ligou milhões de vezes só essa manhã, é melhor eu ir. Desculpa pequena. 
Bom, vou ter que ficar uma semana sem te ver mas quero te ligar todos os dias viu, e quero saber o que estará acontecendo com você e com o SEU idiota. O Justin, não eu, ok? 
Beijos, Taylor.

Para um bilhete, acho que isso ta meio grandinho, ok. Já previa um bilhete desses, ele sempre faz isso. Lembro de uma vez que meu pai acordou, ele teve que se enfiar de baixo da cama, depois escreveu o bilhete e me ligou umas mil vezes depois que foi em bora querendo que eu acordasse, quando atendi, ele disse que meu pai tinha o pego. Meu pai me deu uma bronca e me disse que nunca mais era para trazer garotos escondidos aqui em casa. Ah, mas claro que antes ele me fez o questionário mas dessa vez, com perguntas diferentes, tipo, se eu "dei" pra ele. Disse não, Claro. 

Desci e já estavam todos na mesa, Lia ainda estava lá. Lembrei do que eu vi noite passada e ri. As vezes eles se esquecem que tem porta no quarto. Me sentei na mesa e comecei a comer.

Taylor: Está rindo do que? 
Eu: Você e sua incrível mania de se esquecer que você tem porta naquele quarto. -Olhei pra Lia e a vi vermelha- Não se preocupe, não gravei aquilo. 
Will: Do que estão falando? -Meu pai estava boiando no assunto-
Eu: Nada pai. Você vai na clínica hoje? -Disse mudando totalmente de assunto- 
Will: Hoje não, tenho coisas a resolver na delegacia. Parece que um cara quis assaltar uma casa, aqui em Los Angeles mesmo, mas não conseguiu sair de dentro dela pois a porta travou. Antes disso ele havia passado por mais umas cinco daquela rua e roubado alguns pertences das pessoas, fora o restante das pessoas que havia na quadrilha que conseguiu fugir -Começamos a rir, como assim?-
Lia: E é para isso que serve o muro, não?
Will: O muro era muito alto, tinha cercas elétricas e cacos de vidro. Os que conseguiram fugir, foram os que nem entraram na casa. E o pior que ele ainda diz que não quis assaltar aquela casa.
Taylor: Como ele entrou então?
Will: Arrombando a porta, porém diz ele que ela estava aberta, mas a tranca estava quebrada, por isso sabemos. Mas por algum motivo a porta travou. 
Eu: Muito anta mesmo. -Disse rindo- 
Will: Agora, por uma coisa tão obvia, temos que fazer milhares de investigações. 
Lucia: Mas se vocês sabem que foi ele, por que não o prende?
Will: Precisamos de provas. O resto da quadrilha, tomar depoimentos de pessoas que viram o caso. Se não tivermos, não poderemos o incriminar. 
Lia: Ele está solto?
Will: Não, ele ficou em uma sela separada. Quando descobrirem o que realmente aconteceu, o levaremos para junto dos outros. 
Lucia: E o resto da quadrilha?
Will: Isso ainda ninguém sabe.

[...]

Depois de escovar meus dentes e fazer algumas coisas antes de sair, desci e ainda consegui chegar a tempo para falar com meu pai, um assunto que me deixa muito aflita.

Eu: Pai, você tem notícias da Avalanna? -Disse desmanchando totalmente meu sorriso-
Will: -Ele suspirou, pelo jeito as notícias ainda são as mesmas- Não, ela ainda continua do mesmo jeito.
Eu: -Logo senti minhas lágrimas se formar- Sinto tanta falta dela. -Ele me abraçou-
Will: Calma, vai ficar tudo bem. -Ele se desfez do abraço- Agora tenho que ir, tenho muito o que fazer. -Ele beijou minha testa e se foi- 

Me joguei no sofá e fiquei pensando em tudo que acontecerá durante esses dias. Justin. A única coisa que vinha a minha cabeça. Eu só quero saber de onde eu vou tirar tanta paciência esses dias.
Fiquei trocando mensagens com Elisa enquanto esperava a mocinha do Pedro. Demora para se arrumar mais que eu, bem que a Lia sumiu também. Olha, se eles estão enrolando lá em cima fazendo o que eu estou pensando, eu esgoelo eles dois! Olhei no relógio e já era 6:40, estava atrasada. Olhei pra escada pensando em subir lá para chama-lo, mas ele já estava descendo trocando carinhos com a namorada dele. Até quando eu vou ter que aturar isso?

Eu: Ei, eu to atrasada. Dá para parar de namorico e me levar pro colégio? -Disse batendo palmas os levando até a porta-
Pedro: Ta com inveja. -Protestou-
Eu: De mulher?
Pedro: Não, de eu namorar e você não.
Eu: Ah, vá se lascar. -Disse fechando a porta-

[...]

Discuti o caminho inteiro com Pedro, como ele consegue ser tão chato? Ele ficava jogando na minha cara que eu não tinha namorado e que ele tinha. Já acordei irritada, ele provoca ainda mais, eu vou enlouquecer. E o pior de ter irmão mais velho que você e que ele conhece todas suas fraquezas e adora mexer com elas. Lia só ria, não falou nada. Não tem graça, ok?

Finalmente cheguei no colégio e o deixei falando sozinho. Caminhei até Elisa, que também estava conversando com Felipe. Acho que as pessoas tiraram seus dias para me deixar segurando vela.

Eu: Oi. -Disse seca-
Elisa: O que aconteceu?
Eu: O que aconteceu? O que aconteceu é que essa semana vai ser a pior da minha vida. O que aconteceu é que parece que as pessoas sabem como me irritar e tira um dia para fazer isso. O que aconteceu é que todos tem namorado, MENOS EU. -Fiz bico. Ok, sou dramática, muito. Eles começaram a rir da minha cara-
Felipe: Pra que tanto drama. Eu não tenho namorada, não é por isso que eu estou reclamando.
Eu: Não tem porque não quer. Você é bonito, as garotas babam por você.
Felipe: Até agora não vi um garoto passando sem te olhar dos pés a cabeça.
Eu: Você não tem um irmão que tira o dia para jogar na sua cara que você não tem namorado. -Cruzei os braços. Sou definitivamente a garota mais dramática do mundo-
Felipe: Tem razão. -Dei um sorriso vitorioso- Tenho uma irmã. -Completou-
Eu: Idiota.
Felipe: Ué, idiota não era o Justin? -Ele quer desafiar minha paciência? Se quer, ele está conseguindo-
Eu: As vezes vocês conseguem ser piores do que ele.
Elisa: Ele está vindo ai. -Ela direcionou seu olhar a ele-
Eu: Ah não. -Murmurei direcionando meu olhar a ele. Não basta ele vir aqui, tem que vir junto com a Britty? Meu dia está cada dia melhor, sabiam?-
Jus: Er... Oi Pietra. -Forcei um sorriso, o que foi em vão-
Eu: Pensei que agente só ia se falar quando precisasse. -Ele me olhou envergonhado. Tá, acho que peguei pesado. - Desculpa, hoje não está sendo um bom dia. -Balancei a cabeça olhando pra ela mais envergonhada do que ele estava-
Jus: Está tudo bem, nem todos os dias são bons.
Eu: Mas não é por isso que tenho que descontar em você. Desculpa, de verdade.
Jus: Já disse, está tudo bem. -Sorriu e eu retribui-
Eu: Olha Justin, posso falar com você? -Vi Britty o segurando ainda mais- À sós? -Disse olhando pra ela-
Britty: O que quer com ele? -Ela me fuzilou com os olhos. Meu dia já não é um dos melhores, com a voz dela meu dia consegue terminar por ali-
Eu: Olha, com ele eu consigo até ser compreensiva, com você já é pedir de mais, não acha?
Britty: O namorado é meu.
Eu: Deveria confiar no que é seu.

Disse puxando ele para um outro lugar. Em um suspiro consegui olhar pela primeira vez para ele sem querer xinga-lo ou lembrar que eu o odeio. Elisa tinha razão, seus olhos eram lindos. Aquele tom mel, era verdadeiramente perfeito. Suspirei dando um pequeno sorriso.

Eu: Olha, eu sei que agente não tem o melhor relacionamento do mundo. Acho que deve ser até o pior, mas sabe, agente vai passar uma semana juntos, vamos ter que ficar no mesmo quarto, se ver todas as manhãs, tardes e noites, é impossível ficar em silêncio. E, bom, eu pensei que, pelo menos dessa vez... Bom, agente podeira tentar se dar bem, quero dizer, sem gritos, brigas, essas coisas. -Disse me embolando com as palavras. Seus olhos brilham ainda mais com o reflexo do Sol.- Está tudo bem assim?
Jus: -Ele deu meio sorriso me olhando fixadamente- Ah, é claro. Confesso que esse é um dos meus maiores sonhos.
Eu: -Ri- E qual é o maior?
Jus: Ouvir: "Justin, eu não odeio você!" -Ele deu uma leve risada-
Eu: Quem sabe um dia. -Sorri e logo me virei, mas pude sentir suas mãos me puxando-
Jus: Pensei que iria dizer que eu teria que ficar só no sonho. -Ele me olhou confuso-
Eu: Eu ainda tenho expectativas, você é uma delas. Por mais estranho que pareça. -Rimos. Ouvi a diretora chamar todos, olhei pra ele forçando o meu melhor sorriso- Vamos?

Ele sorriu e fomos. Por um minuto pensei que eu me daria bem de verdade com ele, que essa seria a minha oportunidade de conhece-lo, saber que é ele de verdade, sem mentiras, raiva, mágoa, nada, apenas o conhecendo e dizendo que ele é um garoto incrível. E eu acredito que ele seja.

A professora explicou tudo o que iria acontecer, seria três dias que iremos visitar pessoas com algum tipo de situação, diferentes claro. Ela falou em visitar a clínica de pessoas com câncer e lembrei de Avalanna. Dei um pequeno sorriso imaginando o que ela estaria fazendo agora, provavelmente a quimioterapia.

Começamos a entrar no ônibus e eu sentei do lado de Justin. Peguei meu celular e liguei para Avalanna, preciso saber como ela está, se melhorou, preciso de ouvir a vozinha dela. E eu acho que fiquei quase o caminho inteiro falando com ela. Ela estava bem, é o que ela acha. Todos nós sabemos que ela não está, mas ela precisa ser forte, precisa ficar bem. Eu queria vê-la hoje, brincar com ela, mas era impossível. Só de pensar no pior que pode acontecer com ela, já me da arrepios, vontade imensa de chorar e querer ficar lá com ela.

Depois de longas duas horas que eu consegui dormi umas meia-hora apenas, finalmente chegamos. Aquele lugar era enorme. Era duas casas lindas propriamente na praia. No papel que agente havia recebido tinha o número do nosso quarto e fomos atrás dele.
25, 26, 27, 28, 29, 30. Achei.
Como duas cabeças não pensam, passamos por esse corredor umas dez vezes e não achamos. Mas confesso que essa casa parece um labirinto, corredores imensos para todos os lados, portas iguais, só falta ter as mesmas coisas nas mesmas paredes. Entramos naquela enorme suíte. Põe enorme nisso, é quase do tamanha do meu, e olha que ele não é pequeno. As paredes brancas e duas camas de solteiro box, dois tapetes coloridos, almofadas por todos os cantos, quadros, uma TV enorme tela-plana, um guarda-roupa e uma estante. Tudo naquele quarto era exagerado.
Eu amo.
Joguei minhas coisas no sofá, -esqueci de citar ele- e cai naquela cama macia enquanto Justin caminhou até o banheiro. Só tive certeza do que ele estava fazendo quando ouvi o barulho de água caindo. Mexi em algumas coisas no meu celular e peguei no sono.

[...]

Acordei e Justin estava entrando no quarto, provavelmente ele teria saído para algum lugar. Olhei para a janela e vi que já estava escurecendo. Lembei que não tomei banho e meu olho ardia pela luz que eu terminei de acender.

Eu: Estou quanto tempo dormindo? -Disse enquanto coçava meu olho-
Jus: Umas duas horas. -Ele disse olhando em seu relógio-
Eu: Deve esta me achando uma dorminhoca, né? -Peguntei finalmente conseguindo abrir meus olhos e dei uma leve risada depois da dele-
Jus: Acredite, eu sou pior do que você. Se eu dormir atarde, deito uma hora e só acordo as seis, sete horas da noite.
Eu: Credo. -Fiz careta-
Jus: Por que? -Ele riu-
Eu: Imagina você dormir de uma hora até as sete e depois ainda dá conta de dormir para ir pro colégio no outro dia. Você definitivamente não é normal.

Ele riu

Jus: Vai na festinha que vai ter essa noite? -Ele se sentou na cama-
Eu: Não, tô sem animo. Prefiro mesmo ficar aqui, deitar, ler alguma coisa, ver tv, ou até mesmo dormir mais. -Ri-
Jus: Depois o "credo" é pra mim, né?
Eu: Pera! Você dorme seis horas só pela tarde e mais seis a noite. O "credo" é pra você mesmo.
Jus: Também não é assim. -Ele disse envergonhado. Ele era fofo-
Eu: Ah não? É como então?
Jus: Er... eu não durmo... eu durmo pouco... eu não sou... é... -Comecei a rir e parece que ele também-
Eu: Para Justin, para. Está se embolando todo, você sabe que é preguiçoso então pare de dizer o contrário mocinho. -Disse apontando pra ele com uma voz engraçada-

Gargalhamos o mais alto possível. Nunca disse, aliás, eu nunca nem parei para ouvir como sua risada era gostosa. Paramos e ficamos olhando um para cara do outro. Ando elogiando muito ele, não sei se devo gostar disso. Ele é idiota.

Jus: Seu sorriso é lindo. -Agora eu percebi que eu ainda estava sorrindo. Fiquei envergonhada e abaixei a cabeça- Envergonhada fica mais linda ainda, sabia?
Eu: -Ri e direcionei meu olhar para ele sorrindo- Gosto dos seus olhos. -Tratei logo de mudar de assunto- Mas e você, vai para essa festa?
Jus: Claro, eu sou garoto de perder festas?
Eu: É verdade. -Rimos- Vai ser que horas?
Jus: Começa as sete e vai até quando a última pessoa sair de lá.
Eu: E essa pessoa seria você, né?
Jus: -Ele pensou um pouco- É. -Disse simplesmente-
Eu: Esse é o Justin. -Brinquei- Agora, eu tenho que tomar banho porque eu cheguei e dormi. -Disse me levantando indo em direção ao banheiro- Quer pegar nada pra mim comer não? -Parei na porta e fiquei olhando pra ele sorrindo-
Jus: E a dieta?
Eu: Não to gorda. E até parece que eu vou dispensar comida por causa de dieta.
Jus: A Britty dispensa. -Ele disse olhando pro mundo da lua-
Eu: É, mais eu não sou Britty, eu não faço dieta e eu gosto de comer.
Jus: Por isso que eu prefiro você do que ela. -Ri-
Eu: Então se gosta mesmo de mim, vai no refeitório, em algum lugar, e me traz alguma coisa para comer. -Entrei no banheiro mas ele me chamou-
Jus: Só acredita em mim se eu fizer alguma coisa por você?
Eu: Tudo na vida precisa de provas, isso é uma delas. Vindo de você, digamos que é... principal.

Entrei no banheiro e ouvi o barulho da porta sendo fechada, ele já foi. Tomei meu banho bem demorado, como de costume. Sorri ao lembrar que Justin não estava sendo o chato de costume, ele está sendo divertido, legal, está sendo bom ficar com ele.
Sai do banho, coloquei um short com uma blusa de frio e meu chinelo. Fui pra cama e me cobri enquanto esperava Justin com minha comida. Respondi a mensagem do Pedro e fiquei conversando com Taylor. Ele simplesmente não acreditava em nada do que eu falava sobre o Justin. Na verdade nem eu.
Justin chegou com dois hamburguês e refrigerante e dois sorvetes. Ri daquilo.

Eu: Agora eu acredito que você gosta de mim. -Disse rindo enquanto o ajudava com as coisas-

Continua...



+9 Comentários. 
Eaí amores, como estão vocês?
Passei aqui só pra postar esse capítulo pronto, tô estudando muito, aí é difícil eu fazer muita coisa. Mas semana que vem, graças a Deus acaba.
E com meu pai em casa, é meio difícil fazer algum capítulo, só tem o 10 totalmente pronto, tenho que terminar o 11.
Comentem amores, marquem e tem o botão de indicar. Indique, isso é importante pra mim *--*
Beijos do Biebs e meu, amamos vocês *--*

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Divulgando (Imagine Belieber ♥)
Perguntas??? Podem me encher o saco kkkk (AQUI)

4 de dezembro de 2012

I Hate Him But I Love Her - Capítulo 8

Quando as coisas dão errado, você sabe que eu nunca ficarei sozinho. Você ficou ao meu lado. Garota, eu estou feliz em casa. Você é minha melhor amiga. -You're My Best Friend-


Pietra P.O.V

Depois que cheguei em casa, tomei um banho de umas meia hora e fiquei pensando naquela noite. Consegui ter uma noite tranquila, totalmente tranquila com o Justin. Parece que por mais que ele não queira, eu consigo conhecer cada dia que passa, um pouquinho a mais dele. Mas mesmo assim, ele insiste em querer ser a parte idiota.
Bruna ficou na cama junto com Pedro e Lia enquanto eu arrumava minha bolça para amanhã. Só de pensar que eu vou aturar o Justin quase uma semana já me da calafrios. Não convivo com ele um dia, eles acham que eu vou conviver uma semana? Depois sou eu que não penso.
Depois de tudo pronto e meus pensamentos sobre meu convívio com Justin ter terminado, eu desci para tomar um copo de água quando minha vó apareceu.

Lucia: Oi querida. -Dei um pequeno sorriso enquanto bebia aquela água- Posso te fazer uma pergunta?
Eu: Claro. -Coloquei o copo dentro da pia me encostando na bancada-
Lucia: Você e o Taylor, vocês... tem um caso? -Ela parecia envergonhada com a pergunta, e eu mais ainda por ela está falando isso comigo sendo que eu sempre disse que ele é apenas meu amigo. Ok que eu queria rir, quem diz "caso" hoje em dia?, mas preferi deixar queto. Engasguei a olhando paralisada.-
Eu: Vó... eu... não, ele, ele... ele é meu amigo. -Me embolei com todas as palavras e tremia muito-
Lucia: Não mente pra mim Pietra. -Ela me olhava fixadamente-
Eu: -Suspirei a encarando tentando encontrar as palavras certas- Vó, o Taylor e eu somos sim amigos, mas... amigos com benefícios. -Disse calmamente e envergonhada, não queria que ninguém soubesse disso-
Lucia: Por que não me contou?
Eu: Não vi necessidade e eu também preferi manter isso entre agente, sem que ninguém saiba. Desculpa. -Disse arrependida-
Lucia: Não precisa se desculpar, eu só queria que confiasse em mim, não que escondesse isso de mim.
Eu: Mas como a senhora descobriu?
Lucia: Vi você o beijando hoje. -Ficamos em silêncio alguns segundos quando ela o quebrou- Posso parecer inconveniente, mas posso te fazer uma pergunta, um tanto quanto, particular?
Eu: Se eu e ele transamos? -Dei uma leve risada. Quando o assunto é "amizade colorida", sempre tem essas perguntas-
Lucia: É.
Eu: De três anos, só rolou sei lá, dez vezes, ou até menos. Não sei muito bem.
Lucia: Sua primeira vez foi com ele?
Eu: Não vó, não foi. Foi com o namorado que eu tinha no Brasil, o Julio, lembra? -Ela assentiu sorrindo, ela gostava muito dele, assim como eu. Por algum instante aquele sorriso desapareceu e eu percebi que ela estava desapontada por eu não ter comentado nada, ela é praticamente minha mãe- Está assim por que eu não te contei, não é?
Lucia: Só pensei que você confiava em mim. -Ela abaixou a cabeça, tá aparecendo adolescente com ciúmes da amiga-
Eu: Ei, vó. -Levantei seu rosto a fazendo olhar pra mim- A senhora é como minha mãe, mas eu não te contei, sei lá, por medo de você brigar comigo, mas porque eu fui idiota é a melhor opção. Mas eu não contei pra ninguém, Pedro só sabe porque ele descobriu, e naquela época, eu não tinha tanta confiança assim, não era tão segura em relação a você. Mas desculpa, nunca foi minha intenção te magoar. -Dei um pequeno sorriso e a abracei fortemente. De alguma forma eu me sentia mal por ter feito tal ato, mas naquela época, era diferente, eu era insegura e ainda tinha medo das coisas.-
Lucia: É bom seu pai jamais saber disso. -Ela desvencilhou do meu abraço rindo-
Eu: Imagina só quando ele descobrir que a filhinha querida dele não é mais virgem? Ele me mata. -Rimos- Falando nele, nem o vi hoje direito. Cadê ele?
Lucia: Já dormiu, chegou do trabalho morto. -Disse enquanto subia-mos as escadas- Agora quem precisa de dormir sou eu. Boa noite filha. -Ela me deu um beijo na testa.-

Sorri e caminhei em direção ao meu quarto, mas quando passei de frente do quarto do meu irmão, o vi quase comendo Lia, literalmente, ela já estava sem camisa e ele fazia um 'tour' com sua mão pelo corpo dela, não sabia se ria ou achava aquilo nojento. Como não sou de ficar observando cenas dessas, apenas ri e fechei a porta, eles merecem privacidade. Por alguns segundos lembrei que ele a pediria em casamento, que ele seria feliz com ela. Por mais que uma parte de mim achava aquilo terrível  a maior parte se alegrava pois sabia que ele merecia ser feliz, sabia.
Caminhei até meu quarto com meus pensamentos longes, quando abri a porta dei de cara com Taylor na cama sorrindo. O que ele fazia lá?

Taylor: Não pude sair com você nem passar o dia, preciso ficar com minha "amiga" essa noite. -Ele disse em um tom malicioso, eu ri e fui direto para o banheiro-

[...]

Depois de enrolar bastante no banheiro só para irritar Taylor, que me chamava a cada cinco minutos perguntando se eu estava pronta, finalmente sai de lá e ele estava deitado na cama virado de barriga pra baixo. Acho que ele fingia está dormindo, mas ele se esquece que eu o conheço muito bem para acreditar nisso. Sentei do seu lado e comecei a contar meu dia.

Eu: Agente tinha ido pro Starbucks, e infelizmente tive que ir com o Justin. Ai, a inconveniente da namoradinha dele inventou de aparecer e achou que poderia mandar nas pessoas. Entregou uma lista ridícula pra Elisa e achou que era capacho pra fazer tudo o que queria. O namoradinho dela, não fez nada, sabe o que ele me disse mais cedo? Que está com ela só porque o pessoal acha legal. -Disse colocando meu brinco na cabeceira enquanto esperava alguma reação do garoto lindo ao meu lado- Mas ele está pouco menos que no foda-se pra ela. Isso me irrita.

E sem eu menos conseguir falar alguma coisa, senti beijos pelas minhas costas enquanto eu ria vitoriosa.

Eu: Hã? Você não estava dormindo? -O olhei fingindo estar desentendida-
Taylor: Deixa de hora, você sabe que eu não durmo enquanto você não aparecer.
Eu: Não era o que estava parecendo. -Me ajeitei na cama me cobrindo e virando de costas pra ele-
Taylor: Ah não, você não vai dormir agora. -Ele me virou deixando-me virada para ele-
Eu: Amanhã eu acordo cedo. -Disse fechando os olhos-
Taylor: Todos os dias você acorda esse horário. Para de fazer hora com a minha cara. -Ele tirou o lençol que a pouco segundos atrás eu havia coberto meu rosto- Quero falar com você. -Ele disse calmo olhando nos meus olhos- Eu estou gostando de uma garota.

Oi?

Oi?

Oi?

Oi?

Ou eu já devo precipitar meus pensamentos ou é melhor eu deixar ele falar... CARALHO! Não, não pode ser, pelo menos não por mim. Eu tomei tanto cuidado, nunca fui tão cautelosa com alguma coisa como fui com ele. Nós prometemos que não haveria algum sentimento a não ser amizade, e agora é isso? Calma Pietra, calma. Ouve primeiro o que ele está falando.

Eu: Taylor, agente... -Não conseguia pronunciar uma palavra se quer, eu simplesmente temia pelo que ele iria falar.-
Taylor: Clama Pietra, eu sei o que você está pensando. Não é nada disso, tá? -Suspirei aliviada. Eu jamais queria magoa-lo- É uma garota que tem na faculdade. Ela terminou de entrar e é da minha sala, acho que faz umas duas semanas, mais ou mesos. Eu estou gostando realmente dela. -Ele sorriu bobo-
Eu: Meu bebê se apaixonou? É isso? -Disse com uma voz doce-
Taylor: -Ele apenas pensou sorrindo seguinte, aquele sorriso já era uma resposta- É, eu acho que sim.
Eu: -Sorri- Fico feliz por você. E quando eu vou conhecer a azarenta? -Brinquei-
Taylor: A azarenta eu nem conheço, agora a sortuda, posso te apresentar depois que você voltar do passeio.
Eu: Claro que é azarenta. Ela que não sabe o que é aturar você. Imagina quando ela tiver que acordar todos os dias olhando pra você, tendo que te ter dez horas da noite falando no seu ouvido enquanto você planeja dormir. Tenho pena dela.
Taylor: Está com inveja. Você queria ser ela, isso sim.
Eu: Posso ter mais do que ela tem, sem muito esforço. -Sussurrei, se ele ouvir, já vai vir com as safadezas-
Taylor: É mesmo? -Ele pareceu interessado no que eu disse, merda-
Eu: Não, não é. E nem pense, agora você é de outra, não podemos mais fazer isso.
Taylor: Por que? -Ele parecia não ter gostado da situação-
Eu: Quanto mais cedo agente acabar com isso, menos agente se machuca, menos agente se envolve. Somos só amigos, nunca ouvi falar que uma amizade dessas deu certo.
Taylor: Isso que dá assistir muito "Amizade Colorida". -Sorrimos. Acho que tivemos os mesmos pensamentos. Foi desse filme que tudo começou.-
Eu: Você lembra? -Disse com um sorriso-
Taylor: Nosso primeiro beijo. -Ele olhou pra mim enquanto eu olhava pra janela lembrando daquela noite que nós dois estávamos no quarto assistindo-
Eu: Nossa primeira vez.
Taylor: O juramento que seria só sexo mais jamais esquecer da nossa amizade. Isso sempre seria nossa prioridade, nossa amizade.
Eu: E é isso que eu temo, perder essa amizade. -Disse triste-
Taylor: Isso é a coisa mais importante pra mim. -Ele me abraçou colocando minha cabeça em seu peitoral enquanto eu sorria.-
Eu: Por isso que eu acho melhor agente terminar com isso, agente não precisa de se arriscar tanto. Você gosta de uma garota, vai correr atrás dela e não pode transar com outra garota.
Taylor: Você é minha melhor amiga.
Eu: Exatamente. Somos amigos. Pessoas normais não fazem isso.
Taylor: Você é a primeira que me diz que não somos normais.
Eu: Faça o que eu digo mas não faça o que eu faço .
Taylor: Você disse que agente não é normal. Você nunca pareceu normal, então esse ditado não funcionou.
Eu: Arg, vai se lascar. -Ele me empurrou pra cama e começou a me fazer cocegas. Odeio quando ele faz isso- Ah não, para. -Disse implorando-
Taylor: Só se você não negar o que eu quero.
Eu: Agente não pode. -Disse enquanto tentava sair da cama-
Taylor: Então eu posso te fazer cocegas.

A unica forma que o faria me soltar seria fingir. Ok. Fingi está com falta de ar, comecei a grita-lo e mandar que ele pare. Ele não acreditava em mim, droga. Parei de reagir e fui fechando meus olhos de vagar. Ele finalmente parou e começou a se desesperar.

Taylor: Ei, Pietra, fala comigo. Desculpa, fala comigo. Pietra, Pietra. Acorda pequena, prometo não fazer mais isso.

Ele me sacudia, ele estava realmente desesperado, acho que nunca o vi assim. Ele só faltou gritar socorro. Só não continuei porque não consegui segurar o riso. A cara de desespero dele e a voz, ele estava se torturando e me mataria em alguns segundos por fazer aquilo com ele. Eu definitivamente nunca o vi daquele jeito.

Taylor: Quer me matar? Você tem noção como você me deixou preocupado, Pietra? Não, não sabe.
Eu: Eu disse para você parar, não quis. -Voltei a rir desesperadamente- Tinha que ver a sua cara quando me viu acordando. Ah! "Pietra, acorda, acorda, prometo não fazer mais isso." Comédia.
Taylor: Ha ha, muito engraçada você.
Eu: Ah, vai falar que não foi. Cara, você reagiu como se eu tivesse morrido.
Taylor: Tenho medo disso, medo de te perder. É difícil de entender que eu me importo com você? -Ele gritou me fazendo engolir seco acabando com todo meu sorriso- Eu posso me apaixonar por milhões de garotas Pietra, eu vou sempre me importar com você, SEMPRE. Mas parece que isso não é importante, parece que você não está nem ai. Você é como minha irmã, mas parece que você não está nem ai. -O encarei por algum tempo, não sabia o que falar. Ele tinha seu olhar distante, o que me preocupava. O silêncio era inevitável naquele momento, o silêncio que mais me sufocou na minha vida, até que finalmente eu ouvi um suspiro- Olha, desculpa, não sei nem porque falei desse jeito, des...
Eu: Você não tem que se desculpar. Eu errei, não deveria ter feito aquilo. Eu que tenho que pedir desculpas, eu.
Taylor: Está tudo bem. -Ele sorriu me puxando para seu colo- Não há briga que me fara deixar de te dar colo, ouviu? Eu estarei sempre, sempre aqui. -Ele beijou o topo da minha testa-

Olhei pra ele e sorri. Ele é tudo o que me restou, a única pessoa que eu sei que nunca me deixará. Eu sei que ele vai voltar pra Nova York e tudo mais, mas eu ainda sim o sinto tão perto de mim, como se tivesse-mos uma conexão, sei lá. É tão bom ter a presença dele, o colo, carinho, abraço, só com ele eu consigo esquecer a solidão que tem dentro de mim, ele me faz bem, ele sempre está comigo. Ele também é uma das pessoas da minha vida que tira um dia para falar do Justin, só que no final ele me recompensa com um beijo. É engraçado falar isso, ele é meu amigo, mas essa é a amizade que agente teve, essa "amizade colorida" que tanto dizem, mas agora acabou, sem beijos ou sexo, só amigos. Meu melhor amigo.

Taylor: E enquanto eu não tiver uma aliança no dedo comprovando que eu estou namorando, eu estou legitimamente solteiro. -Ele me olhou malicioso. Homens, só pensam nisso-
Eu: Aqui nos Estados Unidos não usa aliança igual no Brasil meu amor. -Retruquei-
Taylor: Que seja, enquanto eu não entregar um anel para uma garota, eu ainda sou solteiro. E essa garota, eu mal falei com ela ainda. Ainda sim posso ser seu... amiguinho.
Eu: De cama, só se for.
Taylor: Que seja. Eu ainda sim serei seu amigo, de cama. -Ele riu-
Eu: Mas eu não estou afim hoje. -Disse me ajeitando na cama me cobrindo- Amanhã tenho que acordar cedo.

Antes que eu pelo menos encostasse minha cabeça no travesseiro, ele me puxou me beijando loucamente. É impossível resistir. Me colocou sentada em seu colo e arrancou minha blusa, e quando menos percebi, já era 11:00h da noite, estava-mos suados e totalmente cansados. Acho que alguém daquela casa ouviu, só acho.
Ok, ele é meu amigo, mas cara, na cama, meu Deus. Ele é muito, muito bom. Noites assim me deixam muito safada, acho que vou parar com isso.

Taylor: Como você fez para não sentir nada? Quero dizer, não se apaixonar?
Eu: Sei lá, eu só pedi para mim mesma não me envolver com nada nem ninguém, e foi o que eu fiz. Quando ia para a cama com você, eu apenas desejei sexo, nada de sentimentos. Quer dizer, eu gostava disso, eu gosto, -Dei uma risada- mas eu não sentia nada mais que prazer, sei lá. Mas quando agente termina cansados e totalmente suados, ai eu consigo sentir você como meu amigo de verdade, não apenas um companheiro de cama.
Taylor: Um companheiro de cama?
Eu: Meu companheiro de cama. -Rimos, o que foi que eu disse-
Taylor: Então agora eu posso voltar a ser seu "amigo", sem essa história que eu namoro? -Ele falava empolgado-
Eu: Ah, para de complicar, você me entendeu.
Taylor: Você fala as coisas erradas e eu que complico? -Ele me fez cocegas, novamente, o que me irritou-
Eu: Você viu o que aconteceu da última vez né? -Disse num tom desafiador-
Taylor: Desculpa. -Ele abaixou a cabeça. Olhei pra ele e comecei a rir-
Eu: Bobo.
Taylor: Você começa a rir do nada e eu que sou bobo, bobona?
Eu: Vai passar o resto da noite comparando o que eu faço com você?
Taylor: -Ele me olhou como se a resposta fosse obvia- É.
Eu: Viu, bobo.
Taylor: Já disse isso.
Eu: Bobo. -Disse rindo- Bobo, bobo, bobo, bobo.
Taylor: Já disse para me amar menos.
Eu: Se eu te amo muito, você reclama, se eu nego sexo pra você você reclama. Reclama de tudo.
Taylor: Não estou reclamando que estou aqui com você. -Ele levantou a sobrancelha me olhando seriamente-
Eu: Daqui a pouco vai reclamar que eu sou muito chata.
Taylor: É mesmo, você é chata. -Ele parecia pensar- Viu, por culpa sua eu lembrei desse importante detalhe. -Ele balançava a cabeça, o que era engraçado-
Eu: Idiota.
Taylor: Não disse isso hoje, ainda.
Eu: Também esqueci de um importante detalhe, que você é idiota.
Taylor: Idiota que você ama, né? -Ele me puxou para mais perto-
Eu: Não, idiota que eu odeio.
Taylor: Mas você odeia o Justin.
Eu: Ok, odeio você depois dele.

Ri me aconchegando em seu colo. Ali era o melhor lugar que eu podeira estar nesse momento. Ficamos em silêncio alguns minutos, aliás, rindo igual dois idiotas.

Eu: Tinha até me esquecido de como eu me divirto com você. -O olhei com um sorriso gigante-
Taylor: Tinha esquecido como seu sorriso é lindo. -Ok, agora eu fiquei um pimentão- E que fica mais linda envergonhada. -Ele apertou minhas bochechas me fazendo rir-
Eu: Idio...
Taylor: Idiota? Atá, já sei. -Ele disse me cortando- Me ame...
Eu: Me ame menos? -Fiz o mesmo- Ok, vou pensar no seu caso.
Taylor: Tanto amor que agente até já sabe o que cada um vai falar.
Eu: Minha vó descobriu da gente. -Disse rapidamente cortando todo o assunto e ele me olhou surpreso-
Taylor: Oi?
Eu: Ela descobriu, assim como Pedro. Ela estava me perguntando hoje. Disse que viu nosso pequeno beijo hoje, antes da gente sair. Ai ela me perguntou se agente tem um caso.
Taylor: Um caso? Estamos parecendo dois casados que traem o companheiro. -Rimos-
Eu: Ai eu tentei enrolar ela, dizer que não, só que não deu muito certo. -Disse coçando a cabeça rindo-
Taylor: Está para nascer o dia que alguém conseguirá enrolar ela.
Eu: Agente já conseguiu. Naquele dia que tivemos que fugir pra ir na festa da mansão daquela garota rica que eu esqueci o nome, então, aquele dia. -Disse olhando como se eu fosse a pessoa com mais razão no mundo-
Taylor: Ela descobriu. -Ele cortou o meu barato.-
Eu: Idiota.
Taylor: Me ame menos.

Continua...


+  9 COMENTÁRIOS
Me abandonaram, é isso??
Eu só perdoo mesmo vocês porque tem o item para os preguiçosos que eu estou pensando em tirar, esses 4 nunca aparecem. Sei lá, da um oi pelo menos só pra saber que vocês existem mesmo. E pelo fato que estamos no fim do ano e tem gente estudando igual uns malucos pela recuperação. Tipo eu. k'
Ok, não estou completamente triste e talvez eu seja bipolar, talvez. hihi *--*
Eaí amores, o que acharam?
Não se irrite com a amizade deles, ok? É passageiro haha
Beijos amores, até o próximo capítulo. 

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26 de novembro de 2012

I Hate Him But I Love Her - Capítulo 7

Pergunto-me como você vai se manter aquecida. É tarde de mais para chorar. Mágoa demais para seguir em frente. -A drop in the ocean-


Justin P.O.V

Depois de brigar com Pietra, tomei ódio de mim mesmo. Uma hora eu penso mais nela do que em mim e em outra eu simplesmente viro um idiota. Eu não entendo. Não entendo ela, não entendo eu, não entendo todo esse ódio. Uma hora eu quero muito ficar com ela, outra eu já estou brigando e as vezes dizendo o que eu não queria ou até mesmo que eu não deveria. Mas ela simplesmente me tira do sério algumas vezes por me julgar sem me conhecer. Eu não sou exatamente esse garoto que ela pensa. Ela tem razão, eu me importo muito pelo que os outros dizem.
Olhei para as escadas e vi a pequena dos grandes olhos pretos descendo aquelas enormes escadas tomando todo cuidado para não cair se segurando nos corrimões.

Bruna: Ela te odeia. -Ela disse rindo-
Eu: É, eu sei. -Aquilo já era obvio-
Bruna: Por que vocês brigaram? -Ela parecia confusa. Ela era nova, muito nova-
Eu: Nada, nada de mais. -Abaixei a cabeça-
Bruna: Se não fosse nada você não estaria aqui em baixo duas horas de cara fechada e ela não estaria tão nervosa com você. 
Eu: Bruna, é coisa de adulto, adolescente, que seja, você é muito nova pra entender essas coisas. As vezes nem eu mesmo entendo. 
Bruna: Eu tenho sete anos, entendo essas coisas. -Ela disse como se fosse adulta- 
Eu: O pior é que as vezes você é mais madura que eu ou ela. -Disse passando a mão em seu rosto delicadamente. Com todos aqueles traços de criança me fez lembrar de quando eu não tinha responsabilidades na vida- Não queira entender. Aproveite essa infância porque quando crescer, vai passar por coisas terríveis e vai desejar sua infância de volta.
Bruna: É tão terrível assim?
Eu: É complicado princesa, muito complicado. 

Suspirei olhando ao redor da casa.

Bruna: Posso te fazer uma pergunta?
Eu: Faça outra. -Tentei amenizar o clima e ela riu-
Bruna: Bobo. -Ela batei em minha perna-
Eu: Minha irmã mais nova que você diz a mesma coisa.
Bruna: Então quer dizer que eu tenho razão. -Ri-
Eu: Ok, faça-me perguntas. -Disse com uma voz engraçada-
Bruna: Você gosta de Pietra? -Olhei pra ela surpreso, o que responder sendo que nem eu mesmo sei-
Eu: Tem coisas que eu não sei princesa, isso é uma delas. Vida de adolescente é complicada, muito complicada. Ai quanto mais você vive e descobre as coisas da vida, mais você fica confuso e tenta entender tudo se embolando ainda mais.
Bruna: E é por isso que eu tenho que aproveitar minha infância?
Eu: É. Ser adulto é chato.

Ficamos conversando ali mais alguns minutos e rindo, rindo igual uns patetas. Eu realmente adoro a presença daquela garotinha dos grandes olhos pretos. Tão doce, inocente, ingenua, pura. Penso muito em te-la como cunhada. É, boa, vou apresenta-la ao Jaxon. Ele é bem mais novo que ela mais ok, quem disse que eu só fico com garotas mais novas que eu? Ri dos meus pensamentos quando vi Pietra descendo as escadas com um moletom, short jeans, um tênis e um coque alto. Ela estava tão simples, mas tão linda. Vê-la com aquela roupa foi um choque pra mim, porque eu nunca a vi de outra forma a não ser de calça, até os dias que eu passo na casa dela ela fica de calça. Agora, vê la com aquele mini short, eu só pergunto por que ela não exibe mais aquelas belas pernas. A professora perde feio pra ela.
Depois de tanto "viajar", finalmente saímos  Até que Pietra para e conversa com um garoto que estava ali na rua, era o mesmo que foi hoje de manhã no colégio e eu a vi nos beijos. Por algum inútil instante eu quis ir lá e perguntar o  que ele queria, mas por que eu iria fazer isso sendo que ela não é nada minha? Nem amigo eu consigo ser. Mesmo que ela não quisesse, eu consegui perceber um pequeno beijo entre os dois e ela veio sorridente.

Lucia: Ele virá com agente?
Pietra: Não, ele vai sair com a mãe dele.

Ela sorriu quando olhou para Bruna e continuamos andando até o  Starbucks. Quase não falei nada, alias mal tinha intimidade com aquela família  Uma família tão perfeita. Eles era unidos, amigos, riam, tenho certeza que todos ali tinham orgulho da garota maravilhosa que Pietra é. Confesso que tinha um pouco de inveja daquilo, mas isso nem é tão importante assim.
Chegamos no Starbucks e aquilo estava lotado, pessoas rindo e tomando capuccino sem parar, garçonetes andando de um lado para o outro, as vezes eu me pergunto como eles aguentam tanta pressão. Depois de tanto olhar aquele lugar, finalmente encontramos uma mesa vazia e caminhamos o mais rápido possível antes que alguém sentasse lá. Fizemos um pedido mas Bruna ainda queria mais. Os doces.

Bruna: Vai lá comigo Pietra?

Ela assentiu pegando em sua mão e caminhando até aquele balcão cheio de doces. Observei cada passo dele, e foi impossível de não reparar em suas curvas perfeitas, parece até que ela foi toda delineada. Estava quase babando quando senti alguém  batendo em minhas costas. Era Pedro e Lia ria de mim.

Pedro: Não quero ver você olhando pra minha irmã viu? -Riu- Que isso cara, tá quase babando ai.
Eu: É impressão sua, estava olhando pra Bruna. -Menti, a pior mentira de todas-
Pedro: Não sou idiota. Desde que saímos de casa eu vejo como a olha.
Eu: Não, claro que não. -Cocei minha cabeça enquanto mentia- Eu namoro.
Pedro: Sei. -Ele disse irônico- Só não quero você brincando com ela ouviu?
Eu: -Assenti olhando pra mesa- Ela não merece isso.

Olhei pra ela e a vi rindo enquanto escolhia os doces. Ela definitivamente não merece alguém que a machuque, brinque com ela. Ela é uma garota séria, não uma qualquer que só fica com os outros por dinheiro, sexo, popularidade ou alguma coisa do tipo. Ela merece um homem de verdade, não um garoto que só pensa em se divertir e nem sonha em se apaixonar um dia. Por mais que eu a queira, ela não merecerá sofrer, e eu sei que por menos que eu queira, eu vou acabar fazendo isso. Ela se virou pra nós e perguntou se agente queria algo, apenas queríamos qualquer doce e ela voltou com um saco cheio de doces enquanto Bruna já comia alguns. Logo o capuccino chegou e ficamos conversando.

Pedro: Quem viu o jogo de basquete ontem?
Eu: Você viu? Cara que cestas perfeitas. -Disse empolgado-
Pedro: Eu perdi só o final, quem venceu?
Eu: Os Lakers, claro. -Disse sorrindo-
Pedro: Você também torce pra eles? -Ele parecia surpreso e ao mesmo tempo contente-
Eu: Claro. Eles são os melhores jogadores do milênio.
Pietra: Lia, viu a nova coleção da Dolce&Gabbana? -Ela mudou de assunto-
Lia: Vi, você viu as novas bolças?
Pietra: Aquelas perfeições? Uma melhor que a outra. To quase pedindo pro meu pai me comprar a coleção inteira.
Lia: Meu lindo namorado poderia me dar, né amor? -Ela se encostou em Pedro rindo-
Eu: O que isso tem haver com basquete?
Pietra: Ué, você tinha que ser acostumado com esses assuntos, com a namorada que você tem tinha que comentar também. -Ela direcionou seu olhar pra porta apagando com todo o sorriso do rosto- É falar do demônio que ele logo aparece. -Ia olhar mas ela me chamou- Justin, não olha.
Eu: E se ela vier pra cá?
Pietra: Por que ela viria?
Eu: Porque a Elisa está vindo e ela comentou que tinha que entrega-la alguma coisa.

Pietra se levantou e foi abraçar sua amiga, a Elisa. Lembrei seu nome pela primeira vez. Quando ela me viu se sentiu incomodada, claro que estaria, depois do que eu fiz não sei nem como ela consegue ainda olhar pra mim. Ela sorriu e eu sorri de volta. Tinha um lindo sorriso. Ela sentou perto de Pietra sorridente.

Pietra: A Britty tem que te entregar o que? -Ela perguntou mas nem parecia tão interessada assim-
Elisa: Como sabe? -Ela disse surpresa-
Pietra: Você que me disse.
Elisa: É mesmo. -Riu- Ela disse que tem que me entregar uns papeis, parece que é uma lista de tarefas ou algo do tipo para a semana que, infelizmente, terei que atura-la.
Eu: Para, ela não é tão terrível assim. -Disse indignado-
Pietra: Não, eu que sou Justin. -Disse irônica- Agora vê se disfarça porque ela está vindo pra cá. -Ela disse bebendo o capuccino que terminou de chegar-
Pedro: Hum... está ótimo  -Ele tentou mudar de assunto para que Britty não percebesse, mas burra do jeito que é, provavelmente nem perceba que tem gente na mesa-

Pietra a olhava com nojo, observava cada passo dela e de alguma forma, eu sei que ela estava rebolando. É, é estranho, ela anda assim, parece que quer mostrar algo que não tem. Coloquei o capuz e logo ouvi sua voz mimada chamando pela Elisa.

Britty: Toma, quero que você entenda bem tudo o que está aqui. Não quero que se meta de mais no meu caminho. -Ela disse seca-
Pietra: Boa noite pra você também, Britty. -Ela disse pausadamente como se quisesse alerta-la da famosa "educação"-
Britty: Péssima noite. -Ela disse se virando pra voltar pra sua mesa, que entre nós, lugar que ela não deveria ter saído-
Pietra: O que foi? Recebeu um pé na bunda do namoradinho?
Britty: Diferente de você, eu tenho um namorado. Eu não preciso de ficar me esfregando no namorado dos outros para arranjar um. Mas parece que não se toca e não vê que ele jamais iria querer uma garota como você.
Pietra: Não foi eu que estava em uma festa se esfregando em outro cara. -Ela a olhou com um olhar desafiador- Eu já disse, fale o que quiser de mim, apenas não me confunda com você. -Nossa, essa doeu em mim-

Pude sentir os olhos de Britty ficar vermelhos de raiva. Ela não sabe perder. Olhou pra todos da mesa e eu abaixei um pouco mais minha cabeça para que ela nem sequer me reconhecesse, mas foi impossível  Ela me fitou confusa por alguns minutos e logo me reconheceu.

Britty: Justin?
Eu: Droga, droga. -Murmurei enquanto levantava minha cabeça mas nem um minuto sequer eu pensei em olha-la-
Britty: O que você está fazendo com essa familinha de merda?
Pietra: Familinha de merda não, fale de mim, não da minha família.
Britty: Falo de quem eu quiser meu amor. Agora, Justin, vem comigo, não quero você sendo influenciado por esse povo. -Ela me pegou pelo braço tentando me tirar de lá-
Pietra: Depois de se misturar com esgoto, é difícil ficar limpo. -Ela sussurrou, mas mesmo assim Britty conseguiu ouvi-la-
Britty: Cala a boca, não estou falando com você, e fique longe dele. Sei como tem inveja de mim por namorar com ele, é o seu maior sonho te-lo pra você, mas como eu disse, ele não quer carne de segunda.
Pietra: E por que mesmo está com uma de quinta? -Ela a enfrentou-
Britty: Viu, inveja. Só porque sou mais bonita que você, tenho mais corpo que você, popularidade, e o melhor namorado.
Pietra: Já disse, não me confunda com você.
Britty: Não é confusão, é realidade.
Pietra: Pra não enfrentar a realidade da vida, seus pais ainda sim dizem que você é a melhor filha do mundo, mas eles sabem a espécie de cobra que tem em casa. -Ela apenas a olhou sem palavras, pegou firmemente em meu braço e tentou me tirar de onde eu estava- Solta ele.
Eu: Pietra, não, é melhor eu ir. -Disse indo em direção de Britty mas ela me segurou-
Pietra: Não! -Ela disse em um tom autoritário- Você veio com agente, é nosso convidado. Vem uma mimadinha e acha que pode vir, te tirar da mesa e ainda falar mal de mim e da minha família? Só por cima do meu cadáver.
Britty: Ele é meu namorado.
Pietra: Você veio aqui atrás da Elisa, agora que já entregou o que tinha que entregar, pode voltar de onde jamais deveria ter saído.
Britty: Não vou sem o Justin. -Ela apertou meu braço-
Pietra: Não tenho paciência pra olhar para essa sua cara cheia de maquiagem o dia todo, querida.
Britty: Pelo menos eu sou bonita.
Pietra: Chapinha, três quilos de maquiagem na cara, saias curtas, até eu fico uma princesa. Agora larga ele e vai em bora daqui, ninguém te quer aqui.
Britty: O Jus me quer, né amor? -Ela abraçou minha cintura me dando nojo daquilo-
Pietra: Nem seus amigos te querem garota. Agora por favor, nos deixe em paz. -Britty me puxou- Mas sem o Justin.

Ela me soltou bufando. O incrível é que eu não fiz nada pra defende-la. Mas eu não queria ir, eu apenas queria ficar com o pessoal que eu vim. Se eu fosse com ela, teria que ouvi-la falar de festas, roupa, dinheiro, ela querendo transar comigo, me beijando, me provocando contra algo que eu não quero, eu estou cansado disso. A deixei ir sem ao menos olha-la. Cansei de ser o bonequinho dela. Ela me usando só por uma droga de popularidade? Jogando na cara das pessoas só porque namora comigo? Eu sou apenas o bonequinho que ela quer pra ter atenção, é isso?
Me sentei na cadeira sem reação e envergonhado pelo que aconteceu. Todos riam das patadas de Pietra, mas eu nem achei tanta graça assim. Ok, talvez um pouco, mas não pra me matar de rir igual eles. Isso que dá alguém se intrometer no caminho de Pietra Keys.

Pedro: E essa é minha irmã.  -Ele fez um toque com ela-
Pietra: Aquela garota realmente me tira do sério. Quem ela acha que é pra vir aqui e achar que manda em todo mundo?
Lia: Eu até diria que você pegou pesado, mas ela fez por onde receber isso, ela fiz sim. -Rimos. Britty as vezes é idiota.-
Eu: Ela não sabe quando alguém cansa dela. Ela é chata de mais, imagina você com um namorado e ele pendurado no seu pescoço vinte e quatro horas, reclama o tempo todo, só pensa em sexo e nada de estudar, só fica com você porque quer sua popularidade e sei la mais o que? Isso é horrível.
Elisa: Nossa, o namorado cansando da própria namorada, é tenso viu?
Pietra: A culpa de tudo isso é do idiota do Justin que não serve nem pra ter namorada. -Ela me fuzilou com seu olhar-
Justin: Minha? -Perguntei confuso-
Pietra: Sim, sua. Agora vamos embora daqui. -Pegou Bruna no colo mas ela parecia triste. Será que foi pela briga que ela teve que ouvir?- O que foi pequena? -Disse segurando em seu queixo a fazendo olha-la-
Bruna: Essa loira oxigenada é namorada dele? -Ela apontou pra mim-
Pietra: Viu, eu disse que ele não presta. Ele está te traindo. -Disse rindo-
Eu: Eu, traindo uma boneca dessas, totalmente perfeita, por uma cheia de maquiagem? -Disse sínico-  Jamais linda. -Apertei suas bochechas dando um beijo na mesma.-
Pietra: Não acredite nele, jamais. -A vi sussurrando em seu ouvido a fazendo rir-
Bruna: Justin mentiroso.
Eu: Não sou. -Protestei-
Lia: É sim. -Ouvi Lia rindo e todos também-
Eu: Viu Pietra, agora que a culpa é sua. -Fiz bico-
Pietra: O que eu fiz bicudo?
Eu: Fala mentiras de mim e depois eu que sou passado de mentiroso.
Pietra: E não é?
Eu: Não, não sou. -Ela riu-

Pagamos a conta e ainda sim levamos o resto de doce que havia sobrado da Bruna. Ela é um poço sem fim, não para de comer um minuto e ainda pede mais pra Pietra. Ela era tão fofa. Enquanto íamos em direção a porta, vi Britty me fuzilando com aquele terrível olhar. Apenas ignorei. Nada iria estragar minha primeira noite "quase" perfeita com Pietra. Primeira vez que ficamos 2 horas sem brigar. Só pode ser sonho. Antes que ela atravessasse aquela porta, a puxei pelo braço a virando pra mim.

Eu: Por que me defendeu daquele jeito? -Ainda não havia entendido tudo aquilo. Logo ela?-
Pietra: Isso é o que eu faço com você quando fica igual a ela.

Ela se virou acompanhando o restante. É, deve ser sonho mesmo. Devo aprender, fiquei mais de uma hora sem ter berrações com ela, é sonho. Ri dos meus pensamentos e fui, ainda sim inconformado com a sua atitude.

[...]

Depois de horas rindo pelas idiotices da Britty, cheguei em casa. Sabe o que tinha naquele papel?

"Preciso de duas horas no banheiro sem incômodos"
"Não me acorde antes das dez"
"Não use o banheiro antes de mim quando tomar banho"
"Sem barulhos a tarde, preciso do meu sono da beleza"

Para que aquilo? Até parece que agente vai pode dormir até esse horário. E sobre o sono da beleza, tem que avisá-la que não ta ajudando muito, e que tipo de mulher precisa de duas horas no banheiro para se arrumar? Deve ser por causa da maquiagem, já que o sono da "beleza" não anda ajudando muito. Ri dos meus pensamentos entrando em casa todo sorridente. Minha mãe estava sentada no sofá assistindo tv, só a percebi ali pois ela falou comigo.

Pattie: Viu um passarinho azul? -Ela me olhou sorrindo, ela não entendia o que estava acontecendo, nem eu mesmo-
Eu: Você acreditaria se eu dissesse que eu passei quase o dia todo sem brigar com ela? Sei lá, foi estranho, claro que teve umas patadas e tudo, acho que se não tivesse estaria pedindo de mais, mas sei lá, foi tão diferente hoje. -Disse com um sorriso bobo no rosto-
Pattie: Eu já disse que vocês ainda vão se gostar.
Eu: Ela gostar de mim, a senhora quer dizer né?
Pattie: Pera, você gosta dela? -Ela perguntou pasma-
Eu: Ah, vai dizer que não sabia?
Pattie: Você sabe em que sentido eu estou falando?
Eu: Gostar, gostar mesmo, como todos pensam que eu gosto da Britty.
Pattie: Você não gosta dela?
Eu: Mãe, está tudo bem? -Disse estralando os dedos em sua frente- Eu te disse isso semana passada, só estou com ela por causa dos outros ai você me deu todo aquele sermão.
Pattie: Ah, é mesmo, mas naquele dia eu, infelizmente, não prestei em quase nada do que você falou. -Ela deu um meio risinho-
Eu: Mas vai eu falar isso quando eu fizer alguma coisa do contrário que você disse. Você me mataria, não é mesmo senhorita Pattie? -Retruquei-
Pattie: Mas você é meu filho.
Eu: E pelo fato de você ser mãe, deveria me dar o exemplo. -Levantei as sobrancelhas, aquilo a irritava-
Pattie: Sabe qual é o ruim de ter um filho que conhece de mais a mãe? É que ele sabe tudo o que a irrita e adora usar contra ela.
Eu: É porque eu te amo. -A abracei fortemente beijando o topo de sua cabeça-
Pattie: E ama a Pietra. -Ela se desvencilhou do meu abraço olhando pra mim como se gostar de Pietra fosse importante pra ela.-
Eu: Eu gosto dela, é diferente.
Pattie: E por que não me falou? Pensei que me contasse tudo. -Ela fez bico-
Eu: Deixa de drama senhorita Mallette, eu pensei que a senhora sabia, nunca disfarcei isso.
Pattie: E todos sabiam disso desde quando?

Sorri em um suspiro lembrando do primeiro dia que à vi naquele colégio, a sua blusa branca com um desenho na frente e uma calça com alguns rasgados acompanhado de uma bela jaqueta de couro preta, seus cabelos soltos, definitivamente a garota mais linda que eu já vi. O jeito dela andar, que colocou o cabelo atrás da orelha quando viu que todos a observava, seu pequeno sorriso, cada detalhe dela, era tão... perfeito. Sai dos meus pensamentos com minha mãe me chamando.

Pattie: Justin, filho, você está me ouvindo? -Olhei pra ela me despertando daquele transe-
Eu: Ah, oi? Desculpa. -Disse confuso-
Pattie: Posso saber no que estava pensando? -Ela me olhava misteriosamente-
Eu: Estava lembrando da primeira vez que à vi mãe. O jeito dela, o sorriso dela, o sorriso tímido,  o jeito doce que olhava, falava, até que se tornou a voz de uma pessoa grossa, mas não porque ela quer, mas porque eu mereço. -Disse desmanchando o sorriso- Eu só queria não ter começado essa idiotice. -Disse em um sussurro-
Pattie: Eu sinto muito meu amor, mas talvez ainda da tempo de destruir isso. -Ela segurou em minha mão me abraçando-
Eu: Não mãe, não dá. Passei a pior de minhas imagens pra ela, ela jamais me dará uma chance de lhe mostrar que eu sou diferente. Eu sou um idiota.

Gritei subindo aquelas escadas com ódio de mim, ódio da minha idiotice, ódio de tudo que eu fiz de errado durante esses três últimos anos. Eu só queria ser importante pra alguém, queria ser o melhor, o que tem tudo e todos, eu só queria ser um idiota que eu jamais deveria querer. Eu só queria imprecisona-la. Tive a pior imagem dela, pensei que ela era como as outras, que só da bola para o popular, mas eu percebi, tarde de mais, que ela sim é uma garota perfeita, porque ela não está nem ai se o garoto é popular ou não. Eu só queria mudar tudo isso.

Continua...


+9 Comentários
Ei amores, como estão??
Ai está mais um capítulo, o que acharam? Digam-me, quero a opinião de vocês, o que deve mudar, acrescentar, estou aberta para opiniões ok??
E esses dois, tem jeito??
Obrigada por todos os selinhos viu?? ♥
Beijos, e até o próximo capítulo. 

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Indicando: (dreams of belieber)
E tem o botão ai para indicar o blog, agradeço ta?