28 de março de 2013

I Hate Him But I Love Her - Capítulo 20

Eu estou tentando não precisar de você, e isso está me partindo ao meio.

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Pietra P.O.V

Depois de ir embora, ao invés de ir pra minha casa fui pra de Taylor. Se chegasse em casa no estado que estou irão perguntar, se preocupar e eu não quero isso, não quero falar nada, eu só preciso de um abraço, um colo e uma palavra clichê.  Meu pai nem ninguém não sabem de nada, no que eles me ajudariam? Pelo contrario, tudo se se complicaria. Só com Taylor que tudo ficaria bem. Pedi ao motorista que deixasse minhas malas em casa só que sem ninguém saber que eu cheguei ficando apenas com uma bolça com uma muda de roupa, mas nem sei se ela servirá. Toquei a campainha da casa de Taylor e no primeiro toque ele me atendeu. Meu rosto ainda caíam lágrimas estupidas e minha cabeça estava abaixada, nada nela fazia sentido e eu só pensava em desabar e chorar pro resto da vida. Porra como eu fui idiota, como eu pude acreditar que um garoto vagabundo poderia mudar por uma garota? Como eu pude achar que ele realmente gostava de mim? E o pior que a IDIOTA AQUI se apaixonou também, quem se fudeu no final fui eu. Aqui não é conto de fadas que as coisas impossíveis se realizam do dia pra noite, aqui é a realidade, a triste realidade. PORRA PIETRA! Eu deveria ter meu lema na minha cabeça, ser teimosa e não aceitar palavras linda de um garoto que diz ser melhor do que antes, deveria ficar longe dele o o odiar até mesmo sua respiração, deveria o deixar apenas no querer e jamais ter o beijado. Acho que eu nunca me arrependi tanto na minha vida, aquele beijo jamais deveria ter acontecido.

Eu jamais deveria ter sentido qualquer coisa por ele que fosse contra o ódio que antes habitava em mim. Mas eu deixei, segui a bosta do meu coração e deixei ele entrar e feriu tudo o que havia construído, destruiu minhas expectativas e sonhos, ele mentiu e me fez sentir a pior pessoa. Eu realmente não desejaria pra ninguém se sentir como eu me sinto. Um nada!

A porta se abriu e não tive forças para olha-lo mas sabia que ele estava preocupado, pegou meu rosto com suas mãos e balançou a cabeça negativamente e eu voltei a cair em um choro profundo e compulsivo sendo ele o único que pudesse me confortar. Seus braços me envolviam fortemente e ele falava que tudo iria ficar bem.

Eu: Por que ele fez isso? -Disse aos prantos-
Tay: Calma princesa, vai ficar tudo bem. Eu tô aqui tudo bem? Tô aqui. -Disse sussurrando e afagando meus cabelos carinhosamente-
Eu: Você promete? -Perguntei tirando minha cabeça de seu tórax mas ainda sim abraçada a ele- Promete que nunca mentirá pra mim? Estará sempre aqui mesmo estando em Nova York?
Tay: Eu não preciso ir pra Nova York agora, eu vou ficar aqui enquanto você precisar de mim. Eu te amo pequena. -Disse encostando minha cabeça em seu peitoral e eu consegui dar um pequeno sorriso-
Eu: Eu também te amo grandão.
Tay: Vamos entrar? Minha mãe tá em casa e ela está morrendo de saudades.

Sorriu e eu assenti. Ele pegou em minha mão me levando para dentro da casa. A casa era incrivelmente simples mas perfeitamente grande e bem decorada. A sala de estar era imensa, tinha um controle de vídeo game em cima da mesinha e um tablet jogado no sofá com livros bem ao lado. Olhei tudo aquilo suspirando profundamente o ar daquele ambiente tão tranquilo comparado com minha vida agora. Logo vi a mãe dele saindo da cozinha pegando sua bolsa em cima de uma poltrona vindo me cumprimentar com o seu melhor sorriso.

Jade: Pietra, que saudade. -Disse me abraçando fortemente e eu retribui-
Eu: Eu também estava. Agente é vizinhas e quase não nos vemos.
Jade: Tenho que passar a chamar você e sua família pra vir comer aqui.
Eu: Sua comida é deliciosa.
Jade: Fico feliz que ache isso. -Sorriu e vi ela me observando atentamente- Está tudo bem? Parece que andou chorando. -Disse preocupada-
Eu: Não, está tudo bem, não se preocupe. -Disse confiante, não queria causar problemas pra ela-
Jade: Tem certeza? -Assenti e ela tentou parecer mais aliviada- Tudo bem então. Tenho que sair agora meus amores, vigiem e não façam bagunça, volto mais tarde. -Disse beijando o rosto de cada um-
Tay: Mais tarde que horas? -Disse e sua mãe riu-
Jade: Quando chegar quero você na cama.

Dei uma leve risada e Taylor me olhou bravo. Ele odeia quando a mãe dele dá essas ordens de criança sabe, como impor hora pra dormir, hora pra chegar em casa, quando ele não pode sair ou quando a mãe o põe de castigo. Ele simplesmente acha que pelo fato dele ser maior de idade ele poderia fazer o que ele bem quisesse, mas a mãe dele diz que ele poderia, bastasse ele não morar de baixo do teto dela.

Eu: Ah, desculpa Tay, mas que foi engraçado foi. –Disse ainda rindo entrando naquele imenso quarto –
Tay: Fica quieta Pietra. –Disse sério se jogando na cama-
Eu: Ah nervosinho, só porque mamãe disse que você tem que dormir as 22:00h. –Disse me deitando em cima dele-
Tay: Levanta Pietra. –Ele estava com raiva, o que me deu mais motivo de gargalhar- Não estou achando graça. –Fez bico-
Eu: Porque não é você que está olhando pra essa sua cara emburrada aí.
Tay: Você não estava chorando a dez minutos atrás? Já parou de arranjar motivos pra isso e agora vai me perturbar? –Meu sorriso que estava nos lábios se desfez subitamente ao lembrar de tudo que eu estava passando antes de chegar naquela casa-
Eu: Às vezes precisamos arranjar motivos pra sorrir pra não ter que chorar todo tempo.
Tay: Me desculpa. –Disse calmo-
Eu: Tudo bem, você só estava nervoso. –Disse deitando na cama aconchegando-me nos travesseiros-
Tay: Não, não diga que está tudo bem. Você veio aqui pra se sentir melhor e eu jogo tudo de novo na sua cara só porque eu fiquei nervoso. Você não merece isso Pietra. -Disse triste e eu olhei para ele com um sorriso mostrando que estava mesmo tudo bem-
Eu: Você é um bobo sabia?
Tay: Eu só quero cuidar de você, não foi pra isso que você veio?
Eu: Sim, mas eu não vou te matar só porque você se estressou, eu também posso cuidar de você.
Tay: Mas agora é minha vez. -Disse abraçando minha cintura beijando meus cabelos- Vou te mimar até você se sentir bem.
Eu: Cuidado pra não ficar mau acostumada. -Disse rindo-
Tay: Mais?
Eu: Taylor! -Fiz bico mordendo seu braço que estava ao meu redor-
Tay: Ai, doeu sabia? -Disse passando a mão onde havia mordido e agora enxia de beijos- Você é bipolar menina?
Eu: Eu não sou mau acostumada. -Fiz bico e ele riu-
Tay: Você é uma bobinha sabia? -Disse dando um beijo em meu nariz e eu soltei uma rizada abafada-
Eu: Por que faz isso? -Pigarreei fechando fortemente os olhos e os abrindo piscando várias vezes-
Tay: Isso o que?
Eu: Sempre que eu fico com raiva você me chama de bobinha, me faz esquecer tudo e ficar tudo bem. Isso não é certo, eu tenho que ficar com raiva. Não? -Disse confusa brincando com os dedos dele-
Tay: Mas eu estou aqui pra isso, foi isso que eu prometi pra você lembra? Eu tenho que fazer tudo ficar bem quando você está sozinha, eu tenho que te chamar de bobinha pra você sorrir, eu tenho que fazer isso. Agora de ficar com raiva você tem o Justin, ele você fica com raiva.
Eu: Mas ele faz as coisas ficarem bem... -Disse triste-
Tay: Agora, ele está fazendo as coisas ficarem bem? -Minha expressão mudou e eu não sabia o que responder, ele tinha razão, não é sempre que as coisas ficam bem quando estou com Justin. DROGA! Por que essa lágrima está descendo?- É, não está.
Eu: Me abraça Tay. -Disse manhosa afundando minha cabeça em seu colo quase caindo aos prantos-
Tay: Pelo amor de Deus, o que aconteceu? Foi ele não foi, aquele idiota, ele que te fez chorar. Se eu ver ele eu arranco o saco dele fora. -Disse com raiva afagando meu cabelo. Eu ri-
Eu: Tadinho, assim ele não pode ter filhos. -Gargalhei alto mais uma vez provando: Ao lado dele tudo fica bem-
Tay: Bom, ai você não existe hipótese de você engravidar daquele imbecil.
Eu: Não fala assim dele. -Disse fingindo estar séria mas com a cara dele era quase impossível-
Tay: Você ainda vai ficar defendendo ele? -Perguntou incrédulo-
Eu: Não devo?
Tay: Não, não deve. -Ele estava realmente irritado, não gosto disso-
Eu: Você é um idiota! -Ri e ele simplesmente não pode se conter rindo junto comigo-
Tay: E o Justin é o que?
Eu: Um imbecil, um completo imbecil.

Afirmei convicta parando de rir.

Tay: Você ama ele, não é?
Eu: E isso importa? -Retruquei-
Tay: Seus sentimentos sempre serão importantes.
Eu: Isso é irrelevante Tay, ele brincou com o que não devia, me machucou, isso sim é importante.
Tay: Mas o que aconteceu, até agora você não disse nada. -Perguntou preocupado-
Eu: Não quero falar sobre isso. -Falei colocando minha cabeça de baixo de seus braços tentando me confortar ali-
Tay: Sabe que pode confiar em mim, não sabe?
Eu: Eu só não quero falar sobre isso agora. -Murmurei ainda com a cabeça de baixo do seu braço-
Tay: Tudo bem. -Disse tentando parecer o mais conformado possível e eu o fitei-
Eu: Eu tô bem. Agora eu estou bem. -Depositei um beijo demorado em sua bochecha sorrindo para ele, um sorriso sincero-
Tay: Eu te amo pequena.
Eu: Eu também te amo. -Ele me deu um beijo na testa, me abraçou e caímos em um sono profundo-

[...]

Eu já disse como o sol me incomoda na hora de acordar? Passei as mãos em meus olhos os apertando com força criando forças pra viver novamente. Sim, viver. Nada mais tem graça pra mim, eu realmente só quero ficar deitada me empanturrando de chocolate assistindo os piores filmes, quero dormir a tarde toda e ainda ter sono pra noite, quero ficar em casa o dia inteiro sem ter que me preocupar com nada no mundo lá fora. Nada mais me interessa, nada mais tem graça ou cor. Está tudo escuro. Está tudo sem cor. Minha vida está uma verdadeira bosta!

Me desvencilhei com dificuldade dos braços de Taylor e fui pro banheiro tomar um banho bem demorado e deixar que a água leve todas as impurezas de meu corpo. Realmente se não fosse Taylor eu realmente não iria saber o que eu já teria feito, acho que teria enlouquecido e me matado. A água fria descia pelo meu corpo e as lágrimas quentes pelo meu rosto me fazendo lembrar das piores coisas. A morte da minha mãe, o Justin, a falta que as vezes meu pai me faz e meu medo incontrolável de um dia está completamente sozinha e sem rumo. Por que parece que as coisas nunca ficam bem? Por que o mundo parece sempre conspirar contra mim? É tão errado eu ser feliz? Tão errado eu amar? Ter alguém sempre ao meu lado que enxugue minhas lágrimas e me faça ter sorrisos bobos? É errado sorrir até pras paredes? Porque parece que nada, nunca dá certo e quando começa a andar bem, fracassa novamente.

Me sequei vestindo uma pessoa de roupa que havia em sua gaveta. Era confortável e para ficar em casa, planos esses que eu não quero mudar. Entrei no quarto penteando meu cabelo e vi Taylor se mexendo logo se esboçando um lindo sorriso em seus lábios.

Eu: Por que está sorrindo?
Tay: Posso não? –Perguntou se escorando na cabeceira da cama-
Eu: Você está acordando, não deveria sorrir.
Tay: Que roupa é essa? –Perguntou depois de dar a mínima pelo que eu disse me medindo-
Eu: Ué, eu vou ficar em casa. Essa roupa está ótima. –Coloquei a escova em cima do armário de cuecas e meias-
Tay Não senhora! –Disse balançando a cabeça negativamente se levantando- Você vai sair comigo.
Eu: Ah não, eu quero ficar aqui deitada na cama comendo chocolate e me afogando em lágrimas.
Tay: E você acha que essa é a melhor forma de esquecer a dor?
Eu: Posso não esquecer, mas saindo de casa eu tenho certeza que não será o melhor. –Andei até a cama me cobrindo até a cabeça-
Tay: Se você quer ou não, o problema é seu. O fato é que eu não vou deixar. Pode levantar dessa cama e colocar uma roupa, nós vamos sair. –Me descobriu e ouvimos alguém batendo na porta- Pode entrar. –Gritou ainda olhando pra mim-
Jade: Pietra querida, seu pai está lá em baixo te procurando.
Eu: Arg. –Rosnei me levantando caminhando até a porta- Obrigada.

Disse ao passar por ela e ela me acompanhou até a sala de está, onde meu pai se encontrava de pé com uma feição preocupada. Ao me ver descendo as escadas nunca o vi tão aliviado. Qual é, ele acha que eu sumi, fugi pra nunca mais voltar de casa? Eu não sou tão idiota ao ponto de fazer isso. Ok, eu fiz uma vez, mas eu tinha 15 anos na época, eu ainda estava na chamada for da idade, mais conhecida como a complicada fase que é a adolescência.

Will: Filha! –Disse aliviado- Por que você não foi pra casa? Fiquei preocupado.
Eu: Você estava no trabalho, meu irmão e a Lia deveriam estar no quarto, eu não queria atrapalhar.
Will: Por que não me ligou?
Eu: Meu celular descarregou. –Menti-
Will: E você voltou hoje, não deveria voltar amanhã?
Eu: Quis voltar pai. –Disse triste- Estava com saudade de casa. –Forcei um sorriso-
Will: Fico melhor sabendo que você está bem. –Sorriu me abraçando de lado-
Eu: Ah pai, achou que eu sumi?
Will: Depois do que você aprontou naquele dia, seus sumiços me preocupam. –Dei uma leve risada ao perceber que ele foi bom de mais falando que foi apenas um dia-
Eu: Eu tinha quinze anos pai, você não me deixava sair e eu não concordava, lembra?
Will: Achava que porque suas amigas podiam amanhecer o dia nas baladas você também podia. –Riu- Você aprontou naquela época.
Eu: Eu era uma santa. –Fiz careta-
Will: Então santinha, podemos voltar pra casa.
Eu: Não pai. –Resmunguei- Eu vou sair com o Taylor, quando agente voltar eu juro que fico em casa. –Falei e Taylor apareceu descendo aquela enorme escada-
Tay: Então quer dizer que pra não voltar para casa você aceita sair comigo?
Eu: Cala a boca menino, pelo menos eu vou ficar em casa. –Murmurei quando ele me abraçou-
Tay: Fico muito feliz. –Sussurrou próximo ao meu ouvido-
Will: Estão falando o que? –perguntou confuso e lembramos que ele ainda estava ali-
Eu: Nada pai. Eu já disse, sairei com Taylor e quando voltarmos irei direto pra casa.
Will: Tem certeza?
Eu: Claro né. Vou matar minha saudade dele. – Apertei Taylor em um abraço-
Will: Tudo bem, em casa até as nove ouviu bem? –Assenti e ele me deu um beijo na testa passando pela porta branca da sala de estar-

Olhei pra Taylor e sorrimos involuntariamente e por algum motivo subimos correndo de dois em dois degraus naquela enorme escada rindo sem parar. Joguei minha bolça em cima da cama e tirei minha roupa lá de dentro tirando junto minha camisa. 

Tay: Eu estou aqui dentro tá? -Apenas comentou, eu sabia que ele não estava incomodado nenhum pouco-
Eu: Eu sei. -Dei de ombros o que ele falou voltando a me vestir- Onde vamos?
Tay: Agora que começou a chover é meio difícil sair. -Se direcionou a janela onde lá fora começava a cair gotas d'água dando sinal de uma grande chuva no meio da noite- 
Eu: Ah não, agora quem quer sair sou eu. -Resmunguei pegando sua camisa e o entregando- Vamos em uma lanchonete, sei lá, não quero ficar na deprê. 
Tay: Eu digo e repito, você é bipolar? -Ri- É sério Pietra, a cinco minutos atrás você não queria saber de pôr um pé na rua e agora implora pra isso? Você não deve está bem. 
Eu: Idiota. Se veste logo e vamos sair. 
Tay: Nessa chuva? 
Eu: Você não é de açúcar até aonde eu sei.
Tay: É verdade, sou de papel.
Eu: Sabia que as pessoas te usavam e te jogavam fora. –Brinquei tirando sua blusa-
Tay: Quer meu corpo nu é Pietra? –Perguntou num tom malicioso e eu dei um soco em seu peitoral- Ai! Doeu sabia?
Eu: Não senti. –Sorri- Agora veste essa blusa e vamos sair.
Tay: Eu não quero Pietra. –Murmurou se sentando na cama-
Eu: Por favor. –Implorei sentando em seu colo colocando uma perna de cada lado ficando de frente com ele-
Tay: Eu sabia que você queria meu corpo nu. –Falou convencido e mordi seu nariz-
Eu: Não podemos mais fazer isso, lembra?
Tay: Por que? –Perguntou confuso-
Eu: Eu tô apaixonada pelo Justin e você tem aquela garota nas palestras da Faculdade que até agora eu não conheci. –Dei ênfase nas últimas palavras-
Tay: É mesmo, tenho que te apresentar. –Disse colocando suas mãos em volta da minha cintura e eu coloquei as minhas em volta de seu pescoço-
Eu: Tadinha dela, não sabe no que está se metendo. É bom que eu a conheça pra avisa-la do pedaço de mau caminho que ela está se metendo.
Tay: Eu sou um pedaço de mau caminho? –Perguntou malicioso-
Eu: Não é nesse sentido que eu estou falando ok? –Me levantei arrumando minha calça e senti seus braços me puxando causando um choque entre nossos corpos-
Tay: Pena que não poderemos mais fazer isso. –Sussurrou em meu ouvido e me virei para ele-
Eu: Foi bom enquanto durou. –Murmurei e ele sorriu depositando um beijo em minha testa e abracei sua cintura-
Tay: Mas não é por isso que agente vai se separar né?
Eu: Agente não era amigo só por causa do sexo.
Tay: Ééé... Claro que não. –Bati nele, sua ironia era a pior.- Para de me bater menina. –Bati de novo- Ai!
Eu: Era –Tapa- só –Tapa- sexo –Tapa- Taylor? –Tapa-
Tay: Ai, ai, ai! –Ele se esquivava enquanto eu o batia- Não, claro que não era só sexo. –Disse sarcástico-
Eu: Acho bom, agora se veste. –Joguei a camisa pra ele enquanto caiamos na gargalhada-

[...]

Aquele louco me fez correr na chuva um quarterão antes do In-n-Out só pra chegar lá. Qual é, não eram muitos carros no estacionamento, agente só tinha que esperas, sei lá, uns trinta minutos, nada mais. Mas em compensação chegaria-mos secos. E tipo, não tinha guarda-chuva, mas a sorte foi que quando chegamos na parte coberta que a chuva engrossou se não eu matava o Taylor. Adentramos aquela lanchonete e aquilo estava realmente lotado, demoramos para arranjar uma mesa que tivemos que esperar o cara sair e deixar a mesa toda suja. Dizem que aquele lugar é incrível, tão incrível quando o McDonald's. O hambúrguer simples mas recheado de queijo cheddar bem derretido, todos os refrigerantes, milk shake e sucos, batata-frita crocante e brilhante. Só pelo cheiro já me dava água na boca. 

Tirei meu sobre tudo que estava molhado e coloquei na cadeira esperando está seco até a hora de eu ir em bora. Sentamos e ficamos observando um homem alto com os cabelos castanhos e um boné e avental acompanhado da logomarca do local limpando a mesa enquanto me olhava nenhum pouco indiscreto. Eu jurava que conseguia ler seus pensamentos enquanto Taylor o encarava com seu pior olhar, ele não estava gostando daquilo, não estava mesmo. Depois que o homem se virou olhei pra Taylor e ri. 

Eu: Cuidado pra não matar ele só com seus pensamentos. 
Tay: Prefiro uma faca. 
Eu: Que isso, ele só estava fazendo o trabalho dele. -Disse segurando uma risada- 
Tay: Pietra ele estava te engolindo só com os olhos. Não sabia que era essa a sua tarefa aqui. -Seu rosto estava vermelho o que me fez ter mais vontade de rir- 
Eu: Olhar não arranca pedaço. 
Tay: Mas arranca minha paciência. 
Eu: Deixa de ser bobo.
Tay: Bobo? Acha bobo eu te proteger? Imagina se aquele cara fosse um estuprador que estava te observando e depois passaria informações suas pra outra pessoa e amanhã você não acordasse em casa? Eu seria o bobo?
Eu: Ai meu Deus, olha as idéias. -Disse rindo- Ele estuda no meu colégio Tay, era da minha sala. Ele gostava de mim. 
Tay: E parece que ainda gosta né? 
Eu: Eu não sei, nunca trocamos uma palavra a não ser no trabalho de química que tivemos que fazer duplas.
Tay: Pensei que o Justin que tinha esse papel. -Se referiu ao fato de que de um ano pra cá todos os meus trabalhos eram feitos com o Justin-
Eu: Naquela época eu não era perseguida. Fazer trabalho em dupla era um dos meus maiores prazeres. 

Ri e o garçom apareceu anotando nossos pedidos. Eu realmente não queria aqueles sanduíches horríveis enormes e cheios de carne e queijo, não hoje. Taylor pediu um médio que na verdade não era de tamanho e sim por ter um pouco menos de queijo e eu pedi o que tinha quase nada, batata-frita e duas cocas médias. 

Eu: Quando eu vou conhecer a garota que você está perdidamente apaixonado?
Tay: Não estou apaixonado por ela. 
Eu: Não, eu que estou. -Disse irônica- Vocês já se pegaram né?
Tay: Não. -Disse simplesmente e eu não acreditei-
Eu: Oi?
Tay: Eu não fiquei com ela. -Repetiu e aquelas palavras não faziam sentido pra mim. O Taylor é aquele garoto que ta afim de uma garota e uma semana depois você pode ter certeza que ele pegou. Ou ele enlouqueceu ou ele está apaixonado-
Eu: Você está bem?
Tay: Só porque eu não fiquei com a menina não quer dizer que eu não to bem. -Riu- É que, eu não sei mas eu quero fazer diferente sabe? Eu gosto muito mesmo dela, não penso só em ficar um dia ou uma semana e depois largar, não é isso. Ela não é aquela garota fácil e eu gosto disso nela e quero dar valor a isso. Ela é incrível e eu só não quero fazer merda.  
Eu: Não adianta, você vai fazer merda. -Ri- Você vai tentar fazer tudo certo e vai conseguir, você vai mudar e ela vai ver o garoto incrível que você é e quando você errar não será o erro terrível de antes, será um erro que ela entenderá e que não fará ser o fim de vocês. 
Tay: Eu acho que entendi. -Disse assimilando tudo o que falei-
Eu: É, nem eu entendi muito bem mas é isso aí. -Rimos- Ela deve ser incrível. 
Tay: Ela é a garota mais incrível que eu já conheci. 
Eu: Me senti ofendida agora. -Fiz bico- 
Tay: Depois eu que sou o bobo. -Desfiz o bico, agora falando séria- 
Eu: Cara, você pensou que o cara era um estuprador. 
Tay: Ah, vai saber. O mundo como está hoje em dia...
Eu: Com pessoas tipo você então né... 
Tay: Deixa de ser chata Pietra!
Eu: Deixe de me amar Taylor!
Tay: Chata!
Eu: Feio!
Tay: Teimosa!
Eu: Irritante!
Tay: Metida!
Eu: Sonso!

Ouvimos uma barulho de tosse misturado com uma vontade imensa de rir. Olhamos pra cima e vimos o garçom com nosso pedido distribuído em duas bandejas. Aquilo parecia está uma delicia. Ficamos sem jeito e acabamos caindo na gargalhada fazendo o garçom soltar uma risada abafada. 

Tay: Desculpe, agente não te viu ai. -Tirou os braços da mesa dando espaço para que o garçom colocasse as coisas na mesa- Essa louca que não para de me amar, sabe como é. 
Xx: Sem problemas. 
Eu: Eu que não paro de te amar? Quem que começou implicando? 
Tay: Você! 
Eu: Claro que não, você que me chamou de chata primeiro Taylor. 
Tay: Mas você me chamou de bobo antes?
Eu: Te chamar de bobo nem conta mais. Isso virou seu nome. 
Tay: Eu não sou bobo. -Fez bico e eu ri-
Eu: É, você é sim seu bobinho. -Disse colocando o dedo indicador eu seu nariz- Agora eu quero pedir um Milk Shake pra pegarmos quando agente sair. Garç... ué, cade ele? -Disse olhando para os lados o procurando no meio daquele monte de gente-
Tay: Agente discutiu tanto que nem vimos ele saindo. 
Eu: A culpa é sua. -Murmurei mas ele não ouviu, se ouvisse começaria outra briga- 
Tay: Mas ele não esqueceu de deixar a conta. -Pegou a nota que estava em cima da mesa arregalando os olhos- Aqui é caro. 
Eu: Deu quanto? 
Tay: Sessenta dólares. -Colocou a pasta sobre a mesa pegando sua bandeja- 
Eu: Pode deixar, eu ajudo a pagar.
Tay: Eu te chamei pra sair, eu pago. 
Eu: Isso foi antes de chover. Eu tive que até por sua roupa. Eu ajudo a pagar.
Tay: Ah Pietra, não to afim de discutir. 
Eu: Sabe que eu ganho né? -Ri dando uma mordida naquele hambúrguer- Nossa, é muito bom. 
Tay: É mesmo. -Olhei pra ele que estava com a boca cheia e os cantos cheio de maionese- 
Eu: Você não toma jeito né? -Ri e aproximei dele limpando o canto de sua boca- 
Tay: Você sempre teve que fazer isso. -Disse engolindo e bebendo um pouco do refrigerante- 
Eu: Eu já disse que eu tenho que comprar um babador pra você. Pior do que uma criança pra comer. 
Tay: Sou bebê mamãe. -Fez voz de criança- 
Eu: Um bebê muito bobinho...
Tay: E que você ama muito. -Comeu um pedaço do hambúrguer e rimos. Limpei o canto de sua boca de novo-

Ficamos brincando ali parecendo duas crianças, e na verdade quando estávamos juntos eramos verdadeiras crianças. Do jeito que falam, sem problemas, preocupações, dor, tristeza, totalmente pura e feliz e eu realmente não quero voltar a me preocupar com os problemas, não hoje. Sei que eles não serão deletados com um simples botão de Delete, mas eu vou esquece-los por hoje. Eu quero brincar na chuva, correr, pular poça d'água e voltar pra casa nos secando naquelas toalhas macias e nos deitando na cama enquanto ele afaga meus cabelos e conta histórias pra dormir. 

Só eu, ele e os mais belos sorrisos espalhados por toda a cidade.

Hoje, só hoje...

Porque enquanto eu estava com ele, eu sei que ele fará de tudo para me ver sorrir.

Continua...


Não to afim de limitar os comentários por enquanto, se quiserem comentem...
É sério, comentem, isso é importante pra mim :)
O que estão achando? Enrolados né? Mas calma que logo logo eles estão juntinhos kkkkkkkkk Isso se eles deixarem de ser cabeças dura.
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Beijinhos e até o próximo :)

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16 de março de 2013

I Hate Him But I Love Her - Capítulo 19 - And I'm tired As you break my heart again

Eu gosto sabe. Gosto de quando me faz raiva, quando me deixa sem graça, quando me tira um sorriso bobo; gosto. Gosto desse seu jeito idiota e carinhoso de ser; gosto da sua voz e da sua risada; gosto de quando fica em silêncio, da pra ouvir tua respiração; só gosto, gosto até demais. 


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Justin P.O.V - Recado no fim do capítulo ↓

Eu poderia jurar que tudo estava sendo um sonho, que aquele beijo, que sua voz, seu calor de seu corpo, que ela ali nos meus braços nesse exato momento era um sonho que bastava acordar e tudo voltaria a ser como era antes... Mas não era, ontem nós nos beijamos e hoje ela está aqui nos meus braços e eu estou a admirando seu sono profundo, admirando aquele anjo em meu colo ouvindo o barulho de sua respiração e a chuva forte caindo lá fora. 

Eu: Bom dia dorminhoca. -Sussurrei com um largo sorriso enquanto a via começando a se mexer tentando abrir os olhos-
Pietra: Que horas são? -Disse com a voz falha esfregando os olhos-
Eu: Onze horas. -Disse olhando no relógio que estava ao lado da cama-
Pietra: Ah pelo amor de Deus, me deixa dormir. -Disse se virando cobrindo o rosto com o coberto-
Eu: Faz birra não e levanta, você precisa tomar café. -Tirei o cobertor de sua cara e ela olhou pra mim fazendo bico-
Pietra: Mas ainda são onze horas Jus. -Ela coçou os olhos se encostando na cabeceira-
Eu: A senhorita se esqueceu que hoje é o último dia, temos que aproveitar um pouquinho. -Sussurrei próximo a ela indo lhe beijar mas ela desviou me olhando triste-
Pietra: Isso vai durar só aqui? Quando voltar-mos será tudo como antes?
Eu: Claro que não. -Protestei a deixando mais aliviada- Mas vamos fazer isso certo.
Pietra: Na época dos nossos pais, casais como agente nem se via direito. -Ela disse com um pequeno sorriso-
Eu: É né, mas agente não é como o casal de antigamente, agora me dá um beijo tá? -Disse a pegando em meus braços mas mais uma vez ela recusou deixando em apenas um selinho- O que foi Pietra? -Revirei os olhos irritado-
Pietra: É que... -Ela se levantou passando as mãos em seus longos cabelos castanhos olhando pra mim pensando no que dizer- Justin isso ainda é confuso pra mim.
Eu: O que é confuso meu Deus?
Pietra: Isso é real? -Perguntou com algumas lágrimas em seus olhos verdes-
Eu: Não entendi.
Pietra: Isso Justin, eu e você, isso é real? -Perguntou novamente e a mísera lágrima caiu-
Eu: Por que você está perguntando isso? -Me aproximei preocupado- O que está acontecendo?
Pietra: Justin, é que... -Ela se afastou tirando minhas mãos que estavam em seu rosto que agora era coberto por algumas lágrimas- É confuso sabe? Tudo isso acontecendo de uma hora pra outra, eu tenho medo de ser sonho, de acordar e me ver enfrentando mais um dia de aula lembrando o quanto eu te odeio, sabendo que foi tudo apenas um sonho. Eu não quero ficar sem você, não de novo. -Disse caindo aos prantos- Mas eu preciso de assimilar tudo, preciso saber que o que eu to fazendo é certo, não que nós não somos, mas preciso convencer meu coração disso. Eu só não quero ir muito rápido. -Ela disse limpando as lágrimas que terminavam de cair e percebi que meu estado era o mesmo que o dela-
Eu: Você confia em mim? Confia que eu nunca vou te deixar e não te decepcionarei novamente? -Disse olhando no fundo de seus olhos segurando seu rosto com minhas duas mãos-
Pietra: -Ela assentiu caindo em um choro profundo e eu a abracei- É tudo tão confuso, eu tenho medo Jus, tenho medo que daqui dez anos eu esteja completamente sozinha.
Eu: Eu já te disse milhões de vezes e repito, você jamais ficará sozinha. -Ela tirou o rosto do meu peitoral se afastando-
Pietra: Eu preciso de pensar, por tudo no lugar, meus pensamentos, saber o que eu to sentindo.

Ela passou a mão em seus braços abaixando a cabeça tentando parar de chorar. Por que as vezes ela é tão insegura a meu respeito? Poxa, eu sei que eu fui um completo idiota nos últimos anos, mas cara eu tô disposto a mudar, quero mudar por ela só pra ter uma chance ao lado da garota dos meus sonhos, da garota que eu amo, por que ela tem medo? Isso me irrita as vezes mas acho que entendo, pelo menos tento, sempre tem alguém saindo da vida dela e isso a machuca, mas eu não sairei da vida dela. Não sairei porque eu não quero decepciona-la, magoa-la, quero faze-la feliz e que tenha motivos pra mostrar aquele lindo sorriso, eu quero ficar ao lado dela pro resto da minha vida.

Ao lado daquela garota dos brilhantes olhos verdes com que eu me apaixonei. 

Assenti me direcionando a porta sem ao menos olha-la ou falar alguma coisa mas senti suas mãos me puxando desesperadamente.

Pietra: Não fica triste.
Eu: Tá tudo bem, eu te entendo. Vou te deixar sozinha pra você pensar um pouco. -Beijei sua testa e saí-

Passei por aquela porta com o coração na mão, não queria que ele se sentisse mal, que terminasse tudo. Agora que as coisas iam bem, agora que ela confiava em mim ela tinha que ficar confusa? Me encostei na parede ao lado da porta me sentando no chão inconformado com tudo. Eu só quero ela, ela ao meu lado, rindo, chorando, comendo, correndo, bem ou mal, acordando se chamando de horrorosa por mais linda que eu a acho, quero ela nos meus braços, me beijando, mordendo, fazendo cócegas, bico, drama, birra, ela com TPM, calma, eu só quero ela.

Levantei e fui caminhar na areia, pensar um pouco na vida. O dia estava lindo, as ondas fortes e azuis, céu claro sem nenhuma nuvem e surfistas no fim da praia. Algumas varas logo de manhã esperando pelo peixe, barcos, jet esqui e iates decorando o grande mar azul, a brisa fresca e o sol brilhando. Não andei na verdade, só me sentei na areia e fiquei olhando o mar. Recebi uma mensagem de Chaz, me deu vontade de quebrar a cara dele.

É Drew, tô sabendo que você se deu bem. Pegando a gostosa da filha do policial, esse é meu brother. Só toma cuidado pra ele não atirar em você. HAHAHAHA

Posso socar a cara dele agora? Quem ele pensa que é pra se referir a ele assim? Agora eu entendo porque a Pietra sentiu ódio disso a vida toda. Ao envés de falar 'a filha do policial', 'a Pietra', sei lá, mas a 'gostosa' já é de mais. E o pior é que do jeito que ele fala seria como se eu fosse a usar como fiz e me arrependo AMARGAMENTE com as outras garotas. Saibam, a Pietra seria a última pessoa que mereceria sofrer ou passar por humilhações como eu fiz com as garotas nos últimos anos. 

Senti alguém sentando ao meu lado com um sorriso forçado, ela estava preocupada com alguma coisa. Era Elisa. 

Elisa: Ela está muito triste. -Disse olhando para o mar e eu entendi que ela falava de Pietra-
Eu: Ela que te mandou aqui? 
Elisa: Não. -Ela disse balançando a cabeça- Agente conversou Justin e ela está realmente muito mal. Ela não quer que você pense que ela se arrependeu de alguma coisa ou vai dar fim nisso, ela só tem um coração muito frágil as vezes. Não fica triste com ela. 
Eu: Eu entendo ela sim. -Disse em forma de protesto e ela olhou pra mim- Mas eu quero que ela entenda que sempre que ela precisar eu estarei aqui, nunca vou deixa-lá, tratá-la mal, magoá-la. Eu a amo Elisa, a amo muito e vê-la chorar me doí. -Disse e ela balançou a cabeça mostrando prestar atenção em tudo que eu falei- 
Elisa: Eu sei que você a ama e ela te ama também, por mais que ela não venha falar isso ela te ama muito, só não viu isso ainda. 
Eu: Você acha? -Disse com um sorriso largo no rosto- 
Elisa: Ela não é tão branca mas as coisas transparecem nela. Quando eu falo de você os olhos dela brilham, quando ela estava chorando eu via dentro dela como você é importante pra ela, como ela te quer por perto. Eu sinceramente nunca vi ninguém fazer tão bem a ela como você faz. -Sorri satisfeito- Ela tem muita sorte. Você é incrível Jus. -Ela colocou a mão em meu ombro sorrindo e eu senti um aperto ao lembrar do que eu já fiz com aquela linda garota- 
Eu: Me perdoa, eu não deveria ter feito aquilo, te desprezado, feito você sofrer e passar vergonha no meio de todo mundo. Eu sou um completo imbecil. -Abaixei a cabeça triste totalmente arrependido- 
Elisa: Ei, tá tudo bem, eu já superei. Eu te perdoo sim. -Ela disse colocando a mão em meu rosto me fazendo olha-la- Você era um idiota mas você mudou, se desculpou e se arrepende de toda besteira que você fez, não é? -Assenti- Isso que importa. 
Eu: Brigada, você é incrível Elisa. -Sorri e ela me abraçou fortemente e eu afagava seus cabelos com cheiro de corango- A mais incrível que eu já conheci. -Sussurrei e ela se desvencilhou-
Elisa: Olha que a Pietra vai sentir ciumes. -Ela riu- 
Eu: Tá, a segunda melhor. 

[...]

Depois de ficar um tempo conversando com Elisa, nem vimos a hora passar e já era 12:30h, levantamos, tiramos a areia das nossas roupas e voltamos para a casa, Elisa foi para algum lugar vou ficar um pouco com os meninos. Calma, não vou mata-los, pelo menos não agora. Passei pelo deck onde tinha alguns meninos e meninas tomando sol, jogando bola, ping-pong ou tomando banho e pude ouvir alguns cochichos, provavelmente seria pelo que anda acontecendo. Subi as escadas e caminhei até o quarto 20 onde encontrei Chaz e Ryan vendo alguma coisa no notebook, Chris mexendo no celular com Camile em seu colo, é esse o nome de uma das garotas que eu nunca soube o nome, talvez eu saiba a dela porque ela é a "menos pior". Todos voltaram sua atenção a mim quando entrei. 

Chaz: Salve Bieber! -Disse sorrindo tirando o note de seu colo- Fiquei sabendo de você e da Pietra.
Ryan: É cara, finalmente se deu bem. -Sorriu dando um tapinha nas minhas costas- Mas conta aí, como é a princesinha do policial?
Chris: Do jeito que o Bieber é eu até imagino o que aconteceu. -Disse malicioso mas sem tirar a atenção do celular-
Eu: Cala a boca seus manés. -Disse alterando meu tom de voz-
Ryan: Ih, calma aê cara, conta pra gente vai. Somos amigos certo?
Chaz: Ela é boa na cama? -Perguntou curioso-
Chris: Ah pelo amor de Deus né, aquela gostosa claro que é a melhor na cama. -Disse e Camile saiu de seu colo o olhando da pior forma, ela fechou a mão em um punho pronto pra socar a cara dele-
Camile: Ela é o que Chris? -Perguntou tentando manter a pouca calma que lhe restava-
Chris: Não amor, não é isso que eu quis dizer. É claro que você é melhor que ela. -Ele se levantou colocando a mão em sua cintura tentando arrumar uma desculpa convincente-
Camile: CANALHA! -Murmurou dando um tapa forte em seu rosto onde com certeza ficou vermelho- EU ODEIO VOCÊ CHRIS, NÃO ME PROCURA MAIS. -Gritou agressiva saindo por aquela porta e eu quanto Ryan e Chaz tínhamos certeza que ela jamais voltaria-
Chris: Filha da puta. -Murmurou colocando a mão onde ela bateu se sentando na poltrona-
Eu: Não reclama que você mereceu.
Ryan: Cara qual o seu problema? Fica falando de outras mulheres na frente da sua? E ainda acha que ela não vai socar sua cara?
Chaz: É cara, dessa vez você foi longe de mais.
Chris: PORRA, SE VOCÊS VÃO FICAR DEFENDENDO ELA ACHO QUE MEU LUGAR NÃO É AQUI. -Disse se levantando
Chaz: PORRA CARA, VOCÊ VIU O QUE VOCÊ FEZ? AQUELA GAROTA É UMA PRINCESA E DEVE SER TRATADA DEVIDAMENTE, MAS VOCÊ FICA FALANDO MERDA. ELA GOSTA DE VOCÊ CARA, GOSTA DE VERDADE, AGORA ELA DEVE ESTÁ LÁ CHORANDO POR SUA CULPA.
Eu: Ela não merecia aquilo. -Disse e ele simplesmente abaixou a cabeça decepcionado- Vai falar com ela cara.
Chris: Ela não quer me ver pintado nem de ouro. -Disse passando a mão em seus cabelos-
Ryan: Não precisa ir agora, deixe a cabeça de vocês esfriarem, vocês se acalmarem que vocês conversam.
Chris: E ela vai querer?
Chaz: Uma hora vocês vão ter que se falar.
Chris: Ela deve está me odiando agora, ela não vai falar comigo nunca mais.
Ryan: Claro que vai. A Pietra e o Justin eram pior que cão e gato, hoje já tão se pegando, não é Drew? -Disse olhando pra mim com um sorriso. Não posso socar a cara dele, posso?-
Eu: Ééééeé, claro que é. -Disse sarcástico-
Chaz: E é boa na cama?
Eu: Delícia. -Disse formando um punho em minha mão me prendendo naquele colchão-
Ryan: Esse é o nosso Bieber. -Disse com um grande sorriso pegando novamente o notebook- Agora conta mais cara, quais são as melhores posições?
Chaz: Todas, eu tenho quase certeza. Vacilo mano, você nem divide com agente. -Disse emburrando a cara e eu sorrindo forçado tentando concordar com aquilo mas meu limite já estava estourando-

Pietra P.O.V

(Leia ouvindo a música 49)

Estava no meu quarto me afogando nas lágrimas, como eu posso gostar tanto dele assim mas ao mesmo tempo ter tanto medo de me aproximar e no final eu ficar sozinha? Eu sei que ele gosta de mim, sei que ele não me deixaria, eu acredito no que ele falou sobre nunca me deixar sozinha, mas meu orgulho falava mais alto que meu coração, eu tinha tanto medo, não queria deixar as pessoas se aproximar de mim, eu era a pessoa mais idiota do mundo. Deveria ser como as outras garotas, agradecer a Deus quando o garoto mais cobiçado do colégio dar moral pra você, mas eu era tão estúpida que deixava um orgulho de querer ser diferente das outras, agora eu estou aqui, chorando porque meu único medo agora era de perder ele pra sempre.

Cara eu gosto tanto dele, gosto de um jeito como eu nunca imaginei gostar, de um jeito que eu nunca quis gostar mas agora eu gosto e simplesmente não consigo fugir dele, não consigo mais me ver sem ele, ficar um segundo longe dele, só de pensar eu já me arrepio toda. Eu gosto de tudo nele, simplesmente gosto. E agora eu preciso dele assim como preciso de água e isso me mata todos os dias porque antes eu não era assim, antes eu vivia perfeitamente sozinha e sem depender de ninguém que fizesse meu dia melhor.

"Eu tenho tentado durante tempos criar algum tipo de armadura, que protegesse meu coração de qualquer tipo de sofrimento, que me deixasse menos vulnerável pra que eu sofresse menos. Eu tenho tentado não acreditar num simples “eu te amo”, tenho tentado não me apaixonar. Cheguei num ponto de não confiar nas pessoas de tal modo que me tornei fria, me tornei fechada demais. Por fora eu tenho sido diferente de todas as meninas, tenho feitos de todos os garotos apenas amigos, como se eu fosse uma deles, eu tenho feito dos meus dias melhores, tenho fingido pra mim mesma pra não ter que suportar a ideia de um coração quebrado. De repente chega você, sem pedir permissão e me faz derreter num sorriso, amolecendo meu coração sem ao menos um motivo, quebrando todo o tipo te proteção que eu criei pra mim, daí eu me apaixono por você tão simples assim. Como ficamos? "

E foi aí que depois de tanto chorar e me lamentar pelo que eu havia me tornado que eu fui atrás dele, eu precisava o abraçar, sentir seu cheiro, ter o calor de seu corpo ao meu, sentir a doçura de seus lábios e ouvir sua voz e dizer o quão importante ele é pra mim, deitar na cama e pensar como iremos falar isso pro meu pai, me desculpar se eu o machuquei de alguma forma ou destruí suas expectativas de um "nós", mas acabei percebendo que não foi eu que destruí esse "nós" e sim ele a partir do momento que eu ouvi todas as barbaridades que ele falava de mim junto com aqueles amigos idiotas dele.

Ryan: Claro que vai. A Pietra e o Justin eram pior que cão e gato, hoje já tão se pegando, não é Drew?
Eu: Ééééeé, claro que é.
Chaz: E é boa na cama?
Eu: Delícia. 

Ryan: Esse é o nosso Bieber. -Disse com um grande sorriso pegando novamente o notebook- Agora conta mais cara, quais são as melhores posições?
Chaz: Todas, eu tenho quase certeza. Vacilo mano, você nem divide com agente. -Disse o idiota e Justin simplesmente deu um sorriso assentindo-


So I took a chance and let him in,
He let me down, fell to the lowest place I've ever been,
Too sared to pick myself up cause I know what'll happen,
The whole thing will just start over again ♪♪

Então eu aproveitei a oportunidade e o deixei entrar,
Ele me decepcionou, cai para o lugar mais baixo em que já estive,
Com muito medo de me levantar porque eu sei o que vai acontecer,
A coisa toda só vai começar, tudo outra vez ♪♪


Não precisei de ouvir mais nada, saí de lá correndo com lágrimas sem cessar queimando minha pele e uma vontade imensa de matar ele. A algumas horas atrás ele estava dizendo que jamais me decepcionaria, disse que seria um garoto melhor, é esse a pessoa melhor que ele está se tornando? Cadê aquele garoto que eu sou perdidamente apaixonada? Aquele garoto que se transformou totalmente nesses últimos dias? Antes ele apenas usava as garotas, era um bêbado irresponsável totalmente insano, não estudava e passava por cima de todas as regras imposta pelos pais, mas mentir falando coisas que jamais aconteceram isso eu nunca imaginei dele. E eu nunca me odiei tanto como eu me odeio agora, nunca me senti tão enganada, suja, terrível, traída como me sinto agora. Eu tentei me reconciliar com ele, dar novas chances mas ele acabou de jogar todas elas no lixo e eu não sei se existirá novas chances.

Jus: O que você está fazendo? -Perguntou ao entrar no quarto e me ver arrumando as malas-
Eu: Arrumando as minhas malas, não está vendo? -Disse seca sem encarar aquele rosto perfeitamente desenhado-
Jus: Ei, calma, só estou perguntando.
Eu: Tenho que ir ok? -Disse de costas pra ele limpando minhas lágrimas para ele não perceber que eu estava chorando-
Jus: Agora? Pensei que você iria amanhã. Hoje vai ter um Luau e eu queria ir com você.
Eu: Seus amiguinhos te fazem companhia. -Disse seca pegando minha mala me direcionando a porta mas senti suas mãos me puxando-
Jus: O que está acontecendo Pietra? -Me virou e eu finalmente encarei aqueles olhos mel pedindo por explicações que eu realmente não estou afim de falar-
Eu: Não sei, talvez seus amigos te respondam já que você respondeu todas as perguntas deles. -Disse seca- Agora me solta. -Disse tentando me livrar de suas mão que me apertavam cada vez mais forte-
Jus: Você não pode sair assim sem me explicar nada. -Falou alterando seu tom de voz-
Eu: Então antes me explique: Por que diabos eu me apaixonei por você?

Disse quase cuspindo aquelas palavras olhando no fundo de seus olhos e ele me soltou. Eu sei que aquelas palavras mexeram com sua alma o deixando sem força alguma. Balancei a cabeça sabendo que ele não me responderia, afinal não tinha resposta mesmo, eu só devo ter sido idiota de mais por me apaixonar por ele.

Was this supposed to happen? I'm better off without you
So you can leave tonight And don't you dare come back
And try to make things right ♪♪

Era pra isto acontecer? Eu estou melhor sem você
Então você pode ir embora esta noite E não ouse voltar
E tentar fazer as coisas ficarem bem ♪♪

Porque é como dizem:

Você ama.

Você se fode!


Continua...


+8 Comentários
Olha quem apareceu. Tenho explicações pouco convincentes. Minha mãe está pegando no meu pé de mais e não me deixa mais no computador todo tempo e quando vou é pra fazer trabalho como deveria está fazendo agora, de um certo modo eu estou, ai de vez em quando eu consigo fazer e faço de pouquinho em pouquinho, me desculpem. Não quero que me abandonem, apenas que me deem um tempinho pra convencer minha mãe de me deixar ir pro computador sempre :(
O que acharam do capítulo? Comentem amore, marquem e divulguem o blog, é muito importante pra mim :)
Leitoras linda novas, sejam bem vindas *-----*

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FALEM COMIGOOOOOO *-* (AQUI)

3 de março de 2013

I Hate Him But I Love Her - Capítulo 18

Eu o quero tanto, quanto quero ouvir o primeiro "eu te amo", Quero que ele me beije na chuva, Eu quero ouvir "Eu estive pensando em você", Eu quero o resto desapareça.


Pietra P.O.V

Eu: E como anda os seus estudos para a prova?
Jus: Bem, ainda falta algumas coisas mas nada impossível.
Eu: Esqueceu alguma coisa que eu te ensinei?
Jus: Não, mas eu deveria com uma professora gata como a que eu tive. -Disse e e eu me senti um camarão-
Eu: Ela deveria te ensinar que não se deve mentir.
Jus: Não estou mentindo. -Disse com convicção- Você é muito gata Pietra.
Eu: Você é um mentiroso! -Exclamei colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha-
Jus: Sou realista, é diferente. -Frase pouco nova, pensei- Cara, os garotos sonham com o dia em que algum deles possam ficar com você.
Eu: Querem ficar comigo pra poder espalhar pra escola que foi o primeiro a ficar comigo fora as outras coisas que eles irão acrescentar. 
Jus: Você odeia eles de verdade, não é? -Perguntou com um sorriso travesso no rosto-
Eu: Não é ódio, eu só não gosto do que eles fazem. São uns completas idiotas sem escrúpulos.
Jus: Fico feliz por ser apenas um idiota. -Disse e eu ri-
Eu: O idiota mais chato que eu já conheci. -Sorri-
Jus: Você me ama, isso sim é verdade.
Eu: Iludido.
Jus: Então a culpa é sua. Você me ama Pietra, pode falar.
Eu: Você é como os outros garotos, vou falar A e você espalhará B e C pra todo mundo.
Jus: Eu sou diferente. -Disse quase em um sussurro-
Eu: Eu sei, é por isso que eu gosto de você. -Disse virando minha cabeça procurando seus olhos que no momento estavam perdidos olhando para o horizonte repleto de navios brilhantes-
Jus: Isso é um sonho não é? -Disse com um esboço de um sorriso no canto de seus lábios-
Eu: Como assim?
Jus: Você não está aqui de verdade, agente não está juntos rindo nessa noite fria e eu logo acordarei e ouvirei você me xingando e dizendo o quanto você me odeia, é isso não é? -Perguntou em um tom triste em sua voz-
Eu: Se for sonho estamos vivendo o mesmo sonho. -Disse entrelaçando meu braço ao dele encostando minha cabeça em seu ombro aspirando aquele incrível cheiro- Eu não te odeio, pelo menos não como antes, convenhamos que as coisas mudaram, nós mudamos. -Suspirei- Na verdade está com você está sendo a melhor coisa que me aconteceu. -Sussurrei e pude sentir um sorriso em seus lábios-
Jus: Me sinto privilegiado já que você gosta mais de mim do que dos outros.
Eu: Já disse, eles vão ficar só no sonho.

Justin riu.

Jus: Você não tem ideia mas eles disputam você como se você fosse a ultima bala do pote.
Eu: Mas eles pegam a bala facilmente, eu sou diferente. Eles só esperam minha primeira fraqueza para que eles possam espalhar pra todos o que aconteceu.
Jus: Você tem fraquezas?
Eu: Todos temos, mas eu simplesmente luto ao máximo contra elas, mas nem sempre dá certo.
Jus: E quais seriam?
Eu: Carência. -Disse tirando minha cabeça de seu ombro continuando com nossos braços entrelaçados-
Jus: Você com carência? Por favor né. -Disse desacreditando na minha palavra-
Eu: Ei, eu não namoro esqueceu?
Jus: E aquele tal de Taylor? Seu amiguinho colorido. -Disse fazendo uma careta-
Eu: Meu amigo, não meu namorado.
Jus: Mas vocês transam. -Continuou-
Eu: Não é a mesma coisa. Não é como um relacionamento, agente não diz eu te amo e compramos presentes comemorando os "Um mês mês de aniversário de namoro" ou coisas do tipo.
Jus: Você é aquelas tipicas garotas que comemora até a primeira semana de namoro?
Eu: Isso já é exagero de garotas que namoram todo mundo.
Jus: Por que?
Eu: Porque geralmente o namoro não passa de uma semana aí elas fazem isso pra não falar que nunca fez um aniversário de namoro. -Disse e Justin riu-
Jus: Isso até que faz sentido. -Disse assentindo- Você já namorou, certo?
Eu: Qual é, você acha que meu primeiro beijo foi com meu melhor amigo? -Disse indiscreta-
Jus: Não, mas você tem cara daquelas que namoram uma vez e vive para sempre com o garoto.
Eu: E eu viveria, mas vim morar aqui. -Disse triste lembrando do meu passado- Eu amava ele. -Murmurei-
Jus: Ele deveria ser um garoto de sorte.
Eu: Está com ciúmes? -Disse notando o tom de sua voz-
Jus: Não, mas eu só não sei o que ele fez pra te conquistar. -Disse inconformado e eu ri-
Eu: Foi ele mesmo. -Disse simplesmente-
Jus: Simples assim?
Eu: O que? Estava esperando que outra resposta?
Jus: Sei lá, mas pensei que ele fez serenata, comprou um carro, te deu dinheiro, não sei. -Eu ri-
Eu: Idiota, não precisa de dinheiro para me comprar ok? -Falei em um tom engraçado-
Jus: Verdade, você já tem muito, deveria doar mais um pouco pros pobres. -Fez bico, o mais fofo que eu já vi-
Eu: Falou pobretão. Oi, sou Justin Bieber, tenho 3 carros, uma mansão e uso roupa de marca. -Fiz uma voz diferente-
Jus: Bobona. -Ele fez bico-
Eu: Idiota. -Disse mordendo seu dedo-
Jus: Pelo amor de Deus, tem outro jeito de demonstrar seu amor por mim não? -Disse implorando-
Eu: Você quer que eu te ame?
Jus: É um dos meus desejos. -Disse assentindo com a cabeça-
Eu: E quais são os outros? -Perguntei curiosa-
Jus: Você está em todos eles. -Sussurrou e eu sorri envergonhada-
Eu: Qual seria o primeiro?
Jus: Beijar você seria um deles, mas isso deve ser irrelevante.
Eu: Tem mais de um primeiro?
Jus: O primeiro era está assim, junto com você.
Eu: E me beijar seria o segundo?
Jus: Mas isso não seria importante.
Eu: Claro que é! -Exclamei olhando pra ele-
Jus: Você me beijaria algum dia? -Perguntou com um pouco de esperança-
Eu: Porque não? Tem tanta coisa acontecendo, te beijar não seria o fim dos tempos.
Jus: Pensei que isso iria ficar em apenas mais um de meus sonhos.
Eu: E um dia eu disse que gostar de você seria apenas um sonho. -Retruquei- E olha onde eu estou, eu gosto de você.
Jus: É, isso seria um sonho. -Ele disse com um sorriso bobo-
Eu: Como eu disse, sonho terá seus amiguinhos. Nenhum daqueles de seu grupinho irá ficar comigo.
Jus: Nenhum?
Eu: Um talvez, mas isso é irrelevante.

Ele deu mais uma de suas maravilhosas risadas e eu senti o vento batendo em meus ombros trazendo lembranças de que eu ainda estava com febre. Abracei mais forte seu braço apertando os olhos e senti Justin jogando meu casaco sobre meus ombros envolvendo seus braços ao meu redor me aquecendo.

Jus: Acho que devemos ir, já está ficando tarde e eu não quero receber outra bronca de uma das professoras. -Disse me fazendo dar uma risada abafada-
Eu: É, acho melhor. -Falei colocando meus braços por dentro da manga do casaco me levantando-
Jus: Está tudo bem? -Perguntou enquanto eu tirava a areia da minha calça e senti sua mão em minha testa verificando se eu ainda estava com febre-
Eu: Acho que essa noite precisarei de dormir com alguém.
Jus: Esse alguém vai ficar muito feliz. -Ele sorriu me puxando para perto de si e caminhamos de volta para casa- Pietra? -Sussurrou-
Eu: Oi.
Jus: Você vai no Baile de Formatura?
Eu: Não sei. Não curto muito isso e bom, não tenho par.
Jus: Ah, vai me dizer que nenhum garoto te chamou? -Perguntou desconfiado-
Eu: Chamou mas nenhum me interessa. -Disse balançando a cabeça-
Jus: E qual te interessaria?
Eu: Ah sei lá, talvez um idiota que eu conheço. -Ele gargalhou-
Jus: Logo o idiota você quer que vá para o Baile com você?
Eu: Ele é o único que me interessa no momento.
Jus: E você iria com ele?
Eu: Se ele me pedir sim. -Justin nos fez parar no meio da praia enquanto sentia-mos a água fria daquela noite batendo em nossos pés.-
Jus: E você responderia o que? -Perguntou olhando no fundo dos meus olhos-
Eu: Peça que eu respondo. -Disse calmamente notando como o brilho da Lua combina tanto com aqueles olhos cor de mel ali na minha frente-
Jus: Sabia que isso está na minha lista de desejos?
Eu: Se você pedir será um a menos. -Ele suspirou fechando os olhos por um segundo como se isso fosse a coisa mais difícil a ser dita-
Jus: Quer ir no Baile de formatura comigo?

Olhei para ele, simplesmente olhei para ele observando cada parte de seu rosto perfeitamente desenhado. Seus lábios carnudos e suas pintinhas que o tornava mais sexy. Cada célula de mim gritava alto por te-lo perto de mim, por te-lo ao meu lado para sempre e eu simplesmente não conseguia resistir. Tantos anos o negando, negando esse sentimento dentro de mim que se agora eu negasse novamente eu simplesmente desabaria.

Se não fosse esse sentimento gritando dentro de mim eu diria que o que eu fiz foi por causa do brilho de seus olhos e seu sorriso desengonçado. Senti sua mão em minha cintura e eu automaticamente depositei a minha em seu pescoço. Aproximei o meu rosto ao dele sentindo seu cheiro, sua respiração se misturando com a minha e suas mãos apertando minha cintura e em poucos segundos nossos lábios se chocaram causando correntes elétricas em meu corpo. Nossos olhos se fecharam nos fazendo entregues a aquele momento, a um momento esperado por nós a anos.

Sim, a nós. Eu sempre o amei mas eu não queria me entregar, eu tinha medo de ficar sozinha novamente, tinha medo de me machucar, mas com ele, com ele eu sentia que eu poderia ser feliz para sempre, sentia que nada no mundo poderia me atingir e eu estaria sempre protegida em seus braços.

Eu sempre amei aquele idiota, desde o primeiro dia que eu o vi. 

Pude sentir seu hálito fresco com sabor de menta e era a melhor sensação do mundo. Por um instante eu achei que aquilo era apenas um sonho mas quando vi nossas línguas travando uma batalha interminável dentro de nossas bocas nada pareceu tão real pra mim. Seus lábios doces e aveludados pareciam um verdadeiro algodão-doce. Agarrei sua nuca selvagemente pressionando nossos lábios os deixando mais intensos. Suas mãos apertaram minha cintura juntando nossos corpos e eu juro que não passaria nem ar por ali.

Eu juro que eu não queria que esse beijo não acabasse nunca, queria que fosse eterno e não importa mais o amanhã ou o que iremos fazer daqui cinco minutos, eu só queria ele comigo. Eu juro que aquele beijo significou um mundo pra mim, deu resposta a todas as minhas perguntas e esclareceu minhas duvidas. Justin era o cara que eu amava. Esse beijo mostrou o que realmente sentia-mos um pelo outro, mostrou que devemos ficar juntos sem medo, mentiras ou dúvidas. Eu o queria e isso era esclarecido em minha cabeça. E eu queria aquele momento pra sempre... porque eu só teria momentos como esse apenas ao lado dele.

O ar estava começando a faltar e senti nossos corpos mais quentes do que nunca, mais eu não queria parar, nós não queríamos parar. Sua mão foi para minha nuca dando intensidade a aquele maravilhoso beijo enquanto eu brincava com seu cabelo. Nossos lábios não queriam se separar tornando tudo parecer tão errado quando em alguns dias atrás eu o odiava mais que qualquer coisa na minha vida. Eles se encaixavam tão perfeitamente como se nascessem um para o outro, e realmente nasceram. Logo o beijo foi desacelerando sobrando apenas o roçar de nossos lábios e pude sentir sorriso em ambos. Abri os olhos e o vi sorrindo perfeitamente e aquele sorriso seria tudo pra mim, seria o sorriso que faria tudo ficar bem. Passei a mão lentamente em seu rosto contornando seus lábios com a ponta dos dedos e ele me abraço fortemente.

Eu nuca dependi tanto de um abraço, de um beijo, de um sorriso, de uma pessoa... Eu nunca dependi tanto dele. 

Eu deveria sentir medo, deveria sair dali correndo agindo como se fosse o maior erro da minha vida, mas eu não conseguia, algo prendia meus pés ali e gritava dentro de mim que nada nunca foi tão certo, e eu sabia, no fundo do meu coração que ele não me deixaria, que ele me amaria, me protegeria e estaria ao meu lado. Aquele beijo mostrou que o que sentíamos era igual, era compatível então não teríamos com o que sofrer. O Justin mudou e eu o amo mais ainda por isso. E eu sou imprevisível, orgulhosa, eu tenho medo de demonstrar o que sinto e não quero que o Justin fique inseguro ao meu respeito mas está mais do que na hora de eu esquecer meus medos e ser feliz pelo menos uma vez na vida.

E eu só serei feliz ao lado desse idiota. 

Olhei para ele mais uma vez e vi seu sorriso, o melhor sorriso que me fez sorrir e novamente nossos lábios se grudaram como se fosse um imã, mas dessa vez foi mais calmo. Entrelacei minha mão em seu pescoço e ele desceu as suas até minha cintura e começamos a sentir a chuva que começará a cair, mas aquilo não atrapalhou nosso momento, pelo menos não por minha parte. Justin parou ainda com um sorriso mas continuou de olhos fechados.

Jus: Acho que isso não será bom pra febre. -Sussurrou ainda próximo aos meus lábios-
Eu: Eu não me importo sabia? -Disse mordendo levemente seu lábio-
Jus: Mas eu me importo e não vou gostar de te ver doente.
Eu: E você não vai me beijar mais? -Perguntei manhosa-
Jus: Viciou no meu beijo já? -Perguntou convencido-
Eu: Uhum. -Disse fazendo bico.-
Jus: Bobona. -Disse me dando um selinho rápido- Vamos voltar, será melhor.
Eu: Promete cuidar de mim? -Disse abraçando sua cintura enquanto caminhávamos sob aquela chuva-
Jus: Prometo. -Assentiu colocando sua mão ao meu redor me apertando contra seu corpo levemente-

[...]

Quando chegamos no deck todos se assustaram ao nos ver juntos e pude ouvir cochichos a esse respeito, mas simplesmente não nos importamos e voltamos para o quarto rindo da situação. A janela aberta bagunçava alguns papeis em cima da mesa e molhava o chão perto da mesma. Justin foi correndo para fecha-la enquanto eu observava cada canto do quarto pensando em tudo o que está acontecendo, eu simplesmente não acreditava que era real. Tirei meu casaco jogando-o em cima da cadeira e passei as mãos em meus braços tentando me aquecer e vi Justin me observando, como se estudasse cada célula em mim, como se, assim como eu não acreditasse no que estava acontecendo. Ele se aproximou me dando um beijo na testa colocando suas mãos em meus ombros.

Jus: É melhor você ir tomar banho. -Sussurrou-

Assenti e me direcionei ao banheiro. Deixei a água quente enchendo a banheira enquanto pensava no garoto de olhos cor de mel que estava do outro lado da porta e sorri subitamente, era a única coisa que eu conhecia agora. Tirei meu celular do bolço do short e vi uma mensagem.

Eu não sei o que vai acontecer com agente daqui 10 anos ou daqui 5 minutos, mas se me perguntarem hoje o que eu mais quero eu responderia sem hesitar nem duas vezes te ter em meus braços para sempre, porque lá é seu devido lugar. 

Sorri salvando rapidamente seu número, tirei minha roupa e entrei naquela água quente relaxando cada músculo de meu corpo me fazendo suspirar. Fechei os olhos e por longos minutos eu só pensava naqueles lábios, naquele beijo, naquele toque, naquela voz rouca e suave, naquele abraço e carinho, eu só pensava naqueles olhos castanhos e de como eles brilhavam, em seu cheiro, eu só pensava naquele garoto que eu me apaixonei nesses últimos dias. 

Depois de minutos perdidas em meus pensamentos, tomei um banho descente, me sequei e peguei... 

PUTA QUE PARIU! Cadê minha roupa?

Ótimo, deixei no quarto. Me enrolei na toalha e saí do banheiro com a cara vermelha de vergonha o procurando pelo quarto e o vi deitado na cama me olhando com seus olhos arregalados e sua boca formava um Ó. Para piorar, minha toalha não era das pequenas. 

Eu: Esqueci minhas roupas aqui. -Disse me abaixando perto da minha mala- 
Jus: Ér.. n-não tem problema... isso, érr.. acontece as vezes. -Disse despertando de um "transe" e pude ver um sorriso malicioso em seus lábios- 

Peguei minha lingerie e um pijama bem quente, voltei para o banheiro e me vesti. Mal nos beijamos e eu já estava aparecendo de toalha na sua frente? Isso só pode ser pesadelo. Escovei os dentes, arrumei meu cabelo e voltei para o quarto me deitando na cama quentinha que Justin arrumou para mim. Sorri em forma de agradecimento e ele foi pro banheiro tomar seu banho. Liguei a TV e fiquei trocando de canal igual uma idiota sem nada pra ver. Meus pensamentos distantes foram interrompidos pelo cheiro do Jus inundando o quarto. Ele estava apenas de bermuda como se o frio não o incomodasse.  

Eu: Todo esse cheiro só pra dormir?
Jus: Que é? Eu sou um garoto cheiroso meu amor. -Disse deixando a toalha em cima da cadeira deitando na cama- Está melhor?
Eu: Estava mas agora eu estou sentindo frio por você. -Me aconcheguei naqueles cobertores- Não sente frio?
Jus: Eu tenho um corpitcho quente meu amor.
Eu: Tirou o resto do dia pra se gabar né?
Jus: Mas eu estou mentindo?
Eu: Você não é tudo isso Jus.
Jus: Confessa Pietra, confessa que você quer meu corpo nu. -Disse pegando o cobertor se tampando até o pescoço-
Eu: Ué, não tem um "Corpitcho quente"? -Fiz careta e ele me mandou língua-
Jus: Eu ainda sim tenho. -Disse se virando para obviamente dormir-

Ri e suspirei fechando os olhos tentando dormir. Quem eu quero enganar? Está frio, não gosto de dormir sozinha e meu corpo grita pelo dele. Ou eu durmo com ele ou passo a noite toda em claro. Fiquei o observando esperando alguma reação sua quando ele se virou abrindo os olhos devagar. Nos entreolhamos por algum tempo e ele logo deu espaço em sua cama batendo na mesma.

Jus: Pode vir dormir comigo bobinha.

Sorri maravilhosamente e sem pensar duas vezes fui para sua cama me aconchegando em seu corpo totalmente quente. Ele abraçou minha cintura e me deu um beijo no pescoço me fazendo arrepiar até a minha espinha.

Jus: Eu sabia que você não resistiria ao meu corpo sexy. -Disse com uma voz sedutora sussurrando bem perto de minha orelha dando uma mordida na mesma-
Eu: Você até que dá pro gasto Jus.
Jus: Só pro gasto? -Disse me deixando de frente a ele olhando no fundo dos meus olhos- Tem certeza que é só pro gasto? -Repetiu com sua voz sexy próximo aos meus lábios iniciando mais um beijo selvagem e terminamos com mordidas no lábio-
Eu: Gostoso. -Murmurei arranhando seu abdômen e ele deu uma leve risada me virando me abraçando novamente e caímos em um sono profundo-



+ 8 ComentáriosEi amores, como estão?? Eaí, gostaram do beijo deles? Demorou mais aconteceu hahahahaha Esses dois safados, SEMPRE.
Eu passei aqui só pra deixar o capítulo que eu, como sou uma menina de Deus vou me arrumar pra ir na igreja hihi *--*
Comentem gatinhas que eu posto outro viu??
Divulguem o blog, isso é importante *-----*
Até o proximo bjbjbjbjb da Brubru linda de vocês -q

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