19 de fevereiro de 2013

I Hate Him But I Love Her - Capítulo 17

São sentimentos tão opostos, mas que não se separam. Parecidos com eu e você. Te amo quando você me fala coisas sem sentido. Te odeio quando faz brincadeiras que me deixam com raiva. Te odiar é tão fácil quanto te amar.Odeio não saber qual o gosto do seu beijo. Te amo por ser bobo e chato. Só uma coisa prevalece, eu odeio o fato de não conseguir te odiar a ponto de não deixar de te amar.


Pietra P.O.V

Estava no sofá da sala de música deitada nos braços do Justin depois de horas que eu fiquei desabafando com ele. Ele me ouvia, me dava tenção, me protegia e não me deixou desamparada. Eu simplesmente não acredito que eu contei tudo isso pra ela, que depois de anos evitando eu ele confiei nele o suficiente para contar uma história que eu nunca disse para ninguém. Eu tinha medo da dor voltar na mesma intensidade de antes e a pessoa simplesmente dar de ombros e ir embora. Mas com Justin não, com Justin eu confiava e sabia que quando eu chorasse ele estenderia sua mão e me abraçaria fortemente acabando com toda dor, ou pelo menos me fazer achar isso. Ele é como meu pai e meu irmão, estende a mão quando eu cair.

Jus: Sabe o que eu acho incrível? -Ela disse me fazendo olhar pra cima encarando seus olhos cor de mel, um lindo mel- Que sua mãe faleceu do mesmo problema que essas crianças mas você ainda consegue vir aqui e reagir como se tudo estivesse bem.
Eu: É assim que tem que ser, tenho que mostrar confiança porque elas sofrem, se eu chegar chorando me lamentando pelo que acontece elas ficaram tristes também, e não é pra isso que elas precisam de mim. Eu quero vir aqui e faze-las sorrir, felizes a ponto de esquecer suas doenças. E bom, aqui eu me sinto bem porque eu vejo pessoas que passam pela mesma coisa que eu passei, pais que amam seus filhos e morrem de medo de perde-los, eu dou força, apoio a eles dizendo que tudo ficará bem mesmo eu sabendo que pode não ficar. Avalanna, a mãe dela sofre todos os dias, estamos meses fazendo e refazendo os exames dela para encontrar algum resultado nessa quimioterapia que ela faz, eu sei que ela está mal, mas eu simplesmente não posso deixar isso transparecer. Não posso.
Jus: Eu vejo a sua dor transparecendo apenas quando você me olha.
Eu: Como?
Jus: Eu não sei. Mas eu sinto quando você não está bem, sei quando está chorando por dentro, sei quando as cicatrizes em seu coração se abre. Ver você brincando com as crianças e fingindo que está tudo bem, você me contando isso, eu consigo finalmente entender as coisas, tudo está fazendo sentido pra mim. Mas você frequentar lugares assim, lugares que faz você lembrar de sua mãe e de como ela faleceu, isso ainda não faz nenhum sentido.
Eu: Lembra que eu te contei a história daqui, que ela veio do Brasil, sobre meu pai ser patrocinador pelo simples fato de que ele gosta de ajudar pessoas? -Ele assentiu- O dono da clinica no Brasil era meu pai.
Jus: Oi? -Disse impressionado-
Eu: Por que da surpresa?
Jus: Sei lá, nunca imaginei isso. Sei lá, logo alguém de sua família, pelo que vocês passaram, é meio difícil de acreditar.
Eu: Pois acredite. A morte de minha mãe não o deixou menos solidário, pelo contrário, ele quis ajudar as pessoas e da-lás uma chance a mais de vida. Minha mãe foi tratada em uma das melhores clínicas da minha cidade, depois que ela morreu, as coisas foram ficando difíceis pois o dono perdeu sua esposa, foi se enchendo de dividas, e acabou falindo. Meu pai era amigo do dono e não admitiu quando ele disse que iria levar a leilão a clínica, era uma de poucas que havia na cidade e haviam pessoas que precisavam ser tratadas, meu pai simplesmente não pode fingir que não se importava. Antes de qualquer decisão antecipada do dono, papai fez um acordo com o cara, comprou a clínica, quitou todas as dividas e deu o melhor de si importando os melhores remédios e equipamentos. Só que ele não pode ficar cuidando então arranjou um gerente para que o substituísse e acabamos vendendo para ele quando tivemos que vir para cá. Esse mesmo cara veio pra cá e meu pai quis patrocinar já que estava virando uma grande clínica com várias outras espalhadas pelo continente. Meu pai não fez nada disso por dinheiro, ele só queria dar uma chance as pessoas, chance essa que nós não tivemos. -Disse triste novamente-
Jus: Seu pai é um herói Pietra. -Disse com um sorriso nos lábios-
Eu: Eu sei, e eu me orgulho com isso. -Dei um sorriso de lado-

[...]

Estávamos na sala de jogos sentados em almofadas junto com Avalanna enquanto ela nos mostrava seus desenhos que havia feito enquanto estávamos conversando. Era sempre eu, ela e Justin, e a forma que interpretava a mim e a Justin nos desenhos era como se agente tivesse alguma coisa e eu achava aquilo engraçado.

E nesse exato momento estávamos discutindo sobre eu ter um possível relacionamento com Justin Drew Bieber.

Avalanna: Mas o Justin é fofo Pietra. -Ela disse manhosa-
Eu: Então por que você não fica com ele? -Disse- Ele anda sendo um grande pedófilo. -Sussurrei lembrando da minha ingenua prima-
Avalanna: Jus, eu quero me casar com você! -Disse sorrindo-
Jus: Mas agente já não estávamos casados?
Avalanna: Você já me pediu? -Perguntou confusa-
Jus: Lembro de um sonho assim. -Disse brincalhão- Gostaria de ser a minha Mrs. Bieber?
Avalanna: Sim. -Disse assentindo com um lindo sorriso naqueles pequenos lábios-
Jus: Então temos que arranjar os preparativos do casamento. -Disse a pegando no colo a girando no ar, apenas ouvindo sua alta e gostosa gargalhada- Pietra: Você faria a cerimônia?
Eu: Justin! Eu não posso estragar a vida dessa garotinha. -Brinquei e ele fez careta me fazendo rir- Tudo bem, eu faço. -Disse me rendendo a cara de cachorro sem dono do Justin- Justin Drew Bieber, você aceita Avalanna como sua esposa? -Mais uma nova, pensei-
Jus: Aceito. -Disse rindo devido a minha voz engraçada-
Eu: Avalanna, pequena e ingenua Avalanna, você aceita jogar sua vida no lixo durante os próximos anos da sua vida, aceita viver com ele e sofrer todos os dias de sua vida?
Jus: Ei! -Exclamou com um bico e Avalanna assentiu-
Eu: Tá, agora os declaro marido e mulher, blá blá blá, pode beijar a coitada da noiva.

Disse rápido me jogando no sofá enquanto ouvia as pessoas ali dentro rindo. Avalanna sorriu. Odeio falar isso, mas Justin era um dos únicos motivos que conseguia faze-lá sorrir. Ele se inclinou para perto dela a dando um selinho, o biquinho dele era tão tão tão fofo. Todos que estavam ali sorriam feito idiotas e sem acreditar como ele mexia com o jeito dela, Avalanna era tão quieta e seu estado de saúde piorava ainda mais as coisas. Queríamos tanto que ela vivesse mais, ela não tem ideia como ela é importante para nós e nos doí, doí todos os dias lembrar que mais cedo ou mais tarde ela não estaria mais entre agente.

Permaneci em silêncio observando Justin brincando com ela. E eu digo, ela nunca esteve tão feliz, digo que Justin é ultima coisa que ela precisava nesses últimos meses que ela terá de vida, eu via em seu jeito de sorrir que ele era importante para ela. Eu me impressionava também com Justin e suas ações tão espontâneas com as crianças, sei lá, às vezes me vinha na cabeça que se alguma vez na vida dele ele fosse legal com alguém seria apenas para se amostrar, mas não, aquilo era real. 

Pude ver uma mulher olhando para eles também mas com os olhos cheios de lágrimas e um sorriso satisfeito em seu rosto, assim como nós ela também estava contente por ver aquela garotinha sorrindo,  ao reparar mais em seu rosto percebi que era a mãe de Avalanna. Depois de Justin dar um último beijo em sua testa a garotinha foi correndo para os braços da mãe que a encheu de beijos. Colocou-a no chão se aproximando de mim e de Justin.

Xx: Obrigada mesmo, obrigada pelo que vocês estão fazendo por ela.
Jus: É o mínimo que teríamos que fazer por uma princesa. -Disse sorrindo ao direcionar seu olhar a ela-
Xx: E Pietra, se não fosse por você acho que seu tempo de vida teria sido menor. Muito obrigada, muito obrigada mesmo. -Ela sorriu e eu a abracei depois das lágrimas descerem pelo seu rosto-
Eu: Você sabe que ela é meu anjo, minha preciosidade, não aguentaria vê-lá partir sem ao menos que tentássemos.
Xx: Ela tem sorte de ter vocês perto dela. -Disse se desvencilhando do meu abraço-
Jus: É claro, eu sou lindo.

Todos ali riram.

Eu: Eu ainda acho que ela não deveria desperdiçar a vida dela. -Disse rindo-
Jus: Mas agora é sério, eu espero que tudo fique bem, vou orar por ela todas as noites. Ela será para sempre minha princesa e jamais me arrependerei pelo que farei para salva-lá. Alias assim que eu voltar para casa, eu vou ajudar esse lugar, pagarei tudo o que for preciso para que o tratamento dela dure até o fim.
Eu: Ér.. Justin, não precisa fazer isso... eu...
Jus: Não, eu faço questão! -Disse me interrompendo-
Eu: Justin, eu já faço isso. -Disse calmamente- Eu paguei desde o inicio o tratamento dela. -Vi ele ficar sem graça- Mas você ajudaria muito enviando o dinheiro para ajudar aqui, precisamos de investir em novos tratamentos, meu pai está até vendo isso, só falta o dinheiro. -Justin deu um pequeno sorriso-
Jus: Farei tudo o que for preciso. -Disse- Não é, noiva linda? -Disse pegando Avalanna no colo e ela ficou brincando com a mão dele colocando a dele por cima- A minha é maior que a sua amor.
Avalanna: Eu gosto da sua mão. -Disse e Justin sorriu-

[...]

Depois de nos despedimos de Avalanna e de todo mundo, novamente voltamos pela praia sentindo a água gelada do fim de uma tarde quente batendo em nosso tornozelos. A brisa gelada e alguns surfistas no fim da praia já indo em bora, o por do sol refletindo nos olhos cor de mel de Justin, o cenário perfeito, o lugar perfeito... O garoto perfeito.

Jus: Eu não sabia que você pagava o tratamento da Avalanna. -Disse enquanto nos sentávamos na areia-
Eu: É, mas eu nunca disse isso pra ninguém, sei lá, as pessoas iriam achar que eu fico me gabando alias é um tratamento caro, muito caro, e eu também não vejo necessidade de falar isso pra ninguém.
Jus: Prometo guardar seu segredo. -Disse colocando o dedo indicador na boca-
Eu: Bobo. -Disse direcionando meu olhar para o mar-
Jus: Eu já sei disso. -Ele riu- Mas falando sério, eu acho legal fazer essas coisas sabe? Ajudar aqueles que precisam mais do dinheiro do que agente. E você, bom, não deve ser tão difícil fazer isso.
Eu: Ah qual é, o dinheiro não é meu, é do meu pai, não sou eu dona de toda essa fortuna e sim meu pai. Mas já que eu tenho acesso a isso, eu ajudo quem eu acho que preciso. -Disse simplesmente-
Jus: E por que logo a Avalanna? Sei lá, tem tantas outras crianças com os mesmos problemas.
Eu: Um dia eu fui lá e fiquei no escritório com meu pai e ele comentou sobre uma criança que teria que sair sem concluir o tratamento por questões financeiras, perguntei se ela estava na clínica e fui atrás dela, quando a vi brincando com as bonecas e sua mãe no sofá chorando, senti um aperto no meu coração, ela era tão nova e pude sentir a dor de sua mãe ao pensar em perder a filha. Logo em seguida fui ao meu pai e pedi a ele para que pagasse, ele nem reclamou e sim admirou tal ato, fui correndo falar com a mãe dela. Ela pulou de alegria e aquilo me foi uma satisfação imensa, assim como foi com Avalanna poderia ter sido com qualquer outro, eu só quero ajudar as pessoas. E quando tiver meu dinheiro será melhor ainda porque estarei ajudando com o dinheiro do meu suor.
Jus: Você não trabalha? -Perguntou com uma pontada de surpresa em sua voz-
Eu: Não, meu pai diz que enquanto eu estiver estudando eu não preciso de meu preocupar com dinheiro porque ele sempre me mantará bem financeiramente. E aliás ele me mantem bem até de mais. -Ri lembrando do segundo iPhone 4 que ele me presenteou e quando lançou o 5 ele me deu todo sorridente- Mas por que da surpresa?
Jus: Sei lá, você tem 18 anos, pensei que trabalhava. Pessoas da sua idade trabalha.
Eu: Ah é? E por acaso você trabalha? -Retruquei-
Jus: Não. -Disse sem jeito-
Eu: Ué, pessoas da minha idade trabalham certo? -Disse o provocando- Mas é bem sua cara não trabalhar, na verdade não fazer nada.
Jus: Ah qual é, eu também não sou tão inútil assim. -Protestou-
Eu: Ah não? Então me diz o que você faz na sua vida além de viver em festas, comer garotas, beber e ficar de recuperação em no minimo dez matérias porque Artes e Educação Física qualquer pessoas passa.
Jus: É, mas eu já fiquei tá, brinca com isso não. Em artes, claro, mas passo sempre em Inglês. -Disse sério me deixando boquiaberta-
Eu: Meu Deus, como? -Perguntei com o formato de um "O" em meu lábios-
Jus: Sei lá, eu não faço nada, sou todo ocupado com os trinamentos do time, não fico nas aulas, acabei ficando de recuperação.
Eu: Ah mas você é um inútil mesmo. -Disse revirando os olhos- Justin, pelo amor de Deus, me diga o que você faz da sua vida? -Disse lamentando prendendo o riso-
Jus: Eu toco violão, guitarra, teclado, piano e bateria. -Disse por fim-
Eu: É, então é esse seu fim, você vai ter que se enfiar no meio da música. E bom... você canta muito bem. -Disse me lembrando de quando cantamos juntos-
Jus: Eu componho também, mas não é nada de mais. -Disse em um murmuro olhando para o horizonte-
Eu: Ah, sério? Devem ser incríveis suas músicas, um dia eu queria poder ouvir. -Disse sorrindo olhando para seu rosto que logo se virou para mim-
Jus: Eu já disse, não é nada de mais. -Balançou sua cabeça-
Eu: Ei, elas são incríveis. -Disse calmamente levantando seu rosto o fazendo olhar para mim- É nisso que você é bom Justin, e como você disse, você passa em português, suas músicas devem ser incríveis sim!

Disse e por fim admirei aqueles lindos pares de olhos cor de mel e sem perceber vi que estávamos próximos, próximos o suficiente para poder acontecer qualquer coisa, acontecer a coisa que eu temia. Sua respiração batia em meu queixo e eu estava tremula. Eu queria aquilo mas não queria também, não entendia muito bem, mas era tão fácil se perder naqueles olhos castanhos brilhantes intensos. Olhei para seus lábios vermelhos carnudos que ele logo os molhou e por algum estranho motivo eu dei um pequeno sorriso logo olhando para seus olhos novamente que pediam por aquilo. Eu não podia, não posso, mas por que isso grita tão alto dentro de mim?

Ele é só o garoto que eu quero odiar para sempre. 

Eu: Desculpa. -Disse tirando minhas mãos que estavam em seu pescoço em um movimento rápido-
Jus: Não, está tudo bem. -Disse decepcionado- Não é a mesma coisa pra você, eu entendo.
Eu: Não, não é isso. Eu quero, mas.. eu não entendo, é confuso sabe? Eu odeio você. -Disse- Odeio, agora um pouco menos, não é fácil eu fazer isso, não sei se é o certo. -Disse gaguejando-
Jus: Você me odeia menos? -Ele perguntou com um pequeno sorriso em seus lindos lábios-
Eu: É, em uma escala de 1 à 10 eu te odeio... 7. -Disse e ele deu uma leve risada- Você mudou Justin, você está sendo um garoto incrível e eu estou gostando disso, gostando disso em você sabe? Por algum motivo está aqui ao seu lado é a melhor coisa, eu me sinto bem, protegida, feliz entende? As coisas mudaram, você mudou e eu também, mas ainda assim é difícil aceitar isso.
Jus: Eu sei, eu ainda não acredito que você está aqui comigo e não me xingou ainda, me bateu ou sei lá o que. -Disse e eu ri-
Eu: Canta uma de suas músicas pra mim um dia? -Disse voltando ao assunto-
Jus: Eu não canto nem para minha mãe e elas também não estão prontas.
Eu: Mas eu sou uma garota especial, Bruna que disse. -Disse quase em um sussurro-

Jus: Não era pra você saber isso.
Eu: Por que?
Jus: Não sei, apenas não quero.
Eu: Mas agora eu sei.
Jus: E você é importante pra mim, só não me pergunte porque. -Sorri e ele retribuiu com um sorriso tímido-
Eu: E você é a unica pessoa que eu quero odiar.
Jus: Isso não é bom. -Ele disse decepcionado-
Eu: Claro que é. Se você for o único que eu odeio, você será o único que eu vou lembrar eternamente e dizer pros meus filhos que eu odiei Justin Bieber porque ele é um babaca.
Jus: E eu vou dizer pros meus que você foi a garota mais incrível que eu conheci.
Eu: Jura? -Dei um pequeno sorriso-
Jus: Juro. Cara, você me enfrenta e sempre tem razão. Você enfrenta a Britty, tem os seus conceitos e não gosta quando as pessoas o fazem o contrário. Quando eu vejo você com todo esse ódio por mim e vejo o que eu faço, cara, você tem razão, por mais que eu odeie falar isso, mas você tem razão. Você consegue ser apenas você e não está nem ai pros outros. Você não julga as pessoas por classe social, de onde veio, a raça, o nível de inteligência, nada disso. Eu queria ser assim como você. -Disse triste-
Eu: É só você querer mudar.
Jus: Não é tão fácil assim.
Eu: Mas não é difícil. Talvez se você fosse sempre assim, igual você está sendo agora, talvez eu consiga gostar de você.
Jus: Eu só quero que meus pais se orgulhem de mim, Pietra. -Ele disse desapontado-
Eu: Faça o certo. Estude, pare de se meter em tantas encrencas, em bebedices, rock's, nessa bagunça toda que esses garotos se metem e quem sabe eles não se orgulhem de você.
Jus: Mas eu não sou assim.
Eu: Então tente. Olha, deve mesmo ser complicado pra você e tudo mais, mas não custa nada tentar. Você tem tudo Justin, tem uma vida perfeita, por que joga-la fora assim?
Jus: Minha vida não é fácil. -Ele disse quase gritando. Pelo que percebi, sua paciência já estava estourando- Eu não tenho tudo, eu não sou nado. Eu sou um idiota isso sim, que só faz merda e acha que ta arrasando, que só leva desprezo pra casa, que não estuda e só liga para as festas, bebidas e garotas as proporcionando o prazer que elas tanto querem até que elas cheguem ao orgasmo. É esse que eu sou e sempre fui. E sabe por que eu sempre fui assim? Por que eu quis impressionar uma garota, que só depois que eu fiz o erro que eu pude perceber que não era pra nada disso que ela ligava. Ela não se importa se o garoto é capitão do time de basquete ou se tem os melhores caras que possa a levar a qualquer lugar, ela liga sim, pra quem ele é. Mas agora, agora eu estou desse jeito, um fracasso, uma merda, um garoto impossível de mudar.
Eu: Mude por essa garota então.

Entendi que era de mim que ele falava e lembrei do que Elisa disse. "Talvez ele mude por amor a você". Quem sabe...

Jus: E ela liga pelo que eu faço? Ela me odiou toda a vida, se eu mudar, nem irá fazer diferença pra ela.
Eu: Ela presta sim atenção em tudo que você faz. Se ela te odeia é por prestar atenção no idiota que você se tornou.
Jus: E é o idiota que eu serei pra sempre. -Ele abaixou a cabeça passando os dedos entre seus dourados cabelos, por mais que eu o odeie, eu não gosto de vê-lo assim-
Eu: O idiota que ela quer ver diferente e está vendo. Olha eu não to falando que eu vou amar você, eu ainda nem penso nisso, mas poxa, eu quero ficar com você, ter sua presença ao meu lado, que você me faça rir e me de colo para mim dormir. Como eu disse pra você, em uma escala de 1 à 10 eu gosto de você 7, isso é bom, não? -Disse com um pequeno sorriso-
Jus: É, eu acho que sim.
Eu: Vai cantar pra mim? -Disse tocando seu ombro e ele olhou para mim, sua feição era tranquila-
Jus: Quando ela estiver pronta eu canto sim. -Ele disse com o melhor de seus sorrisos-
Eu: Amo seu sorriso sabia? -Ele sorriu tímido- Quando está tímido é mais lindo ainda. -Disse e ele riu-
Jus: É estranho ouvir você me elogiando.

Dei uma leve risada. Era mesmo estranho eu falar bem dele, o elogia-lo e dizer que ele também é importante para mim, mas eu não me importo, essa é a verdade, eu gosto do Justin, preciso dele comigo e não sei se conseguirei ficar longe dele. Eu odeio ele e isso nunca mudará, porque esse ódio me fez gostar dele.

É como dizem: Amor e ódio andam juntos.

E eu amo ele...

Eu: Ei, eu gosto de você. -Disse nivelando nossos olhares com ambos sorrindo perfeitamente-

Continua...







+8 Comentários Ei amores, como vão? To um tempinho sumida e iria ficar mais porque ainda não chegou nos 9 comentários que eu pedi né?? :c
Não dá para responder os comentários hoje pela preguiça mas porque eu to fazendo trabalho e só passei para postar o capítulo que já tava pronto antes que minha mãe saia da cozinha.

Comentem amores, divulguem o blog, isso é muito importante ><
Beijinhos e até o próximo capítulo :)
Me encha de perguntas amores *------* (AQUI)

2 de fevereiro de 2013

I Hate Him But I Love Her - Capítulo 16

Sinto muito por ter te machucado, e toda a dor que te causei eu gostaria de poder levá-la embora. E ser aquele que segura todas as suas lágrimas. É por isso que eu preciso que você ouça: Encontrei uma razão pra mim, para mudar quem eu costumava ser, uma razão pra começar tudo de novo e a razão é você - The reason-



Justin P.O.V

Estávamos brincando com Avalanna a alguns minutos, ela é um doce de menina. Ela logo se simpatizou comigo de cara e pediu para vir pro meu colo quando me viu. Ela era educada e linda, sempre calma para fazer as coisas. Ela brincava com as bonecas sorridentemente enquanto eu e Pietra a ajudava a vestir os vestidinhos nelas. Depois ela foi para a mesa que havia no centro da sala e continuou um desenho que ela tinha começado, um desenho tipico de uma doce garota de 4 anos. 

Pietra: Quem é? -Perguntou apontando para uma das meninas que Avalanna havia desenhado, estilo palitinho, usando lápis preto para o contorno da boneca e azul para o vestido-
Avalanna: É você. -Disse- E essa sou eu. -Disse apontando para a outra menina desenhado da mesma forma que havia desenhado Pietra, só que seu vestido era rosa-
Eu: E quem você está desenhando agora?
Avalanna: Você. -Disse sorrindo- Vou faze-lo ao lado da Pietra, como se vocês fossem namorados. -Disse inocentemente. Olhei pra Pietra e ela deu uma leve risada-
Pietra: Mas agente não é namorados. -Protestou-
Avalanna: Vocês são bonitos juntos. -Disse dando de ombros o que Pietra disse-
Eu: Não é a primeira pessoa que diz isso. -Sussurrei e vi Pietra assentindo-
Pietra: Olha, eu vou dar uma volta pra ver como andam as coisas por aqui, vou deixar você e seu desenho um pouquinho a sós ou com o Justin, como preferir. -Disse sorrindo e se levantando, depositando um beijo no topo da doce garota- Você vem Justin?
Eu: Ah, não sei, quer que eu fique pequena? -Avalanna assentiu não olhando pra mim. Pietra riu-
Pietra: Tudo bem, já vou indo.

Observei enquanto Pietra saia porta a fora, na janela ela acenou e eu indiquei isso a Avalanna que olhou fazendo o mesmo mandando beijo e eu olhava cada um de seus movimentos. Logo veio outras crianças e eu brinquei com elas, havia um vídeo-game, jogos de quebra-cabeça, jogo da memória e dominó, carrinhos, boneca, bolas, tabuleiros, lápis de cor e canetinhas, chão emborrachado e assistente por todos os lados, assim como havia pais e alguns alunos que terminara de chegar.

Avalanna, totalmente concentrada no que desenhava, não quis ir comigo e com as outras crianças para o parquinho. Eles foram correndo para lá e eu tentava os acompanhar. Eles estavam repleto de energia, subiam e desciam o escorregador milhares de vezes, faziam escalada e entrava nos tuneis, brincava na gangorra e alguns preferiam mesmo ficar na areia construindo seus épicos castelos de areia. Corria atrás deles e os carregavam em minhas costas, parecia um babá. Teve uma hora que eles correram atrás de mim e eu acabei tropeçando e caindo naquele monte de areia e todas as crianças se jogando em cima de mim. O melhor era as doces gargalhadas de garotos e garotas ingênuos, doces e carinhosos, que viviam a vida ao máximo, não deixando seus pensamentos com coisas ruins, mas sim acreditando que um dia sairia dessa.

Fiquei uma hora e meia com eles me divertindo também, não vou falar que não, mas já estava me questionando sobre Pietra. Estávamos de volta a sala de brinquedos em uma roda da leitura, uma linda mulher de olhos verdes e cabelos loiros contando as mais belas histórias. Avalanna dessa vez estava lá e já estava pegando no sono deitada em meu colo. Meus pensamentos voltaram a Pietra onde deixei Avalanna lá e sai cautelosamente.

Andei por aqueles corredores perguntando por ela mas ninguém a viu. Passei por uma sala onde vi uma garota morena de cabelos levemente enrolados tocando teclado. A melodia calma e seus dedos facilmente emitindo cada nota, olhei Pietra e notei seus olhos umedecidos. Por que ela estava chorando?

Fiquei a observando tocar, ela errava algumas notas mas logo as concertavas, era como se ela soubesse perfeitamente cada acorde mas só estava destreinada. Quando errava, respirava fundo, apertava os olhos tentando eliminar as lágrimas que deveriam estar embasando sua visão e continuava a tocar. Sem querer esbarrei na lata de lixo que estava logo perto da porta e ela me viu, enxugando seu rosto rapidamente.

(Leia ouvindo a música 48 da playlist)

Eu: Desculpa, não queria te assustar. -Disse entrando-
Pietra: Tudo bem, só estava tocando. -Disse colocando uma mexa atrás da orelha e certificando que seu olhos estavam secos-
Eu: Está tudo bem? -Disse a observando tentando olhar para seus olhos que no momento estavam abaixados-
Pietra: Sim. -Disse assentindo- Estava aqui a muito tempo?
Eu: O suficiente pra perceber que você não está bem. -Olhei pra ela levantando seu rosto a fazendo olhar pra mim- O que foi?

Ela me olhou por um tempo e vi que seus olhos refletiam tristeza, como se algo a atormentasse, algo que ela quisesse clocar pra fora e ela já estava esgotada. Abaixou a cabeça novamente a balançando, colocou a mão sobre o rosto voltando a chorar.

Pietra: É tão complicado. -Disse aos prantos, eu só quis abraça-la- Você não entenderia.
Eu: Se você começasse a falar ficaria mais fácil. -Disse e ela assentiu esboçando um sorriso, o que quase foi inválido-

Ela respirou fundo e sabia que em sua mente todos os acontecimentos que ela estava prestes a me contar voltaram a tona e seus olhos se enxeram de lágrimas novamente, mas ela logo as secou respirando mais duas ou três vezes.

Pietra: Você já percebeu que você nunca conheceu minha mãe? Que você conhece todos, meus primos, tias e tios do Brasil, mas nunca, nunca conheceu minha mãe? -Ela perguntou olhando para mim e logo eu percebi o que estava acontecendo-
Eu: Pietra... e-eu sinto muito. Você nunca me disse, e-eu não sabia. Desculpa, não deveria ter perguntado. -Ela balançou a cabeça negativamente colocando a mão em meu braço enquanto eu me sentia um verdadeiro idiota-
Pietra: Não se culpe, não sinta muito. Você nunca soube, você tem razão, e sabe, talvez seria melhor eu falar disso, por pra fora o que eu guardo durante 10 anos. -Disse suavemente- Nunca disse isso pra ninguém. -Murmurou abaixando a cabeça tristemente-
Eu: Olha, se preferir... não precisa, tá tudo bem. -Ela disse mas balançou a cabeça negativamente-

Mais uma vez ela respirou tomando força e começando a falar, o que eu acho que será longo.

Pietra: Eu era só uma garota normal de sete anos que tinha a melhor família do mundo, meu pai, minha mãe e meu irmão. Agente era totalmente unidos e se amava mais que tudo nessa vida, aquela foi a época em que a família realmente foi importante, não que agora não seja, mas agora tudo vem sendo mais complicado. Eu e minha mãe era tipo melhores amigas, contava tudo pra ela, eu não via a hora de chegar do colégio e conta-la sobre o meu dia, o que eu aprendi, sobre meus amigos e o que eu comi no lanche. Agente ia no parque todas as tardes, eu, ela e meu irmão, ele tinha doze anos na época. Passávamos a tarde toda lá e sempre ela nos comprava um sorvete. Quando voltávamos contava os minutos esperando que meu pai chegasse e agente jantasse, todos ali, reunidos e felizes contando como foi os nossos dias. Meu pai trabalhava a semana toda e só voltava a noite, meu irmão era como qualquer outro adolescente, só pensava em amigos, sair e se divertir, o que sobrava era minha mãe. Quando estávamos sozinhas, agente ia pra sala e ela me ensinava a tocar piano, passávamos horas tocando, e às vezes ela tocava pra mim enquanto eu me jogava no sofá que avia ali e dormia, se hoje toco piano, foi ela que me ensinou. Ela era paciente, inteligente, gentil e animada, sempre fazia brincadeiras e me oferecia alguma coisa se eu tocasse com ela. E quando não estávamos praticando, ela me levava no Shopping, a segunda coisa que eu mais amava quando criança. Sei lá, não era patricinha, eu só gostava de ficar em qualquer lugar com ela, e ir no Shopping era apenas um lugar, não vou falar que eu não amava ir lá e comprar meus acessórios, é claro que eu amava, mas as vezes íamos lá só por ir, andávamos andávamos e depois sentávamos no banco e tomávamos sorvete de chocolate, na verdade ela tomava, eu gosto mesmo é o de baunilha. -Ela deu um pequeno sorriso- Mas raramente saíamos de lá sem que ela me comprasse um pingente da minha pulseira. Ela me deu quando eu tinha cinco anos mas era muito grande para o meu pulso, ela sempre comprava e colocava uma lá simbolizando quantas vezes as mulheres da casa ia no Shopping, meu pai se impressionou quando mostrei o tanto de pingente.

Deu uma leve risada me fazendo sorrir levemente, dando uma pausa como se refletisse em algo antes que continuasse a falar.

Pietra: Eramos unidos e nos amávamos  nunca tive problema com briga dos meus pais em casa, claro, eles discutiam de vez em quando, mas no final acabava bem. Nos domingos, depois do culto, íamos para um restaurante e almoçávamos lá, depois indo para a praia tomar sol e construir castelos de areia. -Ela deu um suspiro acompanhado de uma pausa, o que fez causar uma secura na minha garganta- Mas depois de um tempo as coisas foram mudando, o jeito da minha mãe foi ficando cada vez mais cansativo e isso me incomodava, não tocávamos e íamos no Shopping como antes, nem no parque fomos mais, a maioria dos dias ela passava fora de casa e quando perguntava para alguém, eles falavam que era apenas exames de rotina que ela fazia. Eles mentiram pra mim, mas mentiram para me proteger. Fui percebendo minha mãe cada vez mais pálida e antes, seu cabelo era mais volumoso e depois foi ficando cada dia mais ralo. Nessa época eu havia terminado de fazer oito anos. Eu era jovem. Quando chegava do colégio para contar-lhe do meu dia ela já estava dormindo e jantava apenas eu, meu pai e meu irmão, todos em total silêncio, saber sobre nossos dias já não era tão divertido como antes. Meu pai foi mudando também, às vezes o via chorando no quarto e gritando à noite "Por que?" Aquilo me deixava atormentada, assutada a ponto de chorar algumas vezes durante à noite tendo apenas meu irmão para me abraçar. -Seus olhos voltara a se encher de lágrimas- Um dia antes de tudo acontecer, minha mãe me entregou um último pingente para que colocasse na minha pulseira. Era um coração e dentro tinha escrito "Para sempre minha princesa, eu te amo", ela estava chorando o que me fez sentir um aperto no coração, algo estava errado, e ela me fez prometer que nunca brigaria com meu pai ou com meu irmão, me fez prometer que eles sempre seriam a minha prioridade e eu comecei a chorar ali, não sabendo o que estava acontecendo ou porque ela estava tão fraca, eu queria ajuda-la, dá-la as forças necessárias que ela precisava para falar ou caminhas comigo na praia, mas simplesmente não dava.

Ela começou a entrar em desespero chorando. Aquilo me machucava pois sabia que ela não queria aquilo, na verdade acho que ninguém quer perder a mãe tão cedo, principalmente uma garota que tem sempre a mãe como melhor amiga. Mas isso serve para os homens também, eles amam as mães e sempre vão precisar delas pra concelhos sobre garotas, ou qualquer outra coisa do tipo, porque mulheres são sensíveis e românticas, compreensivas e amigas, concelheiras, elas são as melhores coisas que existem no mundo, e nenhum machismo irá fazer isso ser diferente. É a realidade.

Mas parece que a realidade de Pietra é bem diferente.

Pietra: No outro dia acordei umas onze e meia da manhã e vi meu pai chorando compulsivamente no seu quarto com uma foto na mão -Continuou depois que as lágrimas se cessaram um pouco-, aquilo partiu meu coração, aquilo me fez sentir um aperto e um nó na garganta da mesma forma que eu senti no dia anterior, quis me direcionar até ele mas não sabia se devia, eu era uma criança e não sabia de nada o que estava acontecendo, não entendia aquilo, apenas voltei pro meu quarto e deitei na cama desejando que a minha mãe voltasse de onde quer que ela estava. E a semana passou, nada dela, meu pai havia dito que ela estava viajando e que já já voltaria. Eu acreditei Justin, eu acreditei que ela voltaria e me abraçaria, que iriamos assistir algum desenho na TV. -Disse chorando novamente com um tom de desespero em sua voz- Todos os dias eu deitava na cama com esperanças para o outro dia,  eu sentia falta dele mais que tudo, ela era que me contava histórias antes de dormir e me arrumava antes de ir ao colégio, ela que eu passava à tarde e ia ao Shopping, era com ela que eu contava meus sonhos para o futuro e ajudava a arrumar a louça depois da janta, ela que pintava minha unha e mandava eu escolher a cor do batom. Ela é minha mulher-maravilha. Mas ela nunca apareceu, e eu esperaria durante minha vida toda e ficaria sem explicação alguma porque talvez meu pai jamais teria me contado. Sei o quanto seria difícil pra ele, foi difícil, mas eu precisava saber, não aguentava mais a angustia pela falta que sentia dela, minha mãe. -As lágrimas já era incontroláveis mas ela continuou, com a mesma força que sua mãe tinha-

Você me colocou para dormir 
Apagou a luz 
Me manteve sã e salva 
Durante a noite 
Garotinhas precisam de coisas como essas 

Escovou meus dentes e penteou meu cabelo 
Me levou para todo lugar 
Você sempre esteve lá 
Quando eu olhei para trás ♪♪

Pietra: Quando meu pai me contou eu fiquei completamente sem chão, desorientada e sem saber o que fazer, sem ter noção do que seria de mim dali pra frente. Só me sobrará meu pai e meu irmão, e eu cumpri com minha promessa, os amei, os priorizei na minha vida os entendendo quando eles não saiam comigo para fazer as compras, isso é mais coisas para garotas, meu irmão não poderia virar viado por minha causa. -Ela deu um pequeno sorriso tentando amenizar a dor constante em sua voz- Mas eles tentaram, foram meus heróis e eu os agradeço por tudo. Meu pai me colocou pra dormir todas as noites e me contou as historinhas sobre princesas que eu amava, fez minha transa pra ir pro colégio por mais complicado que fosse, teve que pedir ajuda a minha vó algumas vezes, mas nada que ele não dava conta, nos ajudávamos a fazer a comida e ele até tentou pintar minha unha um dia, o que não deu muito certo. -Deu uma leve risada limpando as lágrimas inacabáveis- Ele me amou e me manteve salva, garantindo que eu não chorasse a noite ou que não sentisse tanta falta dela. Meu irmão passou a mudar sua rotina, invés de sair com os amigos depois da aula, me buscava no colégio e me levava ao parque e me ajudava a subir no escorregador para que eu não caísse. Os dois sempre estiveram lá para me salvar quando eu estava desabando, me pegando pela mão e falando que tudo ficaria bem, e tudo ficou bem. Perdi sim minha mãe, mas tive os dois homens da minha vida, meus super-homens, a melhor coisa que eu já tive. -Disse emocionada com um leve sorriso no rosto-

Você teve que fazer tudo isso sozinho 
Fez uma vida 
E fez um lar 
Deve ser mais difícil do que parece ♪♪

Eu: E-eu não sei o que falar, sinto muito talvez? -Tentei mas ela balançou a cabeça negativamente-
Pietra: Não Justin, não sinta muito. Não existe nada pior do que quando alguém diz sinto muito.  Não existe nada pior do que as pessoas olharem para você com pena porque perdeu alguém, isso doí, talvez mais do que a perda. Eles provavelmente nem entendem o que está acontecendo. Não é tão simples como parece ser. Sabe como eu queria a minha mãe de volta, querer contar pra ela aquelas coisas de garota, que só se deve conversar entre garotas? O primeiro beijo, aquela emoção misturado junto ao pânico, o primeiro namorado e a felicidade, a primeira vez, a TPM, só ela me entenderia quando eu saísse quebrando tudo pela casa -Dei uma leve risada-, queria contar meus segredos mais sombrios e os que eu mais temia. Eu precisava dela para falar tudo isso, mas eu nunca tive e ficava com inveja com as minhas amigas que tinham as mães que iam nas atividades escolares ou que as buscavam no fim do dia. Mas meu pai fez de tudo para que eu e meu irmão fossemos uma família normal. As pessoas dizem sinto muito e acha que isso vai resolver em alguma coisa, que vai diminuir o buraco em meu peito, mas não vai. Ela sempre, SEMPRE, vai está no meu coração, eu sempre sentirei falta de tudo o que eu não pude conta-la. Pode ser até egoísta da minha parte, mas as vezes eu me pego perguntando porque ela. São tantas pessoas no mundo mas logo ela, a minha mãe, a pessoa que a menina mais precisa, a minha? -Seus olhos se enxeram de lágrimas.- Não é fácil, nunca foi e nunca será, não foi pra mim, pro meu irmão quem dirá pro meu pai, quem teve que cuidar da casa, proteger seus dois filhos, dar um lar e mante-los vivos. Você sempre teve sua família completa, por mais que passou por alguns problemas no começo, seu pai não esteve em casa, mas ele sempre esteve lá, ele sempre poderá dizer "eu te amo" e você o mesmo, mas minha família não, não mais. É mais difícil do que parece ser Justin, acredite.

Escutava atentamente cada palavra dela odiando-me por não poder fazer nada, por realmente não ter ideia do que ela passou e fingir que sei. Eu conseguia entende-la agora, entender porque ela sempre corre das pessoas que chegam perto dela, porque não arranja muitos amigos, ela tem medo de ficar sozinha novamente, se apegar muito a alguém que irá embora depois, ela cansou de sofrer e ser deixada.

Cansada de vê-la sofrer e chorar daquele jeito, a puxei para meus braços afagando seus cabelos. Seu choro constante me machucava e me fazia mal. A apertava mais contra mim não deixando o mínimo de espaço enquanto seus braços estava ao redor de minha cintura e seu rosto em meu peitoral. Com suas lágrimas de sofrimento escorrendo sobre seu rosto perfeito, ela ainda olhou pra mim passando seus dedos de leve sobre meu rosto o contornando, ela nivelou nossos olhares e eu encarei aqueles olhos castanhos inchados de tanto chorar.

Como eu queria faze-la sorrir de novo.

Eu: Eu prometo que nunca te deixarei. -Sussurrei e ela balançou a cabeça-
Pietra: Não Justin, por mais que eu não queira e que as pessoas também não, elas sempre vão, eu sempre ficarei sozinha. É assim com o Taylor, meu irmão, meus amigos, com todos. Você acha que eu não quero me envolver com você, por que acha que eu sempre te odiei, acha que foi porque eu quis? Não Justin, eu nunca me aproximei de você porque eu tinha medo, porque eu me conheço e sei que eu gostaria de você, me aproximaria de você e sabia que um dia agente ficaria longe um do outro. Preferi convencer a mim mesma todos os dias "I Hate Him" -Ela saiu do meu colo- Eu não sou daqui, a qualquer momento eu posso voltar pro Brasil, e quando voltar perderei todos aqueles que eu amo, de novo. EU CANSEI DISSO! Mas por algum motivo eu não quero ficar longe de você, não quero. Você me faz bem, me faz sorrir, você me faz segura e eu simplesmente não consigo ficar longe de você Justin. Isso é tão errado assim? -Disse com lágrimas novamente-
Eu: Não, não é! Eu não vou te deixar, vou ficar aqui por mais que você não queira, eu vou mudar Pietra, eu vou ser o garoto que você gosta e não aquele idiota que só faz besteiras, vou fazer as pessoas olharem para mim e ver quem eu sou de verdade, e sabe por que? Por que eu te amo e não quero de decepcionar, não quero te machucar, não de novo.  E não importa se você vai sentir o mesmo ou não, eu só sei que eu devo ficar, ficar e te proteger, te amar, sei disso desde o primeiro dia que te conheci e vi a garota incrível que você é. Eu nuca te deixarei.
Pietra: Isso é uma promessa? -Me olhou em um tom curioso depois de ouvir o que eu disse atentamente impressionada-
Eu: Um juramento. -Sussurrei-
Pietra: De dedinho?
Eu: De coração. -Disse olhando em seus olhos e ela passou a mão em meu rosto sorrindo-
Pietra: Obrigada por estar aqui. -Disse e vi seus lábios formando o seu melhor sorriso, o sorriso que eu desejei ver durante os últimos trinta minutos. Assenti beijando o topo de sua cabeça trazendo seu corpo junto ao meu novamente, sentindo o calor de sua pele e sua respiração em meu peitoral. Seus braços em volta de minha cintura me prendendo mais e mais.

A porta estava aberta e não importa quem passasse ali na frente e visse nós dois ali, pra mim só existia eu e ela. Era isso o que seriamos de hoje em diante. 

E nesse dia eu prometi que jamais a deixaria, não quero decepciona-la, e por mais que seja difícil, eu tentarei, tentarei mudar por amor a ela. Ela pode me odiar, But I Love Her. 





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Ei amores da minha vida, como estão?? De volta as aulas? A minha vai começar terça, então é o seguinte, eu ainda tenho que ver como será de terça em diante, eu vou estudar de manhã, anoite é meio difícil eu convencer minha mãe de deixar o computador ligado, de manhã ela está em casa e eu não sei se ela vai deixar eu ficar muito tempo. Nunca estudei atarde então não sei como será. Então não briguem comigo se eu demorar pra postar. Então, gostaram? Esse amor desses dois estão cada vez mais sendo revelado, não acham?? kkEu uso a Avalanna porque é mais fácil pra criar e tudo mais. Comentem amores, e anonimo, não adianta você mudar nome, colocar twitter diferente, eu sei quando é a mesma pessoa e quando não é ok??? Se quer que eu posto rápido, divulguem a IB no botão ali do lado, isso é importante pra mim. Marquem o que achou e podem fazer criticas, mas positivas, não xingando o blog ou qualquer coisa, quero criticas construtivas.Bom é isso por hoje, beijinhos e até o próximo capítulo *--*

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